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NETVASCO - 12/05/2009 - TER - 01:46 - Aloísio fala sobre paixão pela torcida carioca e experiências no exteriorPrincipal reforço do Vasco para a disputa da Segundona, Aloísio Chulapa abre os braços e um largo sorriso sob os Arcos da Lapa, um dos símbolos da Cidade Maravilhosa. Estar de volta ao Rio, jogando num grande clube era tudo que o artilheiro sonhava. “Aqui despontei para o futebol e amo de paixão a torcida carioca”, festeja o jogador que usará a camisa 21.
O menino pobre que deixou a cidadezinha de Atalaia, em Alagoas, ganhou o mundo, juntou dinheiro e fez muitos gols.Agora chegou a vez de ajudar o Vasco a retornar à Primeira Divisão. “Acreditei no projeto apresentado pela diretoria. São pessoas sérias, capitaneadas por Roberto Dinamite, um dos meus ídolos no futebol. Chego para somar”, garantiu.
Aloísio passou pelo futebol internacional. Esteve na Rússia, França e Catar. Mas continua sendo a mesma pessoa simples que começou carreira no Flamengo e endeusava Romário, com quem jogou em 95.
Das suas viagens planeta afora, ele guarda lembranças bem humoradas, onde a humildade nordestina se sobressai. Chulapa morre de rir ao lembrar da sua estreia no Saint-Etienne, na França.
“Levamos um sacode do Nantes. Perdemos por 3 a 0 e no fim do jogo, ainda em campo, comentei com o meu parceiro Alex Dias que iríamos levar um esporro histórico do treinador”, recorda.
Porém, para a surpresa do atacante, ao chegar no vestiário após a derrota, a história foi muito diferente. “Eu levei um susto. Fomos recebidos pela comissão técnica com queijos e vinhos da melhor qualidade, servidos em bandejas de prata. Fiquei maluco e pensei: se perdendo o clube nos deu esta mordomia toda, imagine quando ganharmos?”, contou, às gargalhadas.
Outro fato marcante nas suas andanças pelo exterior foi a maneira que a nobreza do Catar come o carneiro. “Eles armam uma tenda, colocam o animal assado no meio dela e todos se servem ao mesmo tempo, comendo com as mãos. Não tem prato nem talheres. Eu nunca tinha visto aquilo na minha vida”, comenta.
Outro choque cultural que tomou na sua estada no Catar, onde defendeu o Al-Rayan, foi o hábito dos homens locais. “Eu não acreditei quando entrei num shopping pela primeira vez. Os árabes andam de mãos dadas, homem com homem. Lá em Atalaia iria dar o que falar”, brinca.
Ontem, Aloísio fez os exames médicos e espera resolver a burocracia que envolve uma transação internacional para poder estrear. Sábado, ele foi apresentado oficialmente como jogador vascaíno e depois assistiu à vitória por 1 a 0 do Vasco sobre o Brasiliense.
A vibração da torcida empolgou o artilheiro. “Fiquei arrepiado do começo ao fim do jogo. A galera deu um show”.
Fonte: O Dia Online índice | envie por e-mail Anterior: 00:36 - Remo: Vascaínos participaram da Windermere Cup em Seattle, nos EUA Próxima: 03:32 - Gov. Sérgio Cabral teria sido enganado quanto à recepção para o Urubu |
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