NETVASCO - 21/03/2009 - SÁB - 06:53 - Antônio Lopes relembra conquista do Estadual de 1982 em cima do Urubu

O atacante Nunes e o técnico Antônio Lopes são mais dois personagens que fizeram história no Clássico dos Milhões. Totalmente identificados com Flamengo e Vasco, respectivamente, ambos perderam a conta de quantas vezes enfrentaram o arquirrival. Mas a quantidade de partidas pouco importa. O que interessa são as façanhas de cada um. Em entrevista ao SRZD, eles contaram como escreveram seus nomes na memória do clássico carioca.

Nunes não era chamado de Artilheiro das Decisões à toa. Na decisão do Campeonato Carioca de 1981, João Danado - outro apelido do matador - marcou o segundo gol da vitória de 2 a 1 do Rubro-Negro e garantiu o 20º título da competição para o clube Gávea.

"O que me marcou mais foi este do Carioca de 1981. Fiz um gol do meio da rua (o segundo). Aquele jogo foi inesquecível. O Maraca estava lotado, a torcida do Flamengo deu mais um show na arquibancada, enfim, não poderíamos ser derrotados", afirmou, para em seguida descrever o gol.

"O Júnior dividiu com o goleiro, a bola sobrou para mim e graças a Deus acertei um lindo chute de fora da área. Foi quase do meio-de-campo (risos)", lembrou.

O treinador Antônio Lopes não deixou por menos. No Estadual do ano seguinte, quando ainda era um desconhecido no cenário do futebol nacional, ele levou o caneco para São Januário ao vencer um Flamengo "de outro planeta", como definiu o próprio. Era o seu primeiro título de expressão na sua vitoriosa trajetória.

"O Carioca de 82 foi muito marcante pelo fato de o Flamengo ter um time de outro planeta, que tinha acabado de ser campeão mundial. Não esqueço aquela equipe. Era Raul, Leandro, Figueiredo, Marinho, Júnior; Andrade, Adílio, Zico; Tita, Nunes e Lico. Mas, mesmo com uma equipe inferior, conseguimos desbancá-los. Além disso, foi o meu primeiro grande título, estava praticamente debutando no futebol. Barrei cinco jogadores para aquele triangular e conseguimos vencer os dois jogos (América e Flamengo) por 1 a 0", ressaltou.

Desempregado desde de 2008 quando dirigiu o Vasco pela sexta vez em sua carreira, Lopes diz que só recebeu convites para "bombas e drogas".

"Quando tiver um projeto legal, com possibilidade de conquistas eu aceito. Até agora só recebi bombas e drogas. E essas coisas não são comigo. Vamos ver se pinta alguma coisa para o Brasileirão", encerrou.

Fonte: SRZD