"Um pensamento forte, que já vinha surgindo há alguns anos. Esse ano bateu mais forte essa vontade de encerrar a carreira."

"Por vários motivos. Mas o principal é pelo desgaste que eu tive psicológico, por todos os problemas que eu passei."

"A paciência e a tolerância, tanto minha quanto das pessoas que convivem comigo, foram se esgotando. Às vezes, eu tenho uma lesão pequena, como outros jogadores têm, mas por ser eu, pelo meu histórico, a paciência do clube e das pessoas já é pequena. Se eu não tivesse o histórico que eu tinha, era considerado normal, porque todo mundo tem esses pequenos problemas. Mas comigo já é um pouco mais desgastante. Esse é um dos principais motivos para que eu encerre a carreira."

CARRINHO TER ROMPIDO O LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR DO JOELHO DIREITO

"Ali que me abalou realmente, porque eu vivi o céu e o inferno em três dias de diferença. Fui convocado para a Seleção Brasileira e dois dias depois eu me machuquei e não pude me apresentar. Depois daquilo ali, muitas coisas aconteceram negativas para mim, nesse ponto de lesão. Eu não guardo mágoa. Até joguei uma vez contra ele [zagueiro Jean Elias, então no Cruzeiro, em 1998]. Só estranhei de ele nem me cumprimentar, nem falar nada comigo. Acho que isso é desnecessário. Mas achei que ele foi de uma forma imprudente para o lance, mas não foi desleal, porque ele era realmente muito mais forte do que eu."

"Às vezes, eu só fico imaginando como seria se eu não tivesse ido naquela bola. Eu tento fazer a minha carreira sem aquela lesão."

DESCONFIANÇA

"Eu tenho que passar uma temporada sem ter nada. Ninguém admite mais que eu tenha qualquer tipo de problema. Isso, às vezes, me atrapalha, porque às vezes eu estou com uma dor, que eu posso dar uma segurada em um jogo, mas eu não falo. Começo a treinar em cima dessa dor, agrava e acaba se tornando uma lesão maior. É uma guerra, é um conflito que eu tenho diariamente: 'Paro de treinar por causa dessa dorzinha, melhoro e fico fora só de um jogo, ou vou para o pau?'. Aí, tu vira uma bola de neve e acaba se confundindo."

VASCO

"Espero ter outras oportunidades de ir a São Januário, de falar com os torcedores, de estar lá, de assistir os jogos, de levar o meu filho. E poder ter entrada fácil lá, porque é um clube que todos sabem que eu tenho um grande carinho. Eu tive carinho pelo Vasco. Eles me receberam da mesma maneira, sempre me apoiaram, sempre tiveram cantos para mim ali maravilhosos. Desculpa por ter caído. Fica uma coisa muito ruim. Mas que, vascaíno, o sentimento não para, até o fim. O Vasco vai sair dessa e, se Deus quiser, a gente vai estar lá junto torcendo."