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NETVASCO - 08/11/2009 - DOM - 02:54 - Carlos Alberto: 'Nunca fui amado desta maneira'

A corrida de Carlos Alberto pelo campo, fosse para a volta olímpica, fosse para carregar uma faixa de agradecimento à torcida, retratava o sentimento do jogador de maior nome do elenco vascaíno, mas que não hesitou em assumir o papel de líder do elenco no ano da Série B. Após o jogo, o meia disse que 2009 foi o ano de uma dupla virada.

— Eu precisava deste recomeço e o clube precisava também. O Vasco me deu chance de resgatar coisas que tinham ficado para trás na minha carreira. Nunca fui amado desta maneira. Foi o ano da grande virada do Vasco e da minha vida — afirmou o jogador. — Aqui, pude voltar a sonhar alto. Antes, do jeito que estava, se prometesse coisas grandes seria um herege.

Ontem, a liderança de Carlos Alberto voltou a ser sentida.

No vestiário, em meio à festa, ele convocou os jogadores para uma espécie de pacto pelo título da Série B que, após a rodada de ontem, ficou ainda mais próximo.

— Disse a eles que agora vamos para a dupla honra, que é voltar com o título — disse ele ao restante do elenco.

Meia cede até a condição de batedor de pênaltis No meio da temporada, Carlos Alberto viveu uma incerteza quanto ao futuro, já que seu empréstimo ao Vasco, feito pelo Werder Bremen, da Alemanha, acabaria em junho. Ontem, o meia revelou que chegou a pensar numa atitude inédita caso tivesse que voltar ao clube alemão. Se marcasse um gol, tiraria a camisa do Werder e exibiria uma do Vasco.

— Nem sei se isso me renderia uma punição, mas seria uma loucura que valeria a pena.

Meu pai tentava me tranquilizar, dizendo que iria comigo se eu tivesse que voltar. Mas eu disse ao Werder que eles teriam um jogador infeliz. E, quando estou infeliz, aí sim sou um problema.

Quando o Vasco quis me contratar, não exigi que o clube tivesse outros jogadores de nome.

Não quis saber se viria para atuar com jogadores de Série A, B ou C. Outros esperariam antes de acertar o contrato. Mas eu aceitei o desafio — afirmou.

Carlos Alberto disse saber que, ao ser contratado, não era visto como unanimidade em São Januário.

— Ninguém tem essa condição quando chega. Criticavam o fato de eu chegar junto com o Léo Lima (que não está mais no clube). As pessoas gostam de lembrar as coisas ruins. Eu tinha consciência do risco que corria, sabia que céu e inferno se separam por uma linha muito tênue — disse.

Ontem, quando o Vasco teve o pênalti a seu favor, Carlos Alberto chegou a ceder a Élton a condição de batedor, já que o companheiro briga pela artilharia.

No entanto, Dorival Júnior exigiu que o meia cobrasse, já que o jogo estava 1 a 1.

Após o jogo, Carlos Alberto anunciou uma decisão: — Com o primeiro objetivo conquistado, vou deixar o Élton encarregado de cobrar os pênaltis. Queremos todas as honras: subir, ganhar o título e ter o artilheiro da Série B. Não é justo com o Élton, que lutou tanto, tirar dele a oportunidade de ser artilheiro

Fonte: Globo

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