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NETVASCO - 31/03/2009 - TER - 20:08 - Presidente da FBA se diz perseguido por ser nordestino

Quando foi avisado pela reportagem do UOL Esporte, na última segunda-feira, de que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) rompeu de forma unilateral o contrato que tinha com a entidade que comanda, o presidente da FBA, José Neves Filho, se mostrou surpresa. O dirigente mantém a posição de não comentar sobre o caso, já que não foi notificado oficialmente, mas foi duro com os seus opositores.

Entre as acusações feitas, a única que Neves Filho concorda é o sobre o baixo valor das cotas pagas aos clubes participantes da Série B do Campeonato Brasileiro. Mesmo assim, o dirigente nega que problemas na sua administração tenham motivado essas cifras.

"Eles podem me acusar que os recursos eram poucos, porque eram mesmo. Mas o que eu posso fazer? Eles só não podem falar de má gestão", disse Neves Filho, citando a evolução dos valores médios das cotas, que começaram a ser pagas apenas em 2006 (R$ 300 mil) e subiram em 2008 (R$ 740 mil).

Os opositores, no entanto, veem a situação de outra forma. O problema para o valor baixo das cotas seria o endividamento da FBA. "Quando comecei a disputar a Série B, no ano passado, eles não deviam nada. Quando o campeonato terminou, tínhamos de cobrir uma dívida de R$ 4 milhões. Tem alguma coisa errada aí", afirmou Marco Antonio Chedid, presidente do Bragantino.

"Isso é uma grande mentira. Quando assumi, em novembro de 2005, a FBA estava quebrada, com uma dívida de R$ 10 milhões. Ao assinar o primeiro contrato de transmissão com a Globo, em janeiro de 2006, fizemos um acordo para que fossem descontados R$ 2 milhões, até 2010, para a quitação dessa dívida", rebateu o presidente da FBA.

O mandatário da entidade vai além. Segundo ele, os clubes paulistas, liderados pelo Corinthians, e o Vasco da Gama, "conspiraram" contra ele, graças a sua origem.

"Os [clubes] paulistas sempre foram preconceituosos porque sou nordestino. Tanto que fizeram a conspiração na Federação Paulista [de Futebol, no ano passado], mas isso foi abafado. Esse ano começou de novo com o Corinthians. Preconceito é preconceito, e foi isso o que eu senti", completou o presidente da FBA.

Fonte: UOL

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