NETVASCO - 29/10/2009 - QUI - 21:16 - Alex Dias volta a dizer que quer encerrar carreira no Vasco

Amigos, depois de um longo e tenebroso período de trabalho, estou retornando aqui para trazer mais uma entrevista a vocês. O boleiro da vez é o atacante Alex Dias, o "Pantaneiro", ex-Vasco, Fluminense, São Paulo e, atualmente, Vila Nova. Neste bate-papo o jogador manda a real e fala sobre os problemas no Vasco, as vaias, o sonho de ter jogado pelo Tricolor paulista, a passagem pelo Fluminense, além de suas amizades e da carreira que leva em paralelo ao mundo da bola. No fim, ainda faz uma revelação: quer encerrar a carreira no Vasco. Confira abaixo:

Como você reagiu às vaias dos torcedores do Vasco na partida contra o seu atual clube, o Vila Nova, em São Januário?

É natural, isso acontece, mas o verdadeiro torcedor sabe do carinho e do amor que eu tive quando joguei pelo Vasco. A maioria não sabe os motivos da minha saída. A diretoria me jogou contra a torcida. Larguei mão de tudo pelo Vasco, cheguei a jogar machucado, mas essas coisas acontecem.

Depois você foi para o São Paulo, clube de sua infância. Foi um sonho realizado?

Realizei meu sonho. Fui campeão brasileiro lá. É um sonho realizado.

Posteriormente você atuou por outro clube do Rio, o Fluminense. O que deu certo e o que deu errado em sua passagem pelo Tricolor carioca?

Fomos campeões da Copa do Brasil e eu fui o vice-artilheiro da competição. Foi uma passagem vitoriosa, não tem nada do que lamentar.

Por qual motivo você demorou tanto a estourar no futebol?

Nasci no Mato Grosso do Sul, é difícil você despontar por lá. Comecei com 20 anos. Se tivesse nascido num grande centro, já teria me destacado. Teve uma época que eu tinha até desistido de jogar. Um amigo meu que me incentivou e acabou dando certo. Eu só tenho que agradecer, é uma carreira brilhante.

Então você já se sente realizado profissionalmente e financeiramente?

A única coisa que eu queria e que ficou faltando era ter vestido a camisa da Seleção Brasileira, principalmente no período em que estava jogando pelo Vasco. Hoje estou com 37 anos e já poderia parar, pois tenho uma situaçãozinha financeira que dá para viver e sustentar meus filhos, mas eu falei que tinha uma meta de jogar até os 40.

Você costuma sempre citar o Romário. Além de amigo, ele é um ídolo para você?

Sou amigo dele. A gente se fala sempre. É um ídolo. Quando cheguei no Vasco, já experiente, rodado, fiquei na minha. Não sabia como seria o contato e ele me deu logo boas-vindas. Fico feliz por já ter, inclusive, recebido elogio dele, dizendo que fui um dos melhores parceiros que ele jogou. É um orgulho ouvir isso de um jogador como o Romário.

Quando você encerrar a carreira continuará morando em Goiânia ou virá para o Rio, cidade que você se encantou?

Eu amo o Rio de Janeiro, tenho apartamento aí, mas vou continuar aqui pois tenho uns negócios, uma construtora. Mas de vez em quando eu apareço no Rio e revejo os meus amigos, o Djalminha, o Romário, o Edmundo...jogamos nosso futvôlei, que eu aprendi a jogar com o Baixinho. O Rio é uma Cidade Maravilhosa, uma das mais lindas que eu já conheci, tirando essa coisa da violência.

Conte-me um pouco mais sobre esse seu lado empresário, que leva em paralelo à carreira de futebol...

Isso é uma coisa boa, pois nós jogadores não estudamos. São poucos os que estudaram, que foram formados. Temos que ter uma outra opção para sobreviver depois da carreira de futebol para cuidar dos filhos. Se ficar só naquela de carro, noite e mulherada você acaba gastando tudo.

Vasco, Fluminense e São Paulo. Qual desses três, se você tivesse oportunidade, gostaria de voltar a atuar?

Essa torcida do Vasco é apaixonante. Aquele período foi maravilhoso. Eu espero que um dia, quem sabe, eu encerre a carreira lá, já que estou com 37 anos. Os torcedores pegaram no meu pé mas eles sabem do carinho que eu tenho pelo clube.

Fonte: Blog Dois Toques - Lancenet