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NETVASCO - 28/05/2009 - QUI - 22:43 - Juninho reafirma intenção de ficar na Europa por mais 1 tempoarada Vasco sonha em repatriar Juninho Pernambucano, mas a princípio não será agora. O craque, que pediu para ter o contrato rescindido com o Lyon, planeja ficar mais um ano não na França, mas na Europa. Em entrevista por telefone da cidade onde vive há oito anos, ele disse que um fato o assustou e pesou na decisão de, por ora, não retornar ao Brasil: a violência no treino do Fluminense, com tiros para o alto e agressão ao volante Diguinho, que não agradou nem um pouco ao Reizinho de São Januário. Indagado se a sua decisão é irrevogável, Juninho não mostrou tanta certeza.
Você está planejando voltar para o Vasco?
Quando vim para cá o plano era ficar 10 anos e parar de jogar. Agora, depois de oito anos, a intenção é ficar mais um ano na Europa. Mas ainda não decidi o que vou fazer. Tenho uma ligação muito forte com o Vasco, dei a sorte de fazer parte de uma geração que ganhou, com o Romário, o Edmundo, que me ensinaram muito. O Roberto Dinamite, presidente, é o número um, mas não quero voltar só porque fiz alguma coisa. Se voltar, é porque acho que tenho condição de fazer algo. Se um dia eu me sentir bem e em condição de ajudar, posso voltar, mas não vou prometer isso. No dia que eu decidir voltar ao Brasil, o Vasco é o primeiro que vou ouvir. O Vasco tem de se concentrar agora é na semifinal da Copa do Brasil, não no Juninho. Tem de valorizar quem está lá. E eu vou ver o jogo daqui.
Mas você não se sente em condições de jogar no Vasco?
Não é isso, mas depois que você passa oito anos fora existe uma readaptação, é uma cobrança muito maior quando você volta, não tenho mais 25 anos como tinha quando saí, tenho 34. Não é que não me sinta em condição, mas será que vou aceitar toda a cobrança, que estou preparado? Há uma diferença muito grande de cultura para o futebol europeu e existem outras coisas que fazem a pessoa pensar duas vezes, como esse episódio no Fluminense. No dia que eu parar, tenho um contrato de cinco anos para começar uma nova carreira no Lyon, mas ainda não sei qual será a função.
Até que ponto essa confusão no Fluminense influenciou essa sua decisão?
Cheguei no treino hoje (ontem) e só se falava nisso. A França inteira, vi em vários sites, vários jogadores me perguntaram. Foi uma coisa que assustou. O torcedor tem todo o direito de xingar, de vaiar, mas o que aconteceu eu não sei. Daqui a pouco a gente vai achar isso normal. E não é normal. Daqui a pouco vão pegar um cara na porta de casa. Não posso negar que não só eu, mas outros jogadores amigos, pensam duas vezes.
Você virá ao Brasil?
A partir do dia 10 de junho devo estar no Brasil, sempre passo férias em Recife, mas não sei o que farei ainda.
Você sabe que o Vasco está preparando um grande projeto para que você seja um embaixador de Lyon no ano da França no Brasil?
Conversei duas vezes por telefone com o Rodrigo Caetano, ele queria aprofundar, mas eu estava em reta final de campeonato e não tinha o direito de conversar sobre isso.
Você sabe a letra da música que a torcida canta?
Claro que sei! Na minha despedida do Lyon eu vi três vascaínos que moram aqui.
Por que você pediu a rescisão com o Lyon?
Ganhamos sete anos seguidos e este ano ficamos em terceiro. Achei que não teria a mesma motivação e a cabeça para ser o capitão. Não estou preparado para voltar o Brasil agora. Aqui é uma outra vida, mais tranquila. Quando saí, tinha uma filha, agora tenho três, duas nasceram aqui. A família está muito adaptada. E para voltar tenho de estar com vontade de refazer tudo.
Mas a decisão de não voltar é irrevogável?
A gente só pode dizer com certeza, 100%, quando assina alguma coisa. Mas o meu projeto profissional é não voltar agora para o Brasil.
Fonte: Extra (Ed. 28/05/2009)
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