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NETVASCO - 05/11/2009 - QUI - 13:19 - Amaral, que jogou no Vasco em 2000, fala do carinho dos torcedores

Querido pelos companheiros de Perth Glory, o volante Amaral se sentia em casa no clube australiano. No entanto, prestes a terminar o seu contrato, ele recebeu uma surpresa desagradável. Após um treino no estádio Members Equity, o meio-campo teve o carro arrombado e os documentos, levados por índios aborígines. Além do prejuízo material, o ex-jogador de Palmeiras, Corinthians, Vasco e Grêmio entrou em desespero porque tinha viagem marcada para o Brasil.

- Rodei pela cidade por 15 dias na tentativa de achar algo. Procurei minha identidade, CPF e passaporte nas lixeiras do estádio durante uma semana. E descrevi como era a minha carteira a todos funcionários do clube na esperança de alguém me ajudar. Só que nada foi encontrado - contou Amaral, que também "perdeu" R$ 3 mil em dinheiro, mp3, relógio, celular e vários cartões de crédito.

A aflição do jogador aumentou ao pensar que não poderia ver os filhos Amaralzinho, de 11 anos, e Maria Vitória, de 9, no início de novembro.

- Os policiais fizeram um boletim de ocorrência de qualquer jeito porque não sei falar inglês. A minha sorte é que o meu empresário, depois de muito insistir, arrumou um outro passaporte na embaixada brasileira - afirmou o volante, que conseguiu desembarcar no país no último fim de semana.

Amaral tinha contrato com o Perth Glory até 30 de outubro. Preferiu não renovar com os australianos e agora tem propostas para jogar a Segunda Divisão do Paulistão.

- Conversei com vários clubes do interior de São Paulo, mas, por enquanto, não fechei com ninguém - garantiu o atleta, de 36 anos.

Com saudades do Rio de Janeiro, Amaral pretende ir ao Maracanã neste sábado prestigiar o clube em que foi campeão da Taça Guanabara e do vice do Mundial de Clubes em 2000.

- Quero levar meu filho para conhecer o estádio. E tem que ser em um jogo decisivo. Nós torcemos para o Vasco e o Palmeiras. Acho que os vascaínos têm um carinho grande por mim - disse.

Amaral carregava o piano e as bolas no Timão Perguntado sobre a aposentadoria, Amaral fez graça com uma de suas principais virtudes: o condicionamento físico.

- Só quando acabar o fôlego (risos). Acho que isso vai acontecer daqui uns quatro anos - brincou o volante, que foi assistente de coveiro na cidade natal de Capivari, no interior de São Paulo, antes de ingressar no futebol.

Fonte: GloboEsporte.com

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