NETVASCO - 03/06/2009 - QUA - 02:30 - Mandarino fala sobre Champs e negociações por nova fornecedora

Declarações do 2º vice-presidente geral e vice-presidente de futebol do Vasco José Hamilton Mandarino ao programa "Só Dá Vasco" da última 3ª-feira (02/06):

"Hoje nós pagamos o salário de março do administrativo. Abril já está pago o dos jogadores. Com os jogadores e a comissão técnica nós estamos rigorosamente em dia. O administrativo, aí a gente tem uma questão mesmo, prioridade, até porque, quem promove o espetáculo são os jogadores. A gente precisa privilegiar. Não porque a gente não queira pagar o outro, mas por falta de recursos para pagar os outros. Mas hoje conseguimos pagar. Já está na conta do pessoal. O pessoal foi avisado. Estamos com um mês de atraso, que nós vamos estar regularizando. Mas eu tenho a exata noção. A duras penas, porque nós temos sofrido alguns reveses. Sobretudo, temos bloqueios. Não bloqueio de conta exatamente, mas retenção que é feita, por conta de vários passivos que foram feitos ao longo do ano. A gente teve antecipações de receitas que foram feitas, recursos que nós teríamos que receber independentemente do patrocínio, recursos que nós teríamos a receber por conta do Campeonato Brasileiro, que foram retidas para pagar dívidas. Já são retidas na fonte, por conta dos acordos que foram feitos. Essa é uma dificuldade concreta que a gente tem."

Fonte: NETVASCO

RESCISÃO COM A CHAMPS

"A questão da Champs, naturalmente que é um assunto relevante para todos nós, vascaínos. Foi um contrato firmado dentro de uma hipótese que nós viríamos a ser atendidos, tanto no que diz respeito ao material esportivo, como também no que diz respeito ao aspecto financeiro, ao pagamento mensal ao clube. Havia uma expectativa muito grande também nos lojistas, em toda a rede comercial, dos novos produtos. Entretanto, por razões que não cabe absolutamente a nós analisar, a empresa começou a ter problemas e a faltar no cumprimento dos seus compromissos com o clube e o mercado. Quando eu falo descumprimento, estou falando tanto na parte financeira como na parte também de entrega de material esportivo. Nós fizemos uma notificação. Isso, dentro do que estabelecia o contrato. Tivemos, eu próprio, que jamais tinha participado de qualquer tipo de contato de negociação com a empresa, fui a São Paulo com o presidente Roberto Dinamite. Nos reunimos durante longo tempo com toda a direção da empresa. Ouvimos lá as razões que eles nos apresentaram, pela falta de cumprimento nesses compromissos. Fixamos ali algumas metas em termos de regularização de todo esse quadro. Infelizmente, não aconteceu. Isso é uma coisa que já vem ocorrendo nos últimos 45 dias. E culminou em uma notificação do nosso vice-presidente jurídico [Nelson de Almeida], uma nova notificação, rescindindo o contrato."

PERMANECER COM A CHAMPS

"Eu diria o seguinte. Ela já foi notificada inclusive da rescisão. Eu até o outro dia conversava com os dirigentes da Champs dizendo que absolutamente ninguém dentro do Vasco tem qualquer ressalva pessoal ou à empresa. Só que não podemos, sim, é conviver com a situação que se delineou. Nós não temos condição de abrir mão nem da parte financeira e nem da parte de material esportivo. Isso são aspectos indispensáveis para a nossa vida diária. Nós fomos, pelas circunstâncias, levados a rescindir o contrato. Essa hipótese, eu não vejo como realista, factível."

NOVO FORNECEDOR DE MATERIAL ESPORTIVO

"É lógico que, paralelamente a isso, a direção do clube tem se mobilizado no sentido de identificar quem poderia desempenhar esse papel, firmar o contrato de fornecimento de material esportivo substituindo a Champs. Nós temos hoje em pauta três fornecedores, três propostas que vêm sendo analisadas e conduzidas sobretudo pelo nosso vice-presidente de marketing, o Fábio Fernandes. Temos quase que diariamente discutido os aspectos dessa negociação. Ele vem conduzindo em São Paulo mesmo, já que as sedes dessas empresas é em São Paulo. Nós esperamos talvez quinta-feira termos uma definição quanto a essa questão. Estamos tendo uma série de cuidados para que nós venhamos a ser bem servidos, tanto no que diz respeito ao provimento, à entrega de material esportivo, como também à parte financeira, que é indispensável para a execução do nosso orçamento. É essa a situação. Eu creio que ela terá um desfecho, se não quinta, sexta-feira, enfim, um desfecho muito próximo. As discussões já estão suficientemente amadurecidas, os pontos todos esclarecidos. Eu diria que as discussões estão certamente esgotadas. Agora cabe uma decisão em cima daquilo que nós julgamos a melhor proposta."

PROPOSTAS

"Eu diria que nós temos, hoje, quatro interesses. O interesse da Penalty, da Lotto - que é uma empresa de origem italiana, e que trabalha no Brasil sob licença, dada a uma empresa de confecções chamada Filon -, da Reebok - que já teve um contrato com o clube há algum tempo atrás -, e o interesse um tanto ainda não suficientemente claro, mas o interesse da Puma. Mas esse, no estágio de, eu diria, até por uma questão de estratégia comercial deles, eles não foram capazes de dar uma celeridade maior nessas conversações conosco. Mas a coisa gira em torno dessas empresas que eu coloquei. Essas seriam as que despontam com mais interesse, definição com relação a servir ao Vasco."

RELAÇÃO DA LOTTO E DA PUMA COM A FILON

"São situações diferentes. No caso da Lotto, a Filon tem uma licença para produzir os produtos, o material esportivo da Lotto. Já na Puma, eles prestam o serviço na confecção do material da Puma. São relações comerciais diferentes."

NIKE

"A Nike manifestou também interesse. Entretanto, a Nike careceria de um prazo mais longo de definição. Naturalmente, uma coisa incompatível com a premência que nós temos de uma definição."

"É lógico que eu não estou falando aqui nenhuma novidade. Todos vocês já sabiam que eram mais ou menos essas as empresas."

Fonte: NETVASCO