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NETVASCO - 26/07/2009 - DOM - 16:48 - Estadão: Romário voltará aos gramados para pelo menos 1 jogo oficial

Aos 43 anos, Romário voltou a correr, a fazer exercícios de musculação e a desafiar o tempo. Atolado em dívidas, acusado de envolvimento em jogos de azar e réu em várias ações indenizatórias, o craque já decidiu: não se despediu oficialmente do futebol e vai vestir o uniforme do América ainda neste ano. Quer disputar pelo menos uma partida oficial pelo clube, atualmente na Segunda Divisão do Rio. "Com Romário, tudo é possível. Quem viver, verá", declarou o presidente do América, o médico Ulisses Salgado.

Romário é o gestor do futebol do clube - a equipe enfrenta hoje o Cardoso Moreira, no Maracanã, na preliminar de Fluminense x Cruzeiro. Sua nova função começou a ser desenhada no início do ano, com a eleição de Ulisses para a presidência do América. Aos poucos, Romário foi sondado e aceitou o compromisso de ajudar na recuperação do Alvirrubro.

Trabalha sem remuneração e sempre se emociona quando lembra do pai, seu Edevair Faria, de quem ouviu muitas vezes o pedido de jogar com a camisa do América. Até fez isso, num evento festivo em 1993, numa partida de despedida do atacante Luisinho Lemos - fez quatro gols, computados na contagem para alcançar a marca histórica de Pelé.

Desde a morte do pai, no ano passado, Romário passou a reconsiderar timidamente a realização do sonho de Edevair. Na última quinta-feira, surpreendeu a todos no Estádio Giulite Coutinho: com o colete dos reservas , fez um gol no coletivo e impressionou os mais jovens do time do América. "Com que facilidade ele se posiciona em campo e toca rápido a bola e abre espaços. Fiquei muito feliz com a oportunidade", comentou o atacante Symon, que fez dupla com Romário na atividade.

Romário trouxe para o América um patrocinador forte e outros parceiros. Deu estrutura para o clube disputar a Segundona na condição de favorito. A parceria é mais extensa e reserva novos rumos. A diretoria do América deixou a camisa 11 fora da relação dos times amadores e do profissional. Ela está à disposição de Romário.

MARKETING

Há uma estratégia de marketing, no clube, para associar cada vez mais o nome de Romário com a marca América. Um dos principais passos está no ar, em TVs fechadas - uma peça publicitária de 30 segundos em que torcedores de outros clubes do Rio cantam o hino do América enquanto a voz de Romário anuncia o patrocinador do clube para a temporada.

O campeão mundial está há 20 meses sem jogar - despediu-se em novembro de 2007, num clássico entre Vasco e Internacional, pelo Campeonato Brasileiro. Na semana retrasada, fez exames para checar suas condições físicas. Está acima do peso, mas não lhe falta disposição. Seis dias atrás, durante a festa de lançamento de sua biografia, no Rio, ele não negou a hipótese de voltar, nem que fosse, evidentemente, por um período breve.

A ideia ganhou força a partir do apelo dos amigos mais próximos. Inicialmente, Romário reagiu com desdém. "Vocês estão loucos." Semanas depois, após nova investida, ele amoleceu o discurso. "Acho que o técnico (Clóvis de Oliveira, indicação sua) não vai aceitar." Na última vez em que tocou no assunto, num bate-papo no América, a resposta pareceu menos resistente. "Ah, sei lá." No dia seguinte, vestiu o uniforme e treinou com os reservas. Seu desempenho foi bastante elogiado pelo treinador.

VIDA DE PROBLEMAS

A volta de Romário aos campos também serviria para desviar o foco das últimas notícias sobre a vida extracampo do craque de Flamengo, Vasco, Fluminense, Barcelona, PSV Eindhoven e seleção brasileira. No dia 14, ficou preso por cerca de 22 horas por causa de atraso no pagamento da pensão alimentícia dos filhos Moniquinha e Romarinho, do casamento com Mônica Santoro. Logo depois, veio à tona seu suposto envolvimento com um jogo de azar conhecido como Pirâmide, no qual teria tido um prejuízo de aproximadamente R$ 10 milhões.

Romário tem convivido com outros problemas, em geral, dívidas contraídas ao longo dos anos. Passa por dias difíceis e admitiu que sua relação anda estremecida com Romarinho e Moniquinha. "O amor pelos dois é o mesmo. E o tempo vai ajeitar tudo." No momento, ele mesmo afirma, o América tem sido a principal válvula de escape. E a expectativa de fazer alguns gols a mais, além dos 1002 de sua vitoriosa carreira, poderia saldar talvez a maior das suas dívidas - aquela prometida a Edevair Faria.

Fonte: Estadão

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