A reação da torcida não apenas no final do jogo, mas durante ele, incomodou bastante os jogadores e integrantes da comissão técnica do Vasco, derrotado por 2 a 1 pelo Figueirense nesta terça-feira, dia 29 de setembro, em São Januário. Na saída de campo, ainda com sangue quente, o lateral Ramon desabafou contra os torcedores. Em tom mais ameno, mas também corretivo, o técnico Dorival Júnior criticou a falta de apoio no momento em que o time precisava reagir.
Mesmo assim, o treinador não quis entrar em polêmica e afirmou ver naturalidade em ter sido chamado de burro pelos torcedores após a partida. Segundo o comandante vascaíno, a equipe visitante foi muito superior ao longo dos 90 minutos.
“Acho que você tem que reconhecer quando o adversário é muito superior dentro de uma partida e fez o resultado por merecimento. A torcida tem todo o direito de agir como agiu (vaias), apenas acho que, dentro da partida, tem que ter mais paciência. Passar a atuar contra acaba atrapalhando a nossa própria reação. Mas isso deve ser um grupo que passa a atuar contra e acaba contagiando. Quanto às vaias, é uma reação natural, faz parte. Tenho que estar com a consciência tranquila, pois sei que estou fazendo o meu melhor”, declarou Dorival Júnior, em entrevista após a partida.
O técnico ainda lamentou o mau rendimento da equipe, mesmo após a longa conversa realizada na última segunda-feira, 28. “Cobramos muito nessa conversa, mas as coisas acabaram não acontecendo. Fomos completamente envolvidos no primeiro tempo, e essa não é uma condição que o Vasco costuma dar. Fomos ameaçados do primeiro ao último minuto de jogo”, comentou.
Fonte: Site Justiça Desportiva
Chamado de burro, Dorival avisa que não mudará seu estilo de trabalho
A lua de mel de Dorival Júnior com a torcida parece que acabou pelo menos momentaneamente. O técnico deixou o gramado de São Januário sob gritos de burro por parte dos cruzmaltinos após a derrota da equipe para o Figueirense por 2 a 1, nesta terça-feira, pela 27ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Contudo, as hostilidades não interferiram a serenidade do profissional.
"Absolutamente não me interferiram esses xingamentos. De qualquer maneira, precisamos reconhecer quando o adversário é superior. O Figueirense conseguiu o resultado por merecimento . Quanto à torcida, eles tem o direito de agir dessa forma", afirmou o técnico, complementando.
"Entendo que eles percam a paciência quando a equipe não renda da forma que gostam. Por outro lado, eles não podem atuar contra senão pode frear uma possível reação. Entendo que esses gritos partiram de uma meia dúzia de pessoas. No mais, ouvi que a todo instante alguns torcedores xingavam o time porque não estavam contentes. Mas enfim, acho que isso faz parte e não interfere em nada porque continuo fazendo meu trabalho da melhor forma possível", disse.
Em seguida, Dorival falou especificamente sobre a atuação da equipe. Ele lamentou que a conversa de uma hora e meia que teve com os jogadores na véspera do jogo não tenha surtido o efeito desejado. O comandante cruzmaltino lembrou que o time carioca foi totalmente envolvido no primeiro tempo.
"Em outras partidas, ganhamos na superação e, por isso, conversei com eles por uma hora e meia para tentar ver uma equipe diferente em campo. Porém, fomos totalmente envolvidos porque eles conseguiram preencher bem todos os espaços. O Figueirense não deu a condição para o Vasco render como naturalmente acontece", analisou.
Mesmo com a derrota para os catarinenses, o Vasco permanece na liderança da Série B do Campeonato Brasileiro. No entanto, a diferença para o Guarani, segundo colocado, caiu para três pontos porque o time venceu o São Caetano, no estádio Anacleto Campanella, pelo mesmo placar. Na próxima rodada, o Cruzmaltino enfrenta o Bragantino, sábado, às 16h10, no estádio Nabi Abi Chedid.
Fonte: UOL
