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NETVASCO - 01/09/2009 - TER - 12:26 - Meia Beto lamenta ter sido mal aproveitado no Vasco em 2008

Boêmio assumido desde que foi lançado pelo Botafogo em 1995, Beto garante que tirou o pé do acelerador. As pancadas da vida- além da mudança para o litoral catarinense-, mexeram com a cabeça do meio-campo. Difícil de acreditar? O jogador, de 34 anos, jura que passou a colocar a família em primeiro plano em detrimento das "más companhias". Além disso, Joubert Araújo Martins diz que o fato de ser o atleta mais experiente e um dos gestores do Imbituba fez com que repensasse a vida.

- Acho que vou ser dirigente depois que me aposentar. Na verdade, já faço parte da diretoria do clube. Além de jogar, indico contratações, resolvo alguns problemas administrativos e converso com os jogadores sobre renovação e rescisão de contratos. Não deixei de fazer o que gosto, como beber cerveja e ir a pagodes. Mas não é no mesmo ritmo de antes. Agora tenho saído mais com a minha esposa e meus filhos do que com os amigos - contou o marido da Marcela, que é pai de Wallace, adotivo de 22 anos, Joubert Filho, de 12, Pedro Henrique, de 6, e Eloisa, de 2.

De acordo com Beto, o Rio de Janeiro é um "lugar de muita badalação". E isso acabou influenciando na conduta dele, que não teve uma sólida estrutura familiar. Pior, o apoiador acha que ficou estigmatizado por ser mais sincero que os outros jogadores.

- Existem muito badboys no futebol, mas a maioria se esconde atrás de máscaras que uma hora vão cair - afirmou.

Em busca de um maior contato com a natureza, o apoiador admite que está preste a ingressar em um novo esporte. E, no que depender dos companheiros de time, ele tem tudo para fazer bonito. Pelo menos treino nas horas vagas é o que não vai faltar.

- (Os jogadores do Imbituba) Estão querendo me ensinar a surfar, mas está muito frio aqui (risos). Tem um garoto no time que ficou de me dar umas aulas. Fiquei interessado também para me integrar à cidade. Sei que uma das etapas do WCT (categoria de elite do surfe mundial) acontece aqui - revelou.

Jogador não tem saudade do futebol carioca

Apesar de ter passado um dos melhores momentos da carreira no Flamengo, Beto não guarda boas lembranças do Rubro-Negro. Nada contra a instituição, mas em relação à forma como foi tratado pelo ex-vice-presidente de futebol do clube.

- Quando o Adriano retornou ao Flamengo, ele me ligou e perguntou se eu queria voltar ao time. Disse que ia dar um jeito de me levar para a Gávea. Partiu dele, não fui eu que tomei a iniciativa. E o Kléber Leite perguntou ao Imperador quem era o Beto. Ganhei muitos títulos pelo clube. Acho que faltou respeito desse dirigente - declarou o meia, que foi campeão da Copa Mercosul (1999), da Copa dos Campeões (2001) e tri Carioca (1999, 2000 e 2001) quando dava expediente na Gávea.

Além disso, Beto também lamentou a sua segunda passagem pelo Vasco. Ele foi parar em São Januário através do amigo e treinador Romário, mas o Baixinho entregou o cargo repentinamente. E o jogador perdeu espaço no clube com os técnicos subsequentes: Antônio Lopes, Tita e Dorival Júnior. (Nota da NETVASCO: O último técnico do Vasco em 2008 foi Renato Gaúcho, e não Dorival Jr., que chegou em 2009.) O meio-campo ficou tão abalado que pensou em abandonar a carreira.

- Foi a pior situação que passei no futebol. Fiquei bastante chateado de ter de treinar separadamente do elenco principal. Teve um treino que eu terminei chorando. Não aguentava mais acordar cedo, enfrentar uma hora de trânsito e passar aquela humilhação. Até que decidi não aparecer mais para os treinamentos. Abri mão de dinheiro. Só queria ficar na minha casa. Fiquei com tanta raiva que cheguei a pendurar as chuteiras. Mas alguns amigos me convenceram a voltar. E resolvi pegar a minha rescisão no Vasco 20 dias depois de ter me desligado do clube - confessou.


Beto treinando no Vasco em abril de 2008


Meio-campo garante que leva as críticas na esportiva

Por mais que tente mudar de hábitos, Beto reconhece que dificilmente conseguirá apagar a imagem de jogador boêmio. Então, o jeito que encontrou para ter uma convivência saudável com a mídia e os torcedores foi ignorar as críticas.

- Levo tudo na esportiva. Não me importo de me chamarem de Beto Cachaça. Esse apelido surgiu pichado em um muro da Gávea, em 2001, no meio daquela rivalidade forte entre Flamengo e Vasco. Eu não bebo cachaça. Isso aí mata e é horrível. Gosto mesmo é de cerveja (risos) - declarou.

Olhando para trás, o "Pegador" admite que fez muitas coisas erradas. Ele andava armado até cinco anos atrás. E, por pouco, não enveredou pelo mundo das drogas. Exemplos de parentes e amigos que se deram mal na vida é o que não faltam.

- Dava tiro para o alto. Não era onda (mania), era empolgação. A arma faz você ficar valente. Ainda bem que deixei isso só para os amigos policiais. As más amizades me influenciavam muito. Muitos colegas meus se envolveram com o tráfico e estão mortos. Já colocaram droga na minha frente, mas não fiz nada. - disse o jogador, para depois emendar que tem um primo preso.

Engana-se quem pensa que Beto está falido. Pelo menos é o que garante este cuiabano ao listar alguns de seus bens.

- Tenho imóveis em Búzios, Friburgo e no Rio de Janeiro, além de muita grana para receber do Flamengo, Grêmio e do Sanfrecce Hiroshima, do Japão. Tenho certeza que Deus guardou um futuro bom para mim - concluiu.

Fonte: GloboEsporte.com

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