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NETVASCO - 31/03/2009 - TER - 15:52 - Vasco participou de reunião do Confao nesta 3ª-feira

Sem apoio do Comitê Olímpico Brasileiro, dirigentes de Flamengo, Fluminense, Vasco, Corinthians, Minas Tênis Clube, Grêmio Náutico União, Sogipa e Pinheiros criaram o Conselho de Clubes Formadores de Atletas Olímpicos (Confao), que visa conseguir mais recursos para os esportes olímpicos. As principais reivindicações desta comissão é mudar o atual modelo brasileiro olímpico, e aumentar de 2% para 30% as verbas provenientes da Lei Agnelo-Piva.

Filiados à Confederação Brasileira de Clubes (CBC), estas oito agremiações se reuniram na manhã desta terça-feira, na sede do Flamengo, onde discutiram diversas medidas.

"Queremos discutir a estrutura do nosso esporte para que a gente possa colher melhores frutos para o país. Nós já temos uma série de clubes que estão interessados em aderir ao Confao e a tendência é crescer ainda mais. Criamos essa comissão e temos 60 dias para trabalhar forte em busca das mudanças", afirmou Sérgio Bruno, presidente do Confao e do Minas Tenis Clube.

Em suma, o motivo de maior insatisfação dos dirigentes é que os clubes formam os atletas usando recursos próprios e não recebem nada por isso. Mas, apesar da falta de apoio, o Confao não quer travar batalhar com o COB.

"Nem para as festas de confraternização nós somos chamados. A cada ano que passa o Governo Federal investe mais nos esportes olímpicos e nós, clubes, não somos ressarcidos. O que acontece é o famoso 'paitrocínio'", afirmou o presidente do Fluminense, Roberto Horcades.

O presidente do Flamengo em exercício, Delair Dumbrosk, foi bastante claro quanto à situação do seu clube.

"Se não tivermos recursos, não haverá mais esportes olímpicos no Flamengo. E consequentemente, não teremos representantes na próxima Olimpíada. Quem perde com isso é o Brasil. Certamente, se não houver investimentos, teremos pouquíssimos atletas alcançando o índice olímpico em 2016", prometeu.

O vice de esportes olímpicos do clube, João Henrique Areias, explicou que atrair patrocinadores para essas modalidades é muito difícil.

"A televisão praticamente não faz a divulgação destes esportes como faz no futebol. Portanto, as empresas não têm interesse", declarou.

O presidente da CBC, Arialdo Boscolo, exaltou a importância destes clubes no esporte brasileiro.

"Exceto o Minas, que tem 70 anos, todas as demais agremiações aqui presentes são centenárias. Por isso, queremos um papel de inclusão. Não se pode desmerecer toda essa história. Na CBC, existem 13.682 clubes cadastrados", ressaltou.

Alguns dirigentes revelaram quanto seus clubes gastam anualmente com a manutenção dos esportes olímpicos. Confira:

Flamengo - R$ 7 milhões

Grêmio Náutico União - R$ 6 milhões

Pinheiros - R$ 800 mil

Minas Tênis Clube - R$ 600 mil somente em taxas

Fonte: SRZD

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