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NETVASCO - 25/10/2009 - DOM - 08:48 - Confira entrevista de Dorival Júnior ao Lance

IDADE: 47
LUGAR: Vasco-Barra
COMEÇO NA CARREIRA DE TÉCNICO: Figueirense, em 2004
PASSOU POR: Fortaleza, Criciúma, Juventude, Sport, Avaí, São Caetano, Cruzeiro e Coritiba

Dorival Júnior difere da maior parte dos treinadores. Não tem meias palavras e nunca busca apenas para si o mérito dos resultados. No processo mais democrático implementado pelo presidente Roberto Dinamite no clube, Dorival se sente mais à vontade. Sabe que seu trabalho pode ir além de campo e bola.

Nesta entrevista exclusiva ao LANCE!, o treinador pede agilidade no processo de reestruturação – e não só dentro do Vasco, como também em todo o futebol carioca.

Dorival ainda se derrete em elogios à torcida e entende que oVasco era um clube predestinado em sua vida. Confira.

Treinar o Vasco é o maior desafio de sua carreira?
Sinceramente, para mim, talvez seja. Primeiro pela responsabilidade que você tem de tentar reconduzir o clube à elite. Quando chegamos há alguns meses estava com a autoestima comprometida. Vivia uma certa turbulência, em todos os sentidos. Quando o futebol não se encontra, você começa a ter problemas em todos os setores. Para mim, foi um desafio, não me arrependo em momento algum.

Os projetos são a médio ou longo prazo?
Nós gostaríamos de fazer mais coisas. Infelizmente, a necessidade do dia a dia do futebol é a mesma que acompanha o dia a dia do clube. Nós ainda temos dificuldades em todos os aspectos. Gostaríamos que as coisas estivessem mais encaminhadas, num processo mais adiantado.

A ideia é trabalhar a longo prazo, como Mano Menezes no Corinthians?
Nesse ano, a preocupação é com o time. O Corinthians, por mais que queiram comparar, vivia um processo completamente diferente. O potencial de investimento era outro. O Vasco está tendo de se estabilizar em todos os aspectos. A nossa capacidade de investimento ainda é bem abaixo do necessário. Não podemos dar um passo maior hoje. Espero que isso tudo possa nos dar uma base para que possamos dar um salto de qualidade no nosso trabalho.

Falando assim parece que você já pensa num futuro no Vasco...
Sempre acreditei em trabalhos mais longos para que resultados fossem alcançados. Gostaria que tudo caminhasse com naturalidade. Meu contrato vai até o dia 31 de dezembro. Antes de acabar o campeonato não quero nem pensar em falar alguma coisa que seja, em levantar hipótese até com o próprio elenco. Não é o momento.

Você vê no clube a chance de fazer um trabalho que não seja apenas no campo?
Claro que poderíamos. Desde que houvesse a aceitação das pessoas que fazem o futebol conosco. Digo diretoria, imprensa, marketing, patrimônio. Um consenso. Aí a nossa participação seria importante. Estamos aqui para ajudar o clube a crescer em todos os sentidos.

Já deu para sentir o impacto do Vasco na sua carreira?
Não tem nem como esconder isso. Por mais que você queira, é diferente. Para mim, profissionalmente, foi importantíssimo. O reconhecimento do nome do profissional é diferente, não tenho dúvidas. Muita gente questionava o porquê de ter ido para o Vasco, de repente poderia ter ficado na Série A. Mas alguma coisa me dizia que eu tinha de vir para o Vasco. Fiquei muito contente, muito mesmo. Foi o passo certo e, como tudo na minha vida, aconteceu naturalmente. Só agradeço a quem confiou em mim.

O que mexeu realmente com você nessa passagem pelo Vasco?
O que me tocou realmente foi aquele último jogo do ano passado do Vasco. Eu vi pela televisão e ainda não tinha tido nenhuma proposta, só sondagem. Aquilo me tocou. Falei: pô, para qualquer profissional seria importante poder participar desse momento do Vasco. Aquilo me chamou a atenção e me marcou. Nesse ano, não tem como esconder que o jogo contra o Ipatinga é marcante na vida de qualquer profissional. Você ver o Maracanã tomado por uma torcida... Tenha certeza, foi um momento único.

Você já trabalhou com quase 40 jogadores. Houve surpresa?
A grande maioria eu já conhecia, tinha uma noção de como poderiam atuar. Do Alex (Teixeira), vi poucos jogos dele em 2008. Nesse ano, conseguiu com persistência se mostrar um jogador consciente. É diferente, mais agudo, participa de gols, chega mais à área. Foi importante esse crescimento.

E o Carlos Alberto?
Eu não esperava esse tipo de liderança dele. Achava que ele tinha outro perfil. Mas vim conhecê-lo aqui. Quando me foi perguntado se eu gostaria de ter o Carlos no elenco, priorizei logo a contratação. Mas não sabia que ele poderia ser tão participativo e interessado como vem sendo. Foi uma satisfação ter um profissional com a técnica e a liderança que ele vem conseguindo exercer dentro do grupo.

O Vasco chegará mais forte em 2010?
Vai chegar bem mais forte do que em janeiro de 2009. Disso não tenho dúvidas. Teremos uma recomposição de elenco, que se faz necessária. Mas com calma. Espero que no ano que vem o Vasco não tenha que contratar 20 jogadores como em 2009. Espero que caiamos pela metade. No ano todo, talvez de dez a 14 jogadores para contratarmos.

A semente, então, foi plantada para o clube ressurgir?
A própria participação do torcedor tem mostrado isso. Talvez há muito tempo a torcida do Vasco não se fizesse tão presente como agora. Já teve momentos excelentes, com conquistas memoráveis e vai voltar a ter grandes equipes. Mas é um processo moroso, que é encaminhado e tem oscilações. Em algum instante o Vasco vai recuperar a hegemonia que já teve.

Quem é

Nome: Dorival Silvestre Júnior
Nascimento: 25/4/1962, em Araraquara (SP)
Cargo: Técnico do Vasco
Títulos como treinador: Campeonato Catarinense, em 2004, pelo Figueirense; Campeonato Pernambucano, em 2006, pelo Sport; Campeonato Paranaense, em 2008, pelo Coritiba.

Fonte: Lance

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