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NETVASCO - 08/07/2009 - QUA - 15:41 - Dorival Júnior analisa a arbitragem no Brasil Declarações do treinador Dorival Júnior ao programa "Só Dá Vasco" da última 3ª-feira (07/07):
MANTER O CONTROLE APÓS ERROS DE ARBITRAGEM
"Não é fácil, porque ao mesmo tempo que você está ali vivendo a emoção da torcida, tem que se estar se controlando, porque você é o espelho da equipe. Queira ou não, em determinadas circunstâncias é impossível. Você vai acumulando de um jogo para o outro, de dois jogos para o terceiro, de três para quatro. Aí, você realmente chega a um limite. Acabou acontecendo isso comigo naquela partida com o São Caetano. Se eu pudesse, teria falado muito mais coisa. Aliás, apenas um registro. Na súmula de ontem, do Vágner Benazzi, que havia sido expulso, palavras ofensivas, diretas - http://justicadesportiva.uol.com.br/11215 . Nem por isso foi tomada uma posição. A única palavra que foi colocada na súmula, que, por sinal, eu não disse diretamente ao árbitro [André Luís Martins Dias Lopes (MG)]... Ao contrário, o que eu falei para ele é que ele estava se omitindo da partida e sendo omisso ao extremo. A partir daí, ele levou para um outro lado. Ele colocou que eu havia chamado ele de covarde, o que fez com que alguns dos juízes ali, alguns dos auditores me excluíssem por 30 dias. Ontem, com o Vágner Benazzi, aliás, coincidentemente, uma situação não pelo Benazzi, que é o meu amigo. Ao contrário, pelas palavras que foram anotadas na súmula, proferidas. Com certeza, se fosse o treinador do Vasco naquela terça-feira daquele julgamento, eu deveria ter tomado até 120 dias, se fossem as palavras proferidas pelo Vágner Benazzi e ontem relatadas. É para vocês verem o quanto isso também, pesos e medidas bem diferentes, o que os árbitros têm usado. Infelizmente, árbitros que eu sempre coloco como árbitros profissionais, que são aqueles que sabem como conduzir uma arbitragem, que acomodam um resultado quando precisa. Foi a atitude daquela partida, que eu não preciso me reportar qual [semifinal da Copa do Brasil, contra o Corinthians], e que fez com que nos tivéssemos tirado uma possibilidade de uma decisão. É para vocês verem que a arbitragem, no Brasil, infelizmente compromete, e muito, a maioria dos resultados. Queira ou não, das três, quatro expulsões que nós tivemos [quatro na Série B], apenas a do Elton foi correta. As demais, sinceramente..."
ÁRBITROS NÃO SEREM JULGADOS
"Em momento nenhum. Ele sai de um erro grotesco na quarta e apita uma decisão no domingo. Penaliza quem? Penaliza o clube, as comissões. Eu estou vendo toda hora treinador sendo julgado, porque é impossível você ir guardando, guardando e guardando, sem que possa exteriorizar alguma coisa. E o que é pior? Na primeira reação que você tenha com arbitragem, qualquer coisa que você fale, está sendo punido. Para que eles possam registrar uma punição, têm que obrigatoriamente colocar alguma coisa que seja realmente ofensiva. Na grande maioria das vezes, não é aquilo que você disse, como aconteceu nessa última, com relação à minha pessoa. Eu comprovadamente, e só não levamos a fita do momento em que eu estava saindo, em que a SporTV veio falar, que foi na emoção da partida. Eu apenas reproduzi aquilo que havia falado para o árbitro alguns metros atrás. Não levamos aquela fita. Talvez por isso eu não tenha tido sucesso naquela defesa."
ÁRBITROS PASSAREM A ANDAR COM UM GRAVADOR
"Seria o ideal. Eu entendo muito dos erros dos árbitros. Entendo mesmo. Você nunca vai me ver reclamando aqui de um impedimento, de uma jogada super duvidosa. Aquilo é uma jogada de reflexo. Jamais você vai me ver reclamando. Eu joguei bola. Eu sei quando um árbitro está conduzindo uma partida. Eu sei quando ele está... Eu não vou nem dizer manipulando, mas seria a palavra correta. Mas acomodando um jogo. A gente sente isso. A gente sabe qual é o momento. Quando o cara ameaça tirar um cartão para um atleta e não dá porque já viu que ele tem um cartão, no momento em que ele se vira. Isso, para a gente, é muito ruim. Isso te leva ao extremo. Às vezes, você perde realmente o controle. Aí, eu dou a minha mão à palmatória. Eu sou um ser humano. Eu sinto o que está se passando com o meu clube, com a minha equipe. Jamais vou deixar de exteriorizar aquilo que eu esteja sentindo, mesmo que amanhã eu seja novamente punido. Se acontecer novamente, com certeza, eu vou ter a mesma reação."
FALTA QUE TIROU RAMON NO PRIMEIRO MINUTO DE JOGO CONTRA O BRAGANTINO
"De cartão. Já era para ele [Carlos Eugênio Simon (FIFA/RS] iniciar a coibir a violência ali. Perdemos um jogador com aquilo ali. Você fica sem a possibilidade de uma troca futura, porque já queima uma substituição na entrada do jogo. Ali mesmo acontece aquele lance."
ARBITRAGEM DE LEANDRO PEDRO VUADEN (FIFA/RS) CONTRA O FIGUEIRENSE
"Você quer ver um outro detalhe que poderia ter nos dado um outro resultado? O Roger, o número 5 do Figueirense, deu pelo menos uns sete pontapés. O Régis, esse quarto-zagueiro, deu uma pegada, já tendo um cartão amarelo, no meio-campo. Se não me falha a memória, não sei se foi no Carlos [Alberto] ou no Robinho, uma pegada maldosa. Nem assim, o seu Vuaden deu o segundo cartão amarelo para ele. Por quê? Porque está na casa do Figueirense. O Figueirense estava perdendo o jogo. Acomodam uma situação. Árbitros que acomodam, infelizmente. Eu gostava do Paulo César de Oliveira, até o momento em que ele teve uma reunião na Federação Paulista. A partir daí, ele deixou de ser o verdadeiro Paulo, infelizmente. Era um árbitro que não tinha medo e receio de nada. Apitava o que via e o que tinha que ser. Expulsou, em uma ocasião, quatro jogadores do Palmeiras, dentro do Parque Antártica. E ponto, porque mereceram as expulsões. Era assim o Paulo. Esse era um grande árbitro."
Fonte: NETVASCO
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