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NETVASCO - 08/05/2009 - SEX - 01:17 - Dorival projeta aproveitamento de 70% para o Vasco na Série B

A caminhada de volta à elite começa neste sábado, contra o Brasiliense, em São Januário, numa Série B de cara nova, deixando no passado mitos como o de ser uma disputa de alçapões, mistérios e viagens desgastantes. E o planejamento do Vasco passa por evitar que a torcida crie uma expectativa de desempenho semelhante ao do Corinthians, que disparou em 2008; inclui conscientizar o elenco de que o Vasco será o time a ser batido em 2009; além do planejamento técnico.

O técnico Dorival Júnior prevê um torneio muito mais difícil do que o do ano passado, mas calcula que a volta à Série A virá caso o Vasco ganhe 60% dos pontos em disputa. Se ganhar entre 70% e 72%, será campeão.

A Série B começa nesta sexta-feira e abre a participação carioca. Em Campina Grande, o Duque de Caxias enfrenta o Campinense, às 21h, mesmo horário de Figueirense x Ipatinga, Ponte Preta x ABC e Bragantino x São Caetano.

Pelo cálculo de Dorival, com 67 pontos o Vasco volta à elite. Com 79, festeja o título. O Corinthians, campeão em 2008, fez 85 pontos. Quarto lugar, o Barueri subiu com 63. Além do equilíbrio, Dorival alerta para a dificuldade financeira do clube.

- A forma como o Corinthians passou pela Série B no ano passado alertou muita gente e a disputa vai crescer. O principal é não criar comparação com o Corinthians. Eles tinham uma base do ano anterior, ao contrário de nós. E depois investiram alto em nomes como Douglas, Elias, Cristian - diz Dorival.

- O Vasco não está podendo fazer grandes investimentos. O início nos trará dificuldades. Dificilmente vai disparar. A torcida deve saber disso. Vamos enfrentar times como Bahia, Atlético-GO, que estão juntos há algum tempo. Os paulistas também são sempre fortes.

O técnico diz não ser adepto de, num torneio longo, traçar objetivos intermediários e dividir a competição em etapas. Mas espera uma boa arrancada para fazer o Vasco se afirmar. Dorival avisa: mais do que o acesso, o time tentará o título da Série B.

- O Vasco entra para tentar ser campeão, mas tivemos muitas lesões recentes. Superando estes problemas, com o decorrer do tempo tudo se normaliza e temos obrigação de crescer. Vamos trabalhar jogo a jogo. Não $como planejar de outra forma.

O técnico ainda avisa que os rivais verão o Vasco como alvo:

- Já alertamos o grupo. É pelo nome, pela história e pelo bom Estadual nosso. Vamos ter que nos mostrar fortes. E fortalecer o grupo, apesar da dificuldades de contratar.

Dos rivais, 80% têm estádios de Série A

Até mesmo no Vasco, por vezes o discurso sobre a Série B resvala em clichês como campos ruins e viagens a cidades e estádios sem estrutura. Mas em 2009 a Série B atinge seu patamar mais próximo à Primeira Divisão. Os estádios são um exemplo. Dos 19 adversários do Vasco, 14 vão mandar jogos em palcos que, nos últimos cinco anos, abrigaram jogos do início ao fim da Série A em pelo menos um destes anos. Vila Nova e Atlético-GO, por exemplo, jogarão no Serra Dourada, casa do Goiás na Série A atual.

Dentre as exceções, uma é o Duque de Caxias, que jogará em Édson Passos, estádio familiar ao Vasco. Outra é o Bahia, que jogará em Pituaçu, re$estádio de Salvador. Desafios maiores poderão ser o ABC, que mandará jogos no Frasqueirão, em Natal; o Bragantino, que jogará no Marcelo Stefani, em Bragança Paulista; além do Campinense, que jogará no Amigão, em Campina Grande. Dos estádios com recente experiência de Série A, só a Boca do Jacaré, do Brasiliense, é mais acanhado e de pior gramado.

- A Série B mudou, sim. A grande maioria dos times tem experiência de Série A ou é de elite em seus estados. As acomodações nos estádios são melhores e todos os jogos estão na TV - concorda Dorival. - Mas o lado técnico ficou mais igual.

As viagens também mostram um novo perfil. No total, as distâncias aumentam, mas não há grandes aventuras. Dos 19 rivais do Vasco, 13 vão jogar em capitais ou regiões metropolitanas. Isto facilita, por exemplo, acomodações e voos. Dos outros seis adversários, dois são Guarani e Ponte Preta, de Campinas, cuja logística para os cariocas é simples. O desgaste maior deve ficar por conta de Ipatinga, Caxias do Sul (Juventude), Bragança Paulista e Campina Grande.

Fonte: Globo Online

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