NETVASCO - Carlos Alberto fala do ambiente do Vasco e comemorações dos 111 anos - 21/08/2009 - SEX

Em entrevista à Super Rádio Brasil, Carlos Alberto, meia do Vasco, fala sobre o aniversário de 111 anos do Gigante da Colina:

"Toda comemoração, ainda mais num clube como o Vasco, que já é centenário, completar uma data dessa é sempre importante. Eu, como atleta, fico muito lisonjeado de estar participando desse dia. Acho que essas coisas é sempre bom a gente ter como motivação e ficar na história do clube de alguma maneira. Lembrar que vai ser uma data comemorativa, num palco onde a gente hoje tem o Roberto [Dinamite], que é o nosso presidente, já foi referência do Vasco, ali, outros grandes jogadores já fizeram história. A gente tem que pegar todo esse lado positivo e transferir para o campo, para a gente conseguir bons resultados. É lógico que é uma data especial. O torcedor está muito feliz. O Vasco, ser não me falha a memória, é o único campeão da Libertadores no ano do Centenário. São coisas que a gente tem que lembrar, que não podem passar despercebidas. A torcida do Vasco merece esse tipo de homenagem, esse tipo de demonstração de carinho."

Prazer de vestir a camisa do Vasco:

"Cara, acho que não dá nem para mensurar esse prazer, porque cada dia, para mim, tem sido uma forma nova, cada jogo tem sido uma emoção diferente. No último jogo, em São Januário, eu tive uma demonstração de carinho que me deixou muito feliz. No Dia dos Pais, o pessoal me desejando sorte nessa nova função na vida, parabéns. A torcida do Vasco tem me impressionado e me surpreendido muito, porque desde o início, quando eu cheguei aqui, foi 100% de apoio, de força, de cumplicidade, porque eles são nossos cúmplices nesse projeto de voltar à Série A. Estou realmente feliz e esperando já uma sensação diferente para esse jogo, porque com certeza eles vão fazer alguma surpresa muito positiva."

Carlos Alberto pensa em ser ídolo no mesmo patamar de Juninho Pernambucano, Edmundo e Dinamite?

"Ser ídolo é uma coisa que faz muito bem, você ser uma referência dentro de um clube. Mas o que te faz chegar a ser um ídolo é o que você tem que pensar, o que faz você chegar a ser uma referência. Você conquistar, você conseguir algum objetivo grande, que vai ter um significado importante na memória dos torcedores do Vasco e de que quem comanda o clube. Você, conseguindo um êxito de classificar o time para a Série A e ser campeão da série B, isso, com certeza, vai te colocar num lugar de as pessoas te lembrarem. Lógico que a gente gosta. Eu vou falar que não gosto? 'Pô, o cara é ídolo do Vasco!, ou de um outro time, lógico que cada jogador gosta disso, mas a busca disso tem que ser com as conquistas, e não você se preocupar em ser ídolo de uma forma negativa. Aí, você esquecer dos teus objetivos de grupo e, às vezes, você não consegue chegar nesse ponto final, que é o ídolo."

É possível ser ídolo em tão pouco tempo?

"Eu já estou aqui há seis, meses, oito meses. Então, ainda tem mais um ano de contrato para dar um ano e meio. Eu acho que é possível, sim, e eu nem descarto a minha permanência aqui por mais tempo, não. Estou muito bem aqui e da forma como foram combinadas as coisas, se isso for mantido por alguns anos, eu posso ficar aqui mais tempo sem problema nenhum. Às vezes o futebol tem algumas coisas que parece que eles são como são, mas não são como elas são mesmo. A gente sabe que muda de um dia para o outro, de minuto a minuto. A minha probabilidade de ficar aqui era muito pequena. Só que pega a vontade do atleta, o desejo do clube, enfim, de vários fatores que podem mudar até uma certeza de uma negociação ou situação. É nisso que eu penso. Eu bato muito nessa tecla de que é importante você estar feliz, você ter a confiança das pessoas, você participar mesmo de um projeto onde você se preocupa não só com o futebol, mas com o ambiente do dia-a-dia, coisas importantes para que você chegue a uma conquista."

Ambiente no Vasco:

"Eu sempre me senti à vontade nos lugares em que eu passei, mas o ambiente aqui é que é diferente. Você tem uma amizade com um grande número de atletas. É natural, em outros clubes, você ter aquele seu grupinho que você gosta mais de estar junto depois de um treino, gosta de ir na casa. Acho que até vocês da imprensa são assim, vocês trabalham com muita gente, mas vocês têm aqueles seus que você gosta mais de estar junto. Aqui, não, a gente está sempre junto, todo mundo. Isso é difícil no futebol, você ter todo um grupo que tem afinidade, todos um com o outro, isso não é fácil, não. Tem grupos que você gosta do cara, você respeita o cara, mas você não tem convívio, de sair junto, de marcar um programa familiar, de se divertir. Isso é difícil, e aqui no Vasco a gente tem isso. Tomara que isso sirva de exemplo sirva para outros times e que isso continue, porque é bacana você trabalhar num ambiente maneiro, assim, de todo mundo se dar super bem, se respeitar. É legal todos se respeitarem, mas se puder ter uma amizade, as coisas ficam muito melhores."

Visão que Carlos Alberto tinha do Vasco antes de chegar a São Januário:

"Era torta desse time, dos últimos anos que eu vi. Lógico que não tenho que julgar trabalho de ninguém, nem forma de ninguém, mas eu, por ser adversário na época, eu torcia contra, porque eu via algumas coisas desagradáveis. Era isso que o torcedor de outros times fazia. Até o próprio torcedor do Vasco se afastou por causa disso. Hoje, eles estão voltando para a gente. Hoje eu estou aqui dentro, participando, e hoje eu vejo como esse clube é grande e bom de se trabalha e como estava sendo mal-aproveitado."

Carlos Alberto falou ainda sobre o que a torcida pode esperar do time no sábado e torcida por ser eleito para usar a camisa 111:

"Vamos ver. Dependo deles [torcida]. Tomara que eles votem. Vou fazer até uma campanha para que eles possam votar bastante e que eu consiga vestir esse número. Vai ser legal, uma coisa que cria até uma disputa sadia, positiva dentro do grupo. Eu tenho até alguns colegas de vocês, da imprensa que estão votando. Tomara que o pessoal vote mesmo. Mas que for representar, nessa data comemorativa, vai estar bem representado."

Fonte: Supervasco