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NETVASCO - 24/06/2009 - QUA - 01:10 - Assassino confesso de Arthur Sendas condenado a 18 anos de prisão

O motorista Roberto Costa Júnior, assassino confesso do empresário Arthur Sendas , foi condenado a 18 anos e quatro meses de prisão por homicídio duplamente qualificado (por motivo fútil e sem dar chance de defesa à vítima), na noite desta terça-feira, no 1º Tribunal do Júri. Sendas foi morto em outubro do ano passado, em seu apartamento, no Leblon. Costa Júnior também foi condenado a dois anos pelo crime de porte ilegal de arma.

Nilo Batista, que atuou como assistente de acusação, se disse satisfeito com o resultado, mas afirmou que vai estudar um possível recurso da sentença, pedindo uma pena maior para o motorista. O advogado Maurício Neville, que dispensou todas as testemunhas na defesa de Costa Júnior, manteve durante o julgamento a tese de que o tiro que matou Sendas foi acidental. Ele afirmou que vai recorrer da decisão.

O pai do réu, o também motorista Roberto Costa, deixou o tribunal logo após a proclamação da sentença sem falar com a imprensa. Ele também testemunhou e disse que ficou sabendo pelo chefe da segurança do empresário que seu filho havia atirado em Sendas. Ele confirmou que Junior possuía uma arma e que estava com ela no dia do crime. Na época, Junior, que era motorista do neto de Sendas, João Arthur, estava sem trabalhar porque João estava viajando e havia um rumor de que Arthur Sendas ia parar de remunerá-lo e provavelmente despedi-lo.

A empregada da família, Claudia Martins, foi a principal testemunha do caso. Ela abriu a porta do apartamento de Sendas para Junior e esteve com o empresário segundos antes do crime. Ela disse que não houve discussão entre a vítima e o réu, contrariando a tese da defesa, de que o tiro fatal se deu acidentalmente.

- Quando o 'seu' Arthur chegou na cozinha, fui andando atrás dele para ir para o meu quarto. Virei então para a direita e ele abriu a porta que dava para a área. Eu tinha dado apenas uns quatro passos quando ouvi o tiro, ou seja, "seu" Arthur foi baleado assim que colocou os pés na porta e não houve nenhum diálogo entre ele e o assassino - contou a empregada.

O depoimento de Claudia confirmou o que havia dito a viúva Maria Ablen Sendas, primeira testemunha a se pronunciar.

Maria contou que, no dia do assassinato, ela e marido chegaram em casa, no Leblon, por volta das 21 horas. Mais ou menos à meia noite, ela desligou a TV e Sendas deitou-se para ler. Foi quando a empregada da casa interfonou da cozinha para o quarto do patrão, dizendo que Junior estava na porta, querendo falar com ele.

Sendas disse que falaria pelo interfone, mas Roberto insistia, dizendo que precisava falar pessoalmente, pois seu pai havia sofrido um acidente.

- Meu marido então foi atendê-lo na área de serviço e pouco tempo depois eu ouvi um estampido, mas não sabia que se tratava de um tiro. Como ele demorava para voltar para o quarto, fui procurá-lo e vi que a cozinha estava vazia. Foi quando a Cláudia apareceu, chorando, dizendo que Arthur estava baleado e que precisávamos chamar uma ambulância - contou.

O último a depor foi João Arthur Sendas, que disse que o réu trabalhava com ele há cerca de oito anos e que o viu armado algumas vezes. Ele falou ainda que estava viajando no dia do crime que não sabia de ninguém que tivesse algo contra o seu avô.

O empresário Arthur Sendas, dono da rede de supermercados Sendas, de 73 anos, morreu na madrugada do dia 20 de outubro de 2008. Ele foi baleado na cabeça no apartamento onde morava, na Avenida Delfim Moreira, no Leblon. Na ocasião, o governador Sérgio Cabral chegou a decretar luto oficial de três dias. No mesmo dia do crime, a polícia pediu prisão temporária do motorista Roberto Costa Junior, 28 anos, que trabalhava para o neto de Sendas, mas fora dispensado. Ele tinha em seu nome uma pistola 380, mesmo calibre da arma usada para matar o empresário. Roberto acabou se entregando à polícia e confessando o assassinato, por isso respondeu ao processo em liberdade.

Fonte: Globo Online

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