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NETVASCO - 22/06/2009 - SEG - 01:24 - Ex-assessor Ricardo Vasconcelos fala sobre antigo programa de sócios

O ex-assessor da presidência do Vasco (durante a administração Eurico Miranda) Ricardo Vasconcelos, em participação no programa "Casaca no Rádio" da última 2ª-feira (15/06), falou sobre antigo programa de sócios do clube, o "Sou Mais Vascão", que foi substituído pelo atual, o "O Vasco é Meu":

PROJETO SÓCIO-TORCEDOR

"Eu quero que vocês saibam que o programa de sócio-torcedor é um programa que foi copiado pelo São Paulo. O São Paulo esteve aqui, olhou como é que funcionava, porque até então, todos os programas que eram lançados antes desse do Vasco esbarravam em uma coisa que era o que um projeto oferecia. O nosso programa, projeto tinha uma coisa consistente, porque ele tornava o sócio-torcedor em sócio efetivo do clube após ele cumprir aquela trajetória como sócio-torcedor. Ele pagava à vista ou pagava parcelado. Mas, no final, ele teria o título dele de sócio do clube. Fora da vantagem de receber uma camisa autografada, tudo isso. O início foi muito árduo. O time não fazia uma boa campanha. Tudo que a gente lançava antes era condenado: 'Isso é mais isso e mais aquilo'. Nós lançamos um negócio que o Vasco ia jogar o campeonato nacional em Salvador. Eu pegava um sócio-torcedor de Salvador, sorteava, ligava para ele e dizia 'Está falando aqui é fulano de tal, do Vasco da Gama, do Rio de Janeiro. O senhor está convidado a ir na concentração, no hotel tal, tantas horas, almoçar com os jogadores'. Obviamente, a gente botava em uma mesa da diretoria. E depois ia assistir o jogo. Teve um que enfartou. Teve outro que me xingou, até dizer chega: 'Vai passar trote para a casa do cacete e tal, não sei o quê. Desde quando alguém vai fazer isso?'. Depois de eu conversar com a esposa dele, foi falando para o cara que era verdade. O cara ficou em êxtase. E nós fomos trabalhando, trabalhando e trabalhando, mostrando a seriedade do projeto, mostrando que o projeto tinha conteúdo. Isso começou a atrair. Tínhamos bons parceiros. Tinha a Caixa Econômica e tínhamos a Microtag, que depois passou a fazer do Atlético Paranaense, do Grêmio e do Internacional. O projeto sócio-torcedor, nós tivemos um trabalho muito grande de recuperação do próprio projeto, porque ele foi nos apresentado por uma empresa. A empresa, depois de tudo fechado, quebrou. Houve um desentendimento entre os sócios. Nós ficamos 20 dias sem retorno dessa empresa. Depois de muito insistir em cima dela, 'Cadê os arquivos de retorno, cadê isso e cadê aquilo', os sócios finalmente abriram. 'Nós abrimos, entre nós. Vamos acabar com a empresa'. Levamos o problema para a Caixa. A Caixa nos falou 'Lamento, mas esse código FEBRABAN é um código que é da RedeShop'. Se você fizer um programa de cobrança dos ouvintes, com alguma coisa para eles colaborarem, um código que o ouvinte receba em casa um papel com aquele código para pagar na loteria e no banco, aquele código é do Casaca, não pode ser aproveitado por ninguém, não pode ser aproveitado por nada. A Caixa falou 'Eu vou ter que encerrar o projeto'. Isso seria um escândalo. A própria Caixa falou. Eles saíram devendo à praça inteira, devendo fornecedor, até aquelas propostas que foram rodadas e impressas. 'Então vocês fazem o seguinte. Chamam essas caras para conversar. Vocês acertam com esse pessoal todo e assumem essa empresa. A empresa fica sendo do Vasco mesmo. Tudo que é recebido é repassado para o Vasco. Vocês então prosseguem, senão vão ter que parar com o projeto'. Nós já tínhamos 1.600 sócios pagantes, tudo direitinho. Tivemos que recuperar. Eu passei dois dias e duas noites direto recuperando. Quem trabalha com processamento de dados sabe o que é recuperar uma folha de retorno. Conseguimos então cumprir com tudo aquilo que foi prometido, e que a empresa, até então, não fazia - dar a camisa, isso e aquilo, tudo direitinho. Fomos botando o projeto no eixo. No final, o projeto chegou a ter, já tinha 12 mil associados e, pagantes, 4 mil. O Vasco recebeu, ao longo de todo esse projeto - eu estou sem os números na cabeça, mas falei até na reunião do Conselho -, só a parte que a RedeShopping repassou para o Vasco, chegou perto de R$ 400 e poucos mil. Fora o que o Vasco já recebia direto. Toda a arrecadação da RedeShopping era repassada para o Vasco. Nunca teve nenhum, nunca saiu... Tem um documento da Caixa. Tenho todos os documentos pertinentes a isso, que nunca foi feito nenhum saque, nada diferente que não tenha entrado na conta do Vasco. O projeto foi um sucesso. O Bortolino, do São Paulo, veio aqui e viu como é que funcionava. Lá só ofereceu o cara a comprar o ingresso mais barato, ter prioridade em comprar o ingresso, ou aquela fidelidade em postos de gasolina. Aquilo não atraiu muito o torcedor. Quando eles viram como funcionava o nosso projeto, começaram a encaixar algumas coisas. Foi aí que o Grêmio começou a partir, o Internacional. E os outros foram seguindo. Foi um sucesso, principalmente porque quando eles passavam automaticamente para sócio do clube, pagavam uma mensalidade direitinho, os 45, participavam efetivamente do clube, iam aos jogos, faziam questão de ir aos jogos, frequentar o social. Pessoas que não tinham nem ideia do que seria ser sócio do Vasco. Foi um negócio muito bacana. Foi uma pena que eles desativaram, por algum propósito, algum sentimento, menos que não era viável. Agora, pode ter outros sentimentos, outras pinturas. Aí eu não sei."

CALÇADA DA FAMA

"Você chegava sábado de manhã e via uns caras fotografando a Calçada da Fama. Você ia perguntar à pessoa e o cara era da Bahia. Com seis meses de projeto, não tinha um Estado sem que não tivesse uma adesão. O Marco Antônio [Monteiro], com aquele detalhe dele, pegou um mapa do Brasil e começamos a mapear tudo direitinho. Não tinha um Estado, uma grande cidade que não tivesse um sócio-torcedor. Os caras vinham, pegavam o ônibus, saíam em uma sexta-feira das suas cidades, e chegavam para fotografar ali o seu nome e para fazer um quadro. A satisfação deles... O clube era de todos. Vinham, entravam no sábado, olhavam o clube, era mostrado o clube. Uma pena."

SÓCIO NÃO PRECISAR PAGAR EM DIA AS 36 PRESTAÇÕES DE R$ 15

"Isso foi muito importante, sem tornar a pessoa inadimplente."

SAÍDA DO VASCO

"Eu tenho hoje uma mágoa. Acho, como muitos, eu tenho uma mágoa. Acho que eu amei mais o Vasco do que o Vasco me amou. Por tudo que nós trabalhamos, por tudo que nós fizemos, eu não merecia sair pela porta dos fundos, xingado. Mas, isso, você sabe que não é eterno. Existe uma justiça. Não importa se é novembro, dezembro. Um dia vai chegar. E essa justiça não é essa que o presidente entrega para ela resolver os operacionais, não. É uma justiça que é sábia. Ela sabe a hora que ela tem que agir."

Fonte: NETVASCO

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