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NETVASCO - 29/07/2009 - QUA - 08:22 - Conheça a carreira de Jorge Luiz, ex-jogador e auxiliar técnico do Vasco

Um zagueiro do Rio. É assim que muitos torcedores se lembram de Jorge Luiz. Com grandes clubes do futebol nacional no currículo, o defensor niteroiense fez ficou marcado na memória de torcedores de Botafogo, Flamengo e Vasco, principalmente pelas conquistas estaduais. Nas campanhas, além de ajudar na marcação, não era raro ver o defensor comemorar um gol, quase sempre em cobranças de falta.

Jorge Luiz começou seu caminho no futebol ao 17 anos. Após ter sido rejeitado nas peneiras de Olaria, Bom Sucesso, Botafogo, Vasco e Flamengo, o zagueiro foi aceito no Fluminense, único dos quatro grandes times cariocas que não defendeu quando profissional.

A passagem pelo tricolor durou apenas um ano. Mal sabia o jogador que, 13 anos mais tarde, o clube que abriu as portas para sua entrada no mundo esportivo seria um dos responsáveis por uma das maiores frustrações da sua carreira.

Redenção para a conquista do único tricampeonato carioca do Vasco
O Vasco foi o clube que Jorge Luiz defendeu por mais tempo. Nos quatro anos em que esteve na Colina, o jogador ganhou o respeito da torcida e participou da conquista do único tricampeonato carioca da história cruzmaltina. Eficiente na marcação, o zagueiro também se destacava pelas boas cobranças de falta.


Em pé, quarto da esquerda para a direita, Jorge Luiz posa com o Vasco campeão carioca de 1992, que também tinha no elenco nomes como Carlos Germano, Bismark, Roberto Dinamite e Edmundo


- Passei por grandes clubes, com grandes cobradores, como Cláudio Adão, no Corinthians, Roberto Dinamite e Bebeto no Vasco... Eu ficava meio acanhado de ficar perto de jogadores consagrados, mas eles me davam toques, iam cobrando nos treinos. Quando eles saíram, vi a oportunidade e passei a treinar 70, 80, 100 faltas por dia. A bola parada pode decidir um jogo. Fiz muitos gols assim, e ganhava uma confiança maior.

Na campanha do tri estadual, em 94, o zagueiro viveu em menos de 15 dias o que definiu como o melhor e o pior momento de sua passagem pelo time, na época comandado por Jair Pereira.

- Eu estava no banco, e o Vasco vencia por 1 a 0. Eu entrei e acabamos perdendo o jogo por 2 a1 para o Flamengo. Na semana seguinte, aconteceu o mesmo confronto, mas nem no banco eu fiquei. Me senti muito culpado pela derrota. Na seqüência da competição, íamos pegar o Botafogo e precisávamos da vitória para ir á final. O Ricardo Rocha tinha sido suspenso pelo terceiro cartão amarelo e acabei sendo titular. Fiz dois gols, um de falta e um de cabeça, o Vasco venceu por 3 a 1, fomos para a decisão e ganhamos o tri – lembrou.

Após o estadual, Jorge Luiz se transferiu para o Guarani, onde foi um dos destaques do Brasileirão daquele ano. O Bugre caiu na fase semifinal, mas foi o bastante para o atleta entrar na seleção do campeonato como o melhor de sua posição.

Flamengo, 1995: a decepção do gol de barriga

Em 95, o defensor acertou com o Flamengo. Apesar da enorme rivalidade entre o Rubro-Negro e o Vasco, o defensor garante que não sofreu com a torcida.

- Não deu para sentir a relação direta porque tinha ido para outro time antes de voltar ao Rio. Tinha uma relação de muito respeito com a torcida vascaína. O reencontro foi tranqüilo, com respeito pelo lado profissional – afirmou.

O título carioca que Jorge Luiz conquistou pelo Flamengo foi em 96, após um breve empréstimo ao Atlético-MG. Mas tanto a melhor quanto a pior lembrança do

atleta no clube foram do primeiro ano em que esteve na Gávea.

- A minha estreia traz boas recordações. Fiz um gol de falta no primeiro jogo do Carioca de 95 contra o Volta Redonda. Ali já comecei a cair nas graças da torcida. A maior decepção que tive foi a final da mesma competição, com o gol de barriga – contou, referindo-se ao gol marcado por Renato Gaúcho, que deu ao Fluminense a vitória por 3 a 2 e o título estadual

O jogador também teve duas passagens pelo Botafogo. Na primeira delas, em 1998, o Glorioso foi campeão do torneio Rio-São Paulo. No primeiro jogo da final, no Morumbi, Jorge Luiz marcou, de falta, o terceiro gol na vitória sobre o São Paulo por 3 a 2. No jogo de volta, um empate em 2 a 2 assegurou o título



Na segunda delas, em 2000, a imagem de um Maracanã lotado e triste não sai da cabeça do zagueiro. Em jogo válido pela semifinal da Copa do Brasil, o Alvinegro precisava vencer o Cruzeiro, já que havia perdido por 3 a 2 no Mineirão. O placar, porém, não saiu do 0 a 0.

- Sempre teve a história de que só o Flamengo lotava o Maracanã, mas naquele dia o Botafogo que lotou. Umas 100 mil pessoas estavam no estádio, muitos torcedores ilustres. Foi uma pena não termos seguido em frente na Copa do Brasil – lamentou.

De atleta a auxiliar técnico

Como não poderia deixar de ser, o beque pendurou as chuteiras em um clube carioca, desta vez, o América, aos 38 anos. Na fase final da carreira, o jogador já estava se preparando para o próximo desafio de sua vida: seguir no futebol, mas fora das quatro linhas.

- Várias pessoas com que trabalhei falavam que tinha personalidade para continuar no meio. Procurei caminhos fora do futebol e não deu certo. Vi que era aqui. Continuei a minha busca, procurei me aprimorar e aprender mais, amadurecendo a ideia. Fiz curso de treinador, estágio no Botafogo e no Vasco, tanto nas categorias de base quanto no profissional, onde fui integrado a comissão técnica.

Jorge Luiz confessa que sente falta de atuar, mas sabe que, aos 43 anos, pode contribuir de forma mais eficiente de outras maneiras.

- No momento em que parei, fiquei muito triste. Chega um momento em que você sente que as pernas não obedecem, que o corpo está cansado. Agora aceito com mais tranquilidade, mas às vezes passam filmes na cabeça. Hoje é gratificante mas, em alguns momentos, dá saudade de poder contribuir em campo.

Clubes que defendeu profissionalmente: Central de Barra do Piraí, Juiz de Fora, Corinthians, Portuguesa, Vasco, Guarani, Flamengo, Atlético-MG, Atlético-PR, Botafogo, Bahia, Palmeiras, Grêmio, Avaí e América.

Principais conquistas: Campeonato Carioca de 92-92 (Vasco), 96 (Flamengo) e 97 (Botafogo); Torneio Rio-São Paulo de 98 (Botafogo); Copa Mercosul em 98 (Palmeiras); Torneio Sul-Minas (Grêmio).

Fonte: GloboEsporte.com

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