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NETVASCO - 12/09/2009 - SÁB - 10:36 - Jéferson fala sobre sua recuperação e expectativa para voltar a jogar

Titular do técnico Dorival Júnior no início da temporada e dono da camisa 10. Você lembra quem é esse jogador? Muito torcedor do Vasco deve estar se perguntando onde está o meia Jéferson, autor de um gol contra o Flamengo, no Campeonato Carioca, e destaque do time no regional e em parte da Copa do Brasil. Ele está em fase final de recuperação de um estiramento grau 2 na coxa esquerda e já está entregue aos preparadores físicos. Se tudo correr bem, a tendência é que o "sumido" retorne à equipe no confronto diante do Guarani, no dia 19, no Maracanã.

As lesões que afastaram Jéferson do time começaram a aparecer no dia 11 de abril, no clássico contra o Botafogo, pelo Campeonato Carioca. Naquela ocasião, uma pubalgia tirou o atleta do time. Em maio, escalado para pegar o Corinthians, pela Copa do Brasil, o atleta não rendeu o esperado por conta da contusão e voltou a ficar de fora. Quase dois meses depois, ele retornou ao time na partida diante da Ponte Preta, em São Januário, e o músculo da perna esquerda se rompeu. A partir daí, mais um tempo no estaleiro.

E é justamente a fama de ser um jogador que se lesiona com facilidade que Jéferson quer apagar. Em um bate-papo com o GLOBOESPORTE.COM, o camisa 10 admitiu estar magoado com algumas insinuações que ouviu e desabafou ao comentar a sua situação em São Januário.

- Nunca tive lesão em nenhum lugar que eu passei. Era o meu melhor momento na carreira, mas infelizmente aconteceu. Nesse tempo, eu tive que aguentar muitas criticas, muitas pessoas dizendo que eu sou chinelinho, que estou fazendo corpo mole, que eu não quero nada. Eu não sou chinelinho - desabafou o jogador vascaíno.

Abaixo, confira a íntegra do bate-papo, que aconteceu em São Januário:

Você já está livre da lesão?

Tenho alguns incômodos, mas nada que vá me tirar novamente do time. Não tenho mais lesão. Preciso apenas me readaptar. Ainda estou tirando alguns receios, mas com o tempo tudo vai passar.

Você afirmou anteriormente que tem ouvido muita coisa na rua e até mesmo dentro do clube. O que mais tem te incomadado?

O pessoal acha que o jogador quer se esconder. Infelizmente aconteceu. Em nenhum momento foi falta de vontade. Muito pelo contrário. Tudo aconteceu por eu ter muita vontade de jogar e ajudar o Vasco.

Muito se falou que as noitadas atrapalharam na sua recuperação. Isso é verdade?

Muita gente fala dessa coisa de noite, mas eu nunca tive problema nenhum com isso. Chateia ouvir isso. Estou lutando há dois meses para voltar e não seria burro de sair à noite. Chegaram a me perguntar se eu estava na noite. Como se isso fosse uma desobediência da minha parte. Nunca precisei e nunca fui dessa rotina e isso me deixou magoado.

E como foram os comentários da torcida nas ruas?

A maioria foi de apoio. Escutei coisas no início da lesão, até aqui dentro do clube, de gente que achava que eu estava de sacanagem. Estou me esforçando para tentar voltar. Alguns torcedores falam da necessidade da minha volta, que eu sou importante para o time.

Você está sentindo falta de ser relacionado para uma partida?

Sinto falta de jogar, de concentrar. Eu me abati no início pela situação que estou vivendo. É bom estar jogando quando você está tendo uma sequência. E era isso que estava acontecendo comingo. Eu vinha muito bem. Vivi o céu e estou vivendo o inferno.

Quais as pessoas que te deram mais apoio nesse momento difícil?

No Vasco, eu tive um apoio grande do Dorival, do Ivan (Izzo, auxiliar), da comissão técnica. Nunca vivi essa situação. Nunca tive lesão em clube nenhum que eu passei. O pessoal com a experiência que eles tiveram acabam dando uma tranquilizada em toda essa situação. Em casa, os meus pais moram comigo e os meus dois sobrinhos. Eles são o meu refúgio.

E a sua volta? Quer calar os críticos?

A vida do ser humano é feita de altos e baixos. No início, eu estava no alto. Agora que eu me machuquei, eu sei quem me apóia, sei quem me critica. Quem me critica, vou fazer aplaudir dentro de campo. Depois que você está em campo fazendo gols, vem um monte de tapinhas nas costas. Isso é normal.

Fonte: GloboEsporte.com

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