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NETVASCO - 05/10/2009 - SEG - 09:11 - José Pinto Monteiro fala sobre formação de atletas olímpicos

Logo após a confirmação do Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016, os cinco principais clubes formadores de atletas da cidade já pedem ajuda. Sem investimento de patrocinadores e apoio financeiro do governo, Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco e Tijuca perdem talentos da base para clubes de outros estados e lamentam o êxodo de esportistas de elite do cenário olímpico a sete anos da cerimônia de abertura da competição, no Maracanã.

- A realidade do Rio é totalmente diferente de São Paulo e Minas Gerais. O investimento de patrocinadores está todo lá. Nossos juvenis estão sendo chamados para jogar fora. E eu vou prejudicar meu atleta? Quando vem me pedir a liberação, eu assino na hora. Não posso pagar o que os outros pagam – diz Alcir Ferreiro, vice-presidente de esportes terrestres do Tijuca.

A reclamação do representante da zona norte da cidade é repetida pelos clubes de camisa. Diretor de esportes olímpicos do Fluminense, Sandro Lima lamenta a perda de tradição do Tricolor em ser o principal fornecedor de atletas para a delegação brasileira nas Olimpíadas.

- Sabemos que, atualmente, não perdemos para ninguém nos campeonatos de base no Rio, mas não sei como vamos segurar esses atletas até 2016. Não temos grana, nem patrocínio, para ter uma equipe adulta – reconhece Sandro Lima.

Time adulto serviria de incentivo

Há pouco mais de um mês no comando dos esportes olímpicos do Flamengo, Carlos Eduardo Maia também vê a cidade como requerente de ajuda. O dirigente contou que o Rubro-Negro pretende usar incentivos do governo para desenvolver a base e buscar patrocínios para voltar a ter equipes de elite em esportes individuais e coletivos.

- Se não tiver exemplo de cima, o projeto vai minguar no meio do caminho. A pessoa vai perdendo o estímulo. Você imagina: "Eu sou bom, jogo bem, mas não vou conseguir passar do juvenil aqui. Tenho que ir pra outra cidade". Ter uma equipe adulta é um chamariz. A pessoa pensa: "Vou jogar na escolinha porque vou ver o Marcelinho lá" – explicou Maia, citando o capitão do atual campeão do Novo Basquete Brasil (NBB).

Gerente de esportes olímpicos do Botafogo, Miguel Ângelo da Luz, campeão mundial com a seleção feminina de basquete em 1994, tem esperança de que as Olimpíadas de 2016 tragam mais investimento e o Rio retorne com força ao cenário esportivo nacional.

- Gostaria muito que voltasse a ter times de ponta aqui na cidade. Hoje, tem o basquete do Flamengo, o vôlei do Bernardinho, um ou outro expoente na natação e só. O Rio tem que voltar. O povo carioca já mostrou que gosta de esporte, basta ver a final do NBB. Nós temos tendência esportiva, mas tem que ter investimento maior – concluiu.

Responsável pelos esportes olímpicos do clube que mais tem escolinhas no Rio de Janeiro - são 18, no total - , José Pinto Monteiro, do Vasco, critica também o isolamento das instituições na formação de atletas.

- Se você pegar o modelo americano, são as escolas que formam. Na Europa Oriental, são as forças armadas. Só no Brasil que fica com os clubes. E o que nós temos de incentivo público? Zero. Agora, o Confao (Conselho de Clubes Formadores de Atletas Olímpicos) está pleiteando 2% da Lei Agnelo Piva, porque tudo vai para as confederações – disse o vice-presidente de esportes olímpicos, citando a lei sancionada em 2001, que determina que 2% da arrecadação bruta de todas as loterias federais do país sejam repassados ao Comitê Olímpico Brasileiro e ao Comitê Paraolímpico Brasileiro.

Fonte: GloboEsporte.com

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