NETVASCO - Souza fala sobre a sua trajetória no Vasco - 02/09/2009 - QUA

O volante Souza, em entrevista ao programa 'Só Dá Vasco' falou sobre a sua trajetória no Vasco:

TITULAR DO VASCO E CONVOCADO PARA O MUNDIAL SUB-20

"Eu comecei com 9 anos no Vasco. Por ser titular do Vasco, eu me sinto muito honrado, até porque, o que ajudou muito foi a trajetória que passei aqui desde os 9 anos, as dificuldades, os problemas que passei até chegar aqui. Quando você se pega na situação de ser um jogador valorizado dentro do seu clube, aonde há muitos questionamentos em ir ou não ir para a Seleção, até porque, você tem indo bem e feito a diferença no momento, eu me sinto muito honrado por estar como titular do Vasco, uma equipe grande, que tem uma torcida maravilhosa. Eu pretendo dar continuidade nisso. Agora, com a Seleção, creio que foi até uma premiação, por tudo que eu vinha fazendo, por todas as dificuldades que passei, por tudo que tenho mostrado também dentro de campo. Eu creio que foi o reconhecimento e uma premiação. Eu, particularmente, estou muito feliz. Sempre quando posso falar, agora falo que estou vivendo a melhor fase da minha vida profissional. Agora, com essa convocação para a Seleção, eu espero ir lá, dar o meu melhor lá também para servir à nossa Seleção, e estar sempre torcendo aqui pelo Vasco, via Internet, notícias, para que a gente também consiga alcançar logo esse nosso objetivo, que é subir para a primeira divisão."

POSIÇÃO PREFERIDA

"É essa que eu tenho jogado, de segundo volante. Acontece que quando joguei de titular pela primeira vez, eu não tinha tanta obrigação de marcar como agora. Mas acontece que os jogos vão mudando. É da tática do jogo. No jogo contra o Brasiliense e no passado também [Ipatinga], eu tinha um pouco mais de liberdade do que no jogo que passou agora [Ceará]. O professor Dorival pediu para eu ficar em cima do Geraldo, então me preocupei mais em marcar o Geraldo do que propriamente em jogar. Mas, mesmo assim, eu consegui jogar, porque ele me marcava e tudo mais. Mas isso vai do jogo. Tem jogos que ele me adianta mais, tem jogos que ele pede para eu ficar mais. Mas a posição que eu tenho jogado é a posição que eu gosto de jogar."

TREINADOR PREFERIDO NAS CATEGORIAS DE BASE

"Posso dizer que cada um que eu passei marcou muito. O primeiro treinador que eu tive foi o Zeica, no pré-mirim. Eu cheguei lá com 9 anos. Foi ele que me federou e me deu moral. Tinha o Marcus Alexandre, que agora deve estar no Nova Iguaçu, se não me engano. Foi um treinador muito bom para o meu crescimento, que pegava no meu pé, mas gostava de mim, porque a gente percebe. Quando a pessoa gosta, ela pega no pé. Tem o Rodney Gonçalves também, que estava treinando o Duque de Caxias. Acrescentou muito também na minha carreira. O Toninho Barroso. Tem vários. Não tem um que eu diga 'Esse foi o cara'. Todos foram muito importantes na minha trajetória."

SUBIDA DOS JUNIORES PARA OS PROFISSIONAIS

"Eu subi no ano passado. Fui promovido no ano passado, no segundo turno do Carioca. Foi quando o Alfredo Sampaio me chamou para trabalhar com ele lá. Eu fui e fui bem no treino. O meu primeiro jogo foi contra o Macaé [a estreia foi na vitória por 3 a 2 sobre o Itabaiana-SE, pela Copa do Brasil, dia 27/02/2008. O Vasco goleou o Macaé por 4 a 0, também em São Januário, dia 13/03]. Eu fiquei no banco e entrei. Foi muito importante para mim. Marcou a minha carreira."

FRATURA NO PÉ ESQUERDO

"Mas no ano passado eu não consegui dar uma sequência no meu futebol. Quando eu consegui, já era em meados do Campeonato Brasileiro, com o Antônio Lopes. Eu consegui ter três partidas como titular. Foi quando eu vim a quebrar o meu pé contra o São Paulo. Infelizmente, eu quebrei o pé. Foi uma situação difícil, porque quando eu tentei voltar, doía. Eu parava de novo. Nesse meio tempo, eu fiquei até o final do ano parado, vendo a situação do Vasco, caindo para a segunda divisão e não podendo ajudar, vendo só de casa. Aquilo foi muito angustiante para mim."

REINÍCIO EM 2009

"O começo desse ano também foi um pouco conturbado, porque eu viajei para Vila Velha com um problema no púbis. Fiquei tratando. Voltei a treinar depois do pessoal. O time já estava meio que formado. Quando eu voltei, tive um problema no pé. Foi o maior problema. Quando eu voltei, o time já estava formado e já tinha começado o campeonato."

VOLTA PARA OS JUNIORES

"Eu optei. Eu falei 'Aqui não vou jogar mesmo', então optei. Conversei com o Dorival e falei 'Professor, eu poderia descer para os juniores para pegar a minha forma física, o meu ritmo de jogo? Eu creio que aqui não vai dar para pegar, porque o pessoal está indo bem e começando o Carioca muito bem'. Foi quando ele me autorizou. Eu fui lá e joguei sete ou oito partidas pelos juniores."

RETORNO AOS PROFISSIONAIS

"Eu adquiri a minha forma física e voltei. Foi quando continuei treinando bem e ele falou para eu continuar da forma que estava treinando, que uma hora ia surgir a oportunidade. Dois meses depois que ele falou isso, surgiu a oportunidade. Eu estava preparado psicologicamente, tecnicamente e fisicamente. Entrei e até hoje não saí, graças a Deus."

JOGAR COMO TERCEIRO HOMEM

"Eu até faço. Não como um segundo volante, que é a posição aonde eu cresci. Eu fui adequado ali. Até hoje, eu gosto de jogar ali. Mas eu faço também. Já fiz nos juniores e no juvenil como terceiro homem. Mas não é a posição que eu gosto."

APOIAR O ATAQUE

"Para mim, o segundo volante tem a obrigação de levar o time ao ataque, porque se o segundo volante não for levar, a gente vai viver de bicão para frente. O primeiro fica incubado ali de marcar, roubar, tocar no segundo, e o segundo de arrastar o time até a frente. Eu me sinto na obrigação até de levar o time para frente, de deixar a bola no pé do Carlos [Alberto] e do Alex [Teixeira], dos meias ali, para que eles possam dar seguimento à jogada. Para mim, hoje em dia, o segundo volante também não pode só se limitar a marcar. Por isso é que eu gosto de jogar de segundo volante, porque eu marco e, sempre que dá, sempre que tem a oportunidade, saio para jogar."

VASCO FINALIZAR POUCO A GOL

"Acho que não é que a gente chuta pouco. É que a gente tem pouca oportunidade de chutar, até por causa da retranca do time adversário. A melhor forma de acabar com essa retranca é a gente tentar da melhor forma atacar o tempo todo. Mas é complicado, porque quando um time vem com a proposta de só defender e sair no contra-ataque, como veio o Ceará, e como todos os times que jogam contra o Vasco vêm com essa proposta, se eles vierem com a marcação muito boa, é complicado, até a gente estando bem, furar essa marcação. É muito mais fácil você marcar do que jogar. A gente tem que tentar da melhor forma tocar a bola e encontrar espaços, para furar essa barreira. Mas é complicado quando a equipe vem com essa proposta de ficar lá atrás e só sair no contra-ataque."

EXPECTATIVA PARA O JOGO CONTRA O ATLÉTICO-GO

"É muito boa. Hoje a gente estava conversando entre a gente, que é um campeonato de pontos corridos. Mas a gente está intitulando esse jogo como uma final de campeonato, até porque, se eles ganharem, passam a gente. Se a gente ganhar, abre cinco pontos de vantagem, que é uma vantagem muito boa para o segundo colocado e até para o quinto. A gente está intitulando esse jogo como uma final de campeonato. Está todo mundo motivado. A gente crê que o Atlético Goianiense não vai ficar atrás. Vai ser um jogo muito franco. Eles vão tentar o ataque, porque precisam da vitória e estão jogando em casa. O Vasco tem que ir lá com essa proposta de jogo o tempo todo, porque o Vasco, na segunda divisão, não pode pensar em ficar na retranca. Tem que atacar da melhor forma, com sabedoria, mas tentar a vitória sempre. Eu creio que o jogo de sábado vai ser um jogo muito bom, tanto para o Vasco quanto para o Atlético Goianiense. Os dois estão vivendo bons momentos no campeonato. Eu fico até triste por estar fora de um jogo como esse [suspenso pelo terceiro cartão amarelo]. Mas eu creio que quem entrar vai dar conta do recado. O mais importante é que a gente saia de lá com a vitória."

VOLTAR DO MUNDIAL SUB-20 NO EGITO PARA DISPUTAR A 31ª RODADA

"Eu espero e torço para que quando a gente volte, já esteja na primeira divisão, só ali para cumprir tabela mesmo."

Fonte: NETVASCO (transcrição)