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NETVASCO - 23/03/2009 - SEG - 08:40 - Vasco já supera desempenho em clássicos de 2008 No vestiário do Vasco, as manifestações de euforia eram restritas a dirigentes voluntários.
Jogadores e comissão técnica recebiam a primeira vitória sobre o Flamengo após dois anos com a tranquilidade de um time que, antes desacreditado, começa a se acostumar a vencer grandes jogos. Na atual temporada, a invencibilidade é de 11 jogos. Coube, outra vez, ao técnico Dorival Júnior apontar erros mesmo na vitória. Mas o comandante não deixou de elogiar a solidariedade do time.
— Foi um jogo atípico por causa das expulsões. O fundamental é que você sente que há entrega dos jogadores, humildade.
Para ganharmos alguma coisa, este espírito não pode esmorecer — elogiou Dorival, antes de listar o que viu de errado. — Taticamente, não foi um grande jogo, nem do Vasco, nem do Flamengo. Em especial no primeiro tempo, não fomos compactos, perdíamos quase todas as segundas bolas e, no ataque, não rodamos a bola como costumamos fazer.
O fato é que, mesmo com os erros, o Vasco já supera o desempenho em clássicos do ano passado inteiro. Em 2008, jogou 11 e ganhou só um. Este ano, tem duas vitórias e um empate.
— Para ser um grande time, é preciso uma sequência mais farta — advertiu Dorival, admitindo que o time evoluiu mais rapidamente do que esperava.
Um dos destaques do time, o zagueiro Fernando elogiou a postura do Vasco.
— Este time não admite ver um companheiro em desvantagem.
Os clássicos foram o espelho da nossa competitividade — disse, lembrando que já tivera atuações como a de ontem. — As pessoas têm memória curta.
Já fiz jogos assim no Flamengo, indo à frente, driblando.
Fernando destacou o comando de Dorival Júnior: — Dorival escolheu o elenco.
Conhecia os jogadores.
Retrato da liderança do técnico foi o gol de Jéferson, o segundo do jogo. Quando Rodrigo Pimpão arrancou com a bola, ouviu da área técnica a seguinte frase: “tem um livre do outro lado”. E deu o passe.
— Dorival foi cobrado porque estaria trazendo jogadores sem peso — comentou Jéferson.
— Meu gol vai para o Carlos Alberto. Ele ficou chateado com a expulsão.
O Vasco se mobilizou para defender seu astro, expulso ainda no primeiro tempo.
— Não quero atacar ninguém, mas o juiz não apitou com a intensidade que deveria, com aquele grito das torcidas. Tanto que Carlos Alberto sequer hesitou em seguir no lance — disse Dorival. — Carlos Alberto está dando uma resposta em campo.
Mudando sua atitude. Ele não espera mais as bolas com o braço aberto. Está na hora de as arbitragens observarem isto.
O meia recebeu os companheiros no vestiário e explicou que não ouviu o apito. Lembrou, até, que o goleiro Bruno manteve-se ativo no lance.
— Alguns critérios foram lamentáveis — disse o diretor-executivo Rodrigo Caetano. — Está um pouco personalizado em cima do Carlos Alberto. O Obina fez um gol em impedimento e cadê o cartão? Com as expulsões, Dorival Júnior pode ter um problema na lateral esquerda. Ramon está suspenso e Edu, que levou de Bruno uma pancada na cabeça, foi levado para um hospital para ser avaliado. Fernando Galhardo, contratado em janeiro, não correspondeu e foi devolvido.
Fonte: O Globo
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