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NETVASCO - 16/08/2009 - DOM - 06:49 - Vice de esportes olímpicos nega dispensas por e-mail e rejeita 'medalhinhas' Procurado pelo JB, José Pinto Monteiro, vice-presidente de esportes olímpicos e de responsabilidade social do Vasco, rebateu as queixas dos atletas dispensados.
Por que o Vasco acabou com as equipes de judô, caratê, taekwondo e handebol?
– O Vasco não acabou com esses esportes. O que estamos fazendo é profissionalizar as modalidades. Fizemos um levantamento criterioso dos últimos 12 meses, levando em consideração o número de competições de que participavam, o número de federados, o número de escolinhas e alguns deles não mostraram nenhum tipo de organização. Eles foram chamados para apresentar um projeto de formação de atletas e não responderam a essa reorganização. Por isso optamos por suspender os esportes.
Alguns atletas reclamam que foram dispensados por e-mail. Isso é verdade?
– Não é. Nenhum deles foi dispensado do clube por e-mail ou telefonema. Estou à disposição para fazer uma acareação, se for o caso. Eu conversei com eles, dei oportunidades para eles dentro de uma semana rever isso. O que eu não aceitei, e disse isso a eles, é esta história do jeitinho brasileiro: a gente vai ver, a gente vai tentar arrumar. Eles tiveram um ano e não apresentaram nenhuma proposta.
Os atletas tinham algum custo para o clube?
– Se você considerar o custo direto de salário, era zero o custo. Agora, se considerar que você tem que acender a luz, usar água e ceder o espaço que eles usavam, isso tem um custo. Assim como ter o ginásio preparado para ser usado por duas ou três pessoas que iam lá só para competir. Isso é um custo considerável. Temos que calcular o custo nesta amplitude.
Muitos eram medalhistas do Pan e haviam conquistado mundiais com a camisa do clube. Isso não contou?
– Nós não estamos preocupados em ganhar medalhas aqui e acolá e ter uma pessoa que aparece no dia da competição e coloca a camisa do Vasco para disputar um torneio. Nós queremos ter pessoas que estejam preocupadas com o esporte e não em usar a marca Vasco da Gama só para se promover. Em sua história, o Vasco tem uma trajetória importante de responsabilidade social. Lutamos contra o racismo e contra a exclusão social. Não interessa para o Vasco ficar disputando medalhinhas e ficar segurando medalhinhas no pescoço. O que interessa é ter boas escolinhas desenvolvendo um papel social e ajudando na educação.
Quais são os seus projetos após a suspensão destes esportes?
– Já estão transitando no Ministério do Esporte alguns projetos dentro da lei do esporte para captação de recursos para os olímpicos. Temos um projeto de R$ 4,7 milhões para o remo, outro de R$ 4,2 milhões para reformar a piscina de São Januário, onde iremos fazer uma escolinha de natação para 800 crianças. Queremos fazer uma revolução na área de atletismo com as comunidades do Caju até Vigário Geral e com todo este entorno ao redor do Vasco com as comunidades de baixa renda. Faremos uma massificação do atletismo. Temos também um projeto de R$ 2,1 milhões para as lutas olímpicas, com escolinhas de caratê, judô, luta grego-romana, lutas que são competitivas e olímpicas.
Fonte: Jornal do Brasil
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