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NETVASCO - 26/08/2009 - QUA - 11:04 - Vice de Finanças Nélson Rocha fala sobre recuperação dos clubes cariocas

No segundo capítulo da série sobre a crise do futebol carioca, Delair Dumbrosck, vice geral do Flamengo, Nelson Rocha, vice de finanças do Vasco, Marcelo Penha, assessor especial da presidência do Fluminense, e Antônio Carlos Mantuano, vice geral do Botafogo, reuniram-se no estúdio da TV LANCE! com o intuito de buscar alternativas para o problema.

Entre os representantes dos quatro gigantes, a certeza de que é necessária uma profunda reformulação administrativa, mais responsabilidade no trato das finanças dos clubes e a ajuda do poder público, por intermédio de renegociações de dívidas e também financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com juros subsidiados.

– Não há crise técnica. Não temos problemas para revelar jogadores. Tanto que dos cinco mil que estão fora do país grande parte foi formada nos clubes do Rio. O nosso futebol é vítima de administrações caóticas. Voltaremos a ser os protagonistas do futebol brasileiro – prometeu Nelson Rocha, do Vasco.

Delair Dumbrosck, além das outras medidas defendidas pelos dirigentes, pede mais unidade nos clubes. Segundo o vice geral do Flamengo, a vaidade tem atravancado o crescimento das instituições.

– Os quatro grandes precisam estar juntos constantemente para discussão e melhoria do nosso futebol. E a opinião dos quatro é a que tem de prevalecer. Não dá para falar sem olhar para trás. A administração do Eduardo Vianna foi um desastre – reclamou Delair Dumbrosck.




Clubes do Rio lutam por empréstimos subsidiados

Muitas foram as propostas apresentadas pelos representantes dos quatro grandes do Rio de Janeiro.A principal delas foi a criação de uma comissão fiscalizadora independente, baseada no modelo francês, a qual seria responsável por viabilizar empréstimos subsidiados, mediante a compromissos de gestão assumidos pelos clubes.

– Assim como foi feitocomasempresas lá de fora, durante a crise mundial, os clubes, praticamente falidos, precisam de linhas de créditos subsidiadas, com carência de dois anos.Aideia é submeter o orçamento a esta comissão, que seria responsável por fazer cumprir os compromissos assumidos pelos clubes – explicou Nelson Rocha, do Vasco.

Segundo Antônio Carlos Mantuano, do Botafogo, e Marcelo Penha, do Fluminense, com a obtenção desses empréstimos, os clubes teriam condições de alargar prazos e, assim, criar condições de sobreviverem em meio às dívidas.

– É preciso mudar a gestão. Atualmente, os dirigentes são voluntários, mas os clubes precisam ter administrações profissionais que cumpram os compromissos assumidos, assim como é nas empresas privadas – defendeu Mantuano, do Botafogo.




'Resultado é fruto da administração'

Nelson Rocha VICE DE FINANÇAS DO VASCO

Temos vários pontos a destacar sobre a crise, mas um que precisa ser ressaltado é que os clubes brasileiros têm plenas condições de formar grandes jogadores. O que temos, na verdade, são dívidas herdadas de administrações incompetentes. Enquanto não forem saldadas, os clubes não conseguirão enxergar nada adiante.

É preciso criar linhas de créditos com juros subsidiados e mudar a Lei Pelé. Além disso, temos de discutir também recursos judiciais dos clubes, quemuda as tratativas com as empresas credoras. Isso teria um efeito rápido e extraordinário. Mas não. Ao contrário, é sempre conveniente que esses fatos sejam mantidos.

Somos vítimas de falsas administrações profissionais, que fizeram somente aumentar as dívidas dessas entidades centenárias.

Precisamos também mudar o estatuto dos clubes que são ultrapassados. O futebol deixou de ser somente paixão e passou a ser um negócio. Precisamos de agilidade no clube que passou a ser global.

Não podemos mais esperar a reunião de conselhos para tomarmos decisões. Precisamos de órgãos fiscalizadores competentes, para evitar erros e desmandos.


'Temos de nos livrar dos empresários'

Antônio Carlos Mantuano VICE GERAL DO BOTAFOGO

Para o futebol carioca sair dessa é primordial a construção de CTs para sermos capazes de produzir jogadores e nos livrarmos da dependência de empresários e grupos de investidores. Assumimos o Botafogo porque gostamos de desafios. Aos poucos estamos mudando o nosso modelo de gestão.

Além do esforço dos clubes em ter administrações mais profissioPara o futebol carioca sair dessa é primordial a construção de CTs para sermos capazes de produzir jogadores e nos livrarmos da dependência de empresários e grupos de investidores. Assumimos o Botafogo porque gostamos de desafios. Aos poucos estamos mudando o nosso modelo de gestão.

Além do esforço dos clubes em ter administrações mais profissio-


'As administrações têm de ser mais sérias'

Delair Dumbrosck VICE GERAL DO FLAMENGO

Muita coisa precisa mudar no futebol carioca. Um dos pontos que não me conformo é que hoje, num Flamengo x Vasco com o Maracanã lotado, por exemplo, camarotes e cadeiras perpétuas renderiam uns R$ 750 mil para os clubes dividirem. Mas damos espetáculo com gratuidade para o Estado. É um absurdo, e isso precisa ser discutido.

Outra coisa é a questão da segurança, nas catracas e rampas de acesso ao estádio, que estão querendo empurrar para os clubes. Isso é de responsabilidade do Estado.

A incrementação dos eventos é outro ponto a ser explorado. Por que não colocamos atividades nos estádios, que ampliem o interesse do público, o que seria mais uma fonte de renda para os clubes? Além disso, batemos sempre na mesma tecla dos centros de treinamento, de fundamental importância para a formação e o desenvolvimento dos nossos atletas.

Sem falar que, para essa reestruturação do futebol do Rio, as administrações dos clubes precisam ser mais sérias, e a da Federação também. Infelizmente, pegamos uma herança de gestões anteriores que deixou milhões em dívidas nos cofres. Não é fácil.


'As dívidas trabalhistas dos clubes são altas'

Marcelo Penha ASSESSOR ESPECIAL DA PRESIDÊNCIA DO FLUMINENSE

O problema estrutural é histórico, que vem desde a construção do Maracanã. Os clubes do Rio deveriam ter construído os seus, mas não o fizeram, à exceção do Vasco. O São Paulo, por exemplo, na década de 60, priorizou seu patrimônio e levantou o Morumbi.

No Rio, nunca tivemos apoio de governo algum.

Quanto à questão das dívidas trabalhistas dos clubes, elas são altíssimas. No Fluminense chega a mais de R$ 90 milhões. Não é fácil trabalhar com esse passivo. Estamos pagando por erros de gestões passadas. O jogador, para vir jogar no Rio, sempre quis um salário maior do que em outros centros.

Flamengo e Vasco chegaram a ter grandes e recentes investimentos, com a ISL e o Bank of America, respectivamente. Fluminense e Botafogo ficaram como patinhos feios nessa briga. No fim das contas, deu no que deu.

Outra questão é que a Lei Pelé precisa ser modificada, para dar maiores garantias ao clube fornecedor. O jogador tem de ficar mais tempo no país. Estamos vendendo à meia confecção. Ainda existem brechas na lei.


Fonte: Lance

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