|
NETVASCO - 30/07/2009 - QUI - 09:29 - Alex Teixeira se inspira em Felipe para superar desconfiança da torcida Alex Teixeira subiu para os profissionais no ano passado cercado de uma enorme expectativa. Era o garoto de R$ 100 milhões, valor da multa rescisória estipulada no contrato, o principal nome de uma geração revelada pelo clube. Mas as atuações burocráticas misturadas com um natural deslumbramento de quem deixava de sair de ônibus todos os dias de Duque de Caxias para ir treinar e comprava um carro da moda e se mudava com a família para o Recreio, bairro considerado da classe média-alta do Rio de Janeiro, fizeram que o jogador passar a ser criticado pelos torcedores. As vaias se tornaram frequentes.
Como na última terça-feira, em que no fim do primeiro tempo, o meia era o único vascaíno a escutar os protestos dos torcedores. Mas o lindo gol em cima do Fortaleza calou os críticos. E deu um sopro de tranquilidade. Para muitas pessoas da diretoria do Vasco, a torcida não tem a paciência necessária com Alex Teixeira, que vem subindo de produção nas últimas partidas. A opinião é que o jogador sofre devido à expectativa criada em cima dele deste o início da carreira. Para ele, não seria suficiente ser mais um. Os torcedores sempre esperaram que o meia se destacasse, mostrando ser um jogador acima da média.
A convivência com as críticas de que não estourou faz Alex Teixeira lembrar de um outro ídolo vascaíno, que também enfrentou a ira dos torcedores no início da carreira. Em 1996, no primeiro ano como profissional, o então lateral-esquerdo Felipe era vaiado na maioria dos jogos do Vasco em São Januário. Mas no ano seguinte, o jogador passaria a ser um dos destaques do time campeão brasileiro.
- O Felipe também foi vaiado no início e depois deslanchou. Espero que aconteça isso comigo também. Eu sou um jogador de qualidade. Acho que essas vaias não me fazem mal, só fazem bem para eu crescer na minha carreira. Se for ligar para a torcida que vaia, o jogador não joga. Tem que deixar as vaias para lá e continuar com personalidade, indo para cima. Se errar, tentar de novo, com personalidade. Tenho um carinho enorme pela torcida do Vasco. É normal. A torcida quer o resultado sempre. Tenho que deixar de lado - disse.
Alex Teixeira admite que sentiu a pressão de ser considerado uma estrela que poderia salvar o Vasco do abismo. O time acabou rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro. Uma briga política pelo poder na Colina também fez o jogador ser deixado um pouco de lado, não ter a atenção necessária para ser lapidado no primeiro ano como profissional.
Agora, com os holofotes virados para outros jogadores, ele começa a crescer, tentar se firmar. Com apenas 19 anos, Alex Teixeira queimou etapas na carreira. Deixou o juvenil direto para os profissionais. Desde a estreia em um amistoso contra o Hamburgo, da Alemanha, o meia já atuou em 81 jogos e fez dez gols com a camisa do Vasco.
- A expectativa em cima de mim foi muito grande quando eu subi. Mas agora estou com menos responsabilidade e rendendo o esperado. Mas sei que sempre tenho que melhorar. Contra o Fortaleza, consegui jogar bem, ajudei na marcação, cheguei bem na frente e fiz um gol (além de sofrer o pênalti do gol da vitória). Sem medo de errar, jogando com vontade, raça. A minha característica é ir para cima (veja o golaço do jovem no vídeo acima).
Outro motivo que Alex Teixeira considera importante para o seu crescimento de produção foi o fato de passar a jogar como quarto homem do meio-campo. Antes, ele era muito escalado no ataque. E tinha dificuldades para fazer gols.
- É a posição que eu gosto de jogar (no meio-campo). Sempre atuei ali nas divisões de base, no juvenil. É onde eu me sinto bem.
Neste sábado, às 16h10m, o Vasco enfrenta o Juventude, em Caxias do Sul, pela 15ª rodada da Série B. O time carioca está em quinto lugar na classificação com 26 pontos, atrás de Atlético-GO, Guarani, Figueirense e Portuguesa.
Fonte: GloboEsporte.com
índice | envie por e-mail Anterior: 01:16 - Remo Base: Vasco fica em 4º lugar no Torneio de Remo do Futuro Próxima: 09:35 - Dr. Clóvis Munhoz fala sobre recuperação de Paulo Sérgio e Fagner |
|