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NETVASCO - 31/08/2009 - SEG - 13:32 - Dinamite fala sobre elenco e base do Vasco

Em entrevista à Rádio Brasil, o presidente Roberto Dinamite falou sobre o elenco e a base do Vasco.

PERMANÊNCIA DOS PRINCIPAIS JOGADORES PARA 2010

"Essa preocupação, nós temos também. A vontade, mais do que nunca, da permanência desses jogadores, é muito grande. O que eu posso afirmar, nesse primeiro momento, é que até o final da competição nenhum jogador desses sai do Vasco da Gama. Agora, nós estamos também trabalhando em cima dessa situação para a permanência não só desses jogadores, mas de outros atletas que fazem parte também do grupo do Vasco da Gama, no sentido de fortalecer o Vasco para o futuro que nos espera, que é 2010."

ATLETAS MAIS JOVENS

"Sem sombra de dúvidas, essa foi a nossa preocupação principalmente na virada do ano, quando o Vasco, infelizmente, caiu para a segunda divisão. Nós buscamos uma comissão e, em cima disso, um trabalho pautado com os jogadores, para que enxergassem essa competição como a coisa mais importante na carreira deles e na vida de cada um deles. Acho que essa projeção que o Vasco, hoje, mesmo na segunda, está dando a esses jogadores, é uma projeção bastante positiva. Com certeza, o Vasco, voltando para a primeira divisão - e vai voltar para a primeira divisão -, esses jogadores vão estar valorizados e fazendo parte do grupo de jogadores. Não basta ser atleta profissional e jogador de futebol. Acho que você também tem que ter esse outro componente, que é fundamental, que é do ser humano, do homem, do caráter, para que a gente possa realmente com isso somar forças e, nos momentos mais difíceis, superá-los da melhor maneira possível."

"Hoje, o próprio Ramon, que veio, era um jogador que estava lá no Inter, não digo encostado, em uma situação, veio, mostrou, e hoje todo mundo sabe quem é o Ramon. O Elton também, um jogador que está aí. O Alex Teixeira, um jogador que realmente a cada jogo tem aparecido e ido muito bem. O próprio Souza. O nosso goleiro, o Fernando, está mostrando uma qualidade excepcional. Se você parar para olhar e analisar, nós estamos fazendo, a cada momento buscando e trazendo para dentro do nosso grupo as pessoas que queiram realmente ajudar o Vasco, fazer do Vasco esse time forte e competitivo. Com isso, essas pessoas vão ter também o reconhecimento não só dos vascaínos, mas do futebol brasileiro e do futebol mundial. Com certeza, alguns desses vão ter propostas, mas nós vamos fazer de tudo para que esses atletas permaneçam no Vasco."

CARLOS ALBERTO

"Não só eu, mas acho que a maioria das pessoas tinha uma visão com relação ao Carlos Alberto, daquele jogador irresponsável, de que fazia as coisas e não tinha preocupação nenhuma, a não ser estar ali dentro do campo jogando e participando. O Carlos Alberto hoje exerce realmente uma liderança muito positiva dentro do grupo do Vasco. Ele é um jogador que tem demonstrado não só nos treinamentos e nos jogos, mas principalmente nessa relação entre os companheiros tem conversado, reunido os jogadores e dado uma contribuição muito positiva nesse sentido. Para mim, é uma surpresa muito agradável essa participação e liderança dele, no que diz respeito à atuação e buscando dentro do campo. É claro que em alguns momentos ele passou a ser uma vítima, com relação às pancadas que ele levava ao longo dessa competição. É um jogador que tem uma base muito boa, sabe segurar uma bola e, muitas das vezes, sofria e sofre faltas fortes. Algumas das vezes, também criava a situação para que isso acontecesse. Acho que ele hoje está muito mais equilibrado. Ele está sendo muito mais objetivo com a equipe, buscando muito mais o gol, buscando ser diretamente mais útil para a equipe, do que propriamente pegar uma bola e esperar uma falta. Acho que isso tem sido muito positivo para o Vasco. Dentro do campo, ele tem falado com os jogadores, está buscando com os companheiros que eles tenham o equilíbrio necessário. Acho que é fundamental isso. Ele passa a ser uma referência. A gente tem que sempre estar colocando isso. Hoje, se ele tem dentro do campo uma atuação que ele utilize da melhor maneira possível o que tem de potencial... Ele é um jogador com qualidade, diferenciado, então tem que explorar isso de uma forma positiva, criando a situação para que os adversário façam uma falta ou, em certos momentos, venham a ter o cartão amarelo ou, quem sabe, o cartão vermelho. E no momento de uma falta mais forte de um adversário ou de outro, que ele saiba suportar isso. Eu falo por mim mesmo. Eu vivi isso, sofri, tive muitas entradas fortes e tal, esse negócio todo, em que eu olhava para o cara e ele ficava rindo. 'Está bom. Vamos lá, meu amigo. Você vai fazendo a tua parte e vou procurando a minha'. Uma faltinha aqui e outra ali, e saia o gol. Acho que nós temos que usar o talento e a qualidade do nosso jogador, e que ele saiba também explorar de uma forma positiva essa vantagem de proteger, de ter a bola no pé, de sair em velocidade, para que aconteça a falta ou então chegue lá na cara do gol e faça o gol."

"Acho que o talento sempre fez e vai continuar fazendo parte do futebol como uma coisa diferenciada. É só você pegar a Seleção Brasileira, que você reúne teoricamente os melhores jogadores. Às vezes, fica alguém fora. Quem fez a diferença em várias Copas do Mundo, em que o Brasil conquistou a Copa do Mundo, foram dois, três jogadores. Você tinha o conjunto da equipe. Tirando 70 e tal, que teve um grupo realmente fantástico, você pega 94, que foi um time armado direitinho, mas Romário e Bebeto fizeram a diferença. Depois, você tem Rivaldo e Ronaldo, que fazem a diferença. Você tinha um grupo. E vai por aí. Acho que esses jogadores realmente... O Brasil, acho que é um privilegiado nesse sentido. Vira e mexe, aparecem novos jogadores, novos talentos, jogadores diferenciados. É só você olhar o futebol mundial. Todo grande clube tem um jogador brasileiro que faz a diferença."

PHILIPPE COUTINHO VENDIDO AOS 16 ANOS

"Realmente é uma preocupação. Por um lado, é uma coisa que nos deixa triste, porque o potencial desse jogador, do Philippe Coutinho, é um potencial muito grande. Mas é um jogador que, quando nós entramos, já estava vendido para a Inter de Milão. Infelizmente, isso realmente vai acontecer. Ele vai ficar até meados de 2010, quando vai completar 18 anos. A partir daí, ele vai estar liberado. É uma situação que, em parte, eu lamento. Eu lamento porque acho que é um jogador que, além de ser um bom jogador, ele tem uma identificação e um grande caráter. É um garoto que tem tudo para brilhar no futebol. Hoje, nos jogos que ele tem participado do Vasco, o torcedor do Vasco já começa a ver no Philippe Coutinho um jogador com muita qualidade e muito talento. Apesar do árbitro ter tentado diminuir ou tirar dele essa condição dele poder jogar bola, jogar futebol."

EVITAR A SAÍDA DE JOGADORES DA BASE

"É uma coisa que nós vamos estar trabalhando. Já começamos a trabalhar até nesse sentido, porque hoje, infelizmente, o garoto com 15, 16 anos pode ter até um vínculo com o clube, mas ele está livre. Ele pode, de repente, ir embora. Hoje existe uma preocupação dentro do Vasco com esses garotos que mostram, têm e são até atletas como o Philippe Coutinho e outros, que são jogadores fora de série. E outros atletas também. Mas a gente tem uma preocupação de buscar, nesse primeiro momento, o pai, o familiar do garoto, o responsável direto, para que ele possa, nessa fase, permanecer dentro do Vasco. Com isso, a gente possa estar firmando um contrato quando ele completar 18 anos, ainda dentro do Vasco da Gama, e não saindo em um período antes. A gente tem um trabalho muito forte com relação a isso, essa preocupação do garoto de 11, 12 anos. Aconteceu isso quando nós entramos no Vasco. Saíram mais ou menos uma média de dez jogadores da base, indo para vários clubes do futebol brasileiro. A nossa preocupação hoje é essa, de ter na base os jogadores que tenham não só qualidade, mas que tenham esse espírito de poder e querer permanecer dentro do Vasco. Isso é uma vontade. Para que isso possa acontecer, você tem que criar mecanismos, de dar condição para que esse garoto, mesmo iniciando, possa ter também, não digo um tratamento diferenciado, mas ter um reconhecimento com relação a isso."

SONHO SER DESDE CEDO ATUAR NA EUROPA

"O meu sonho era jogar no Vasco, ser profissional do Vasco. É claro que hoje a gente tem que acompanhar essa coisa. Mudou a coisa. Naquela época, esse negócio todo não era isso. E na época também você só podia ter dois estrangeiros. Hoje, o Barcelona, o Real Madrid pode ter quatro, cinco jogadores. Acho que a diferença está aí. Acho que nós temos que trabalhar, além do talento do jogador, para que ele possa evoluir, a auto-estima desse jogador, para que ele tenha uma identificação com o clube. Acho que hoje o clube tem que trabalhar essa situação de valorizar o seu atleta, mas o atleta também tem que valorizar o clube que o está projetando. Aí entra, sim, de uma forma muito clara e muito objetiva, essa situação de parceiros e empresários que queiram e vão estar dentro desse processo. Porque você fala 'Não vai ter empresário?'. Vai ter empresário. Agora, não pode é o clube entrar em uma situação de formar aquela jogador, de repente vem uma pessoa, toma conta daquele jogador, o clube fica com 30% e o cara com 70% em cima do jogador. Acho que o sonho de jogar lá fora hoje já começa a diminuir um pouco, porque dentro da estrutura do futebol do Rio de Janeiro, do brasileiro e tal, alguns jogadores já estão voltando para o Brasil. Não é só ganhar dinheiro. Você tem que ter uma estrutura boa, a família próxima de você. Na realidade, o que ocorre também, a gente só fala dos jogadores que saem daqui e que têm sucesso. São dez, vinte. Mas tem 200 jogadores que saem do Brasil, vão lá para fora e ficam perdidos. Muitos deles, com muita dificuldade. É nesse sentido que nós vamos estar trabalhando dentro do Vasco da Gama. Falar que o Vasco não vai ter parceiros é mentira. O Vasco vai ter parceiros, mas parceiros que se encaixem dentro daquilo que o Vasco deseja, e não que o Vasco venha a se encaixar dentro do que essas pessoas desejam. Vou dar um exemplo. Há quase um ano atrás, o caso do Pablo, que era um jogador titular do Vasco. De uma hora para outra, teve uma proposta e foi embora. A gente estava jogando. Ia jogar uma semana e ele teve que ir embora, porque o vínculo do jogador não era diretamente com o Vasco. O jogador vinha de um outro clube e tinha uma situação. Hoje, qualquer jogador que venha e tenha uma situação, a gente vai estar trabalhando. O caso do Ramon, por exemplo. É um jogador emprestado, que está aí. Mas tem uma cláusula. Se o Vasco achar por bem que aquilo vale para o Vasco, o Vasco vai estar investindo naquele jogador, vai poder cumprir e ter aquele jogador em definitivo, ou ter uma parte daquele jogador. É nesse sentido que todos os atletas hoje que estão no Vasco têm esse vínculo com o clube. De uma forma ou de outra, mas um vínculo onde no mínimo o jogador ou o próprio clube tem a prioridade para a permanência ou não daquele atleta."

Fonte: NETVASCO (transcrição)

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