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NETVASCO - 07/11/2009 - SÁB - 03:36 - Diretor de 'O Sentimento Não Pode Parar' fala sobre o filme

Hoje, às 16h10m, um Maracanã lotado estará pronto para celebrar a volta do Vasco à Primeira Divisão. Sinal claro do peso do gigante que o futebol brasileiro poderá ter resgatado após o jogo contra o Juventude. Até ontem, 64.559 ingressos haviam sido vendidos e o estádio pode receber hoje, entre pagantes e não pagantes, mais de 87 mil pessoas.

Mas a dimensão exata do que representa o retorno de um clube deste porte à elite poderá ser percebida no primeiro trimestre de 2010, quando a equipe do cineasta José Henrique Fonseca, que viveu nos últimos seis meses a intimidade do time e atravessou o país para mergulhar no universo vascaíno, levará às telas “O Sentimento Não Pode Parar — O Filme”.

A obra não se limita a contar a viagem de volta à Primeira Divisão, que terá um desfecho hoje caso o Vasco vença o Juventude. Longe disso.

As viagens no ônibus do time, o vestiário e as concentrações da equipe que está trazendo o clube de volta à Série A, assim como o momento histórico da virada, são o pano de fundo para mostrar diferentes facetas de um clube nacional.

Num povoado ribeirinho na Amazônia, o filme descobre um homem que, numa pequena TV ou pelo rádio, tenta acompanhar o Vasco. Na Paraíba, um repentista canta e conta a história do clube. Martinho da Vila recorda a luta contra o preconceito.

O Vasco que hoje pode voltar ao seu lugar não pertence a ricos ou pobres.

Não é só da Zona Norte, da Zona Sul ou do Rio.

— O filme mostra a pluralidade do clube. O Vasco não é Zona Norte ou Sul. É Belém, é Fortaleza. Lá, quando chegamos, uma multidão cercou o ônibus — diz Fonseca. — O Vasco é a história de luta contra o preconceito que nenhum clube tem. O filme é para todos que gostam de futebol.

Últimos ingressos postos à venda hoje

Hoje, vão lotar o Maracanã herdeiros de uma paixão que atravessou gerações. Como diz a música da torcida, é preciso “relembrar o Expresso da Vitória”. E o filme de Fonseca o faz.

Mostra um torcedor que viu as façanhas de Barbosa, Ademir, Danilo, Friaça e outros monstros sagrados.

Mas vai a Buenos Aires, ouvir o testemunho de outra lenda: Di Stéfano, vice-campeão do Sul-Americano de 1948 pelo River Plate, no histórico torneio vencido pelo Vasco.

Quatro equipes vão buscar imagens do dia mais importante do Vasco em 2009. Uma pegará o trem com torcedores no Méier; outra estará num ônibus partindo de Irajá. Mas foi na intimidade do elenco que Fonseca e seu time traçam, também, um perfil dos jogadores que estão reconduzindo o Vasco à Primeira Divisão.

— O talento conta, mas eles chegaram aqui pela amizade, que é verdadeira — diz o cineasta. — No ônibus, cada dia colocam o tipo de música que um prefere. E se respeitam.

O filme promete tomadas reveladoras.

Numa delas, o clima é descontraído e cheio de brincadeiras minutos antes de um jogo. Como que por encanto, tudo se transforma.

— Na hora de fazer a corrente e entrar em campo, vão da descontração à concentração em instantes — diz Fonseca. — O Vílson falha num jogo e é vaiado. Todos se juntam em torno dele.

Este grupo, reunido em janeiro para a pré-temporada em Vila Velha com muitos jogadores desconhecidos, tenta hoje concluir parte da missão. Depois, faltará o título da Série B, que valerá prêmio de R$ 1 milhão para o elenco.

— O time está equilibrado. Não vejo possibilidade de enfrentarmos problemas por falta de concentração — diz o técnico, referindo-se à prometida festa da torcida num estádio lotado. — É emocionante atuar num Maracanã lotado. Ainda mais com uma torcida que nos carregou nos braços o ano todo. Quando chegamos em Vila Velha e vimos milhares de pessoas no aeroporto, entendemos a realidade que iríamos viver e o tamanho da responsabilidade.

Hoje, os 3.500 ingressos restantes de cadeira azul serão vendidos, a partir de 9h, nas bilheterias 5 e 8 do Maracanã. Ontem, com mais de 400 torcedores, São Januário antecipou parte do clima de festa. Entre os presentes, estava Dorival Silvestre, 81 anos, pai do treinador. Ele recomendou que o filho fique no Vasco, o que não é uma certeza. E surpreendeu: — Dorival é melhor como técnico do que foi como jogador — brincou.

— Não tive uma história tão boa no futebol como jogador, mas adorava jogar. Agora, como técnico, vou completando esta história — disse Dorival, rindo ao saber do comentário do pai.

Ele confirmou ontem Souza e Allan como titulares. Titi, gripado, é dúvida.

Vasco: Fernando Prass, Paulo Sérgio, Fernando, Titi (Rafael Morisco) e Ramon; Nílton, Souza, Allan e Carlos Alberto; Adriano e Élton. Juventude: Juninho, Bruno, Douglas, Irineu e Bruno Teles; Xavier, Walker, Lauro e Léo Dias; Zezinho e Marcos Denner.

Juiz: Nielson Nogueira (PE).


José Henrique Fonseca, diretor de “O Sentimento Não Pode Parar — O Filme”


Fonte: O Globo

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