Após cinco jogos como titular do Vasco, o atacante Robinho acabou barrado pelo técnico Dorival Júnior. Por outro lado, o jogador foi suspenso por uma partida, que já cumpriu, pela Segunda Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), nesta terça-feira, dia 28 de julho. O jogador teve a sua infração desclassificada de agressão física para ato de hostilidade.
Além do atacante, o departamento jurídico do Gigante da Colina teve outro problema a resolver no mesmo processo: arremesso de uma pedra em direção ao árbitro assistente Everson Luquesi. Denunciado por isto no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), o Vasco acabou absolvido.
Na partida contra o Fortaleza, nesta terça-feira, Robinho, que caiu de rendimento na visão do treinador vascaíno, será substituído por Adriano, recém chegado ao clube. A queda de produção de Robinho foi acentuada com a expulsão diante do Vila Nova/GO logo aos seis minutos do primeiro tempo, o que resultou em um “puxão de orelha” de Dorival Júnior e em denúncia do Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
Não fosse apenas a expulsão, Robinho viu a situação piorar após o relato do árbitro Sálvio Spindola. De acordo com a súmula do jogo, o vascaíno deu um soco nas costas do adversário após marcação de falta. Por conta disto, a Procuradoria denunciou Robinho por agressão física – artigo 253 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
No início da sessão, o relator mostrou evidências anexadas aos autos que diziam que o torcedor-infrator que arremessou o pedaço de concreto no gramado foi identificado e levado à delegacia para prestar esclarecimentos, mas que foi liberado em seguida por conta de uma greve da Polícia de Goiás à época. Ele ainda exibiu para os demais auditores um jornal local que trazia matéria justamente sobre a greve referida. Em seguida, foi apresentada uma prova de vídeo pela defesa do Vasco, mostrando a infração do torcedor e de seu jogador, Robinho.
Quando teve a palavra, o advogado do Vasco, Osvaldo Sestário, afirmou que a prova de vídeo elidia a súmula, pois mostrou que não houve o que estava relatado na súmula, que era um murro do atleta do Vasco. Ele disse também que não aconteceu nada no lance: “Os jogadores caem após a disputa da bola e o jogador do Vasco faz um movimento que passa longe das costas do atleta do Vila Nova. O árbitro foi ludibriado e acabou punindo o Robinho."
Em relação à denúncia do Vasco no artigo 213, o advogado disse que não era obrigação do clube, que era visitante, prevenir e reprimir desordens no estádio: "O que o visitante pode fazer numa situação dessa? Por sorte o Vila Nova também foi denunciado e está provado que tomou as medidas cabíveis".
A derrota para o Bahia, a segunda na Série B, freou a ascensão vascaína na tabela de classificação e tirou o time da zona de classificação para Série A do Brasileiro. O Vasco inicia a 14ª rodada na quinta posição, atrás de Guarani, Atlético/GO, Portuguesa e Figueirense.
Fonte: Site Justiça Desportiva