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NETVASCO - 16/02/2009 - SEG - 12:56 - Projeto do Maracanã para Copa promete mudar a cara da Zona Norte do RioMais do que um estádio moderno e pronto para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014 — inclusive a grande final — o renovado Maracanã vai revolucionar a qualidade de vida na Zona Norte do Rio. Mais especificamente para os moradores de bairros como Tijuca, São Cristóvão, Mangueira e outras áreas vizinhas ao principal templo do futebol mundial.
As obras prevêem melhorias não apenas nas instalações esportivas, mas grandes intervenções no entorno do Maracanã. A principal delas é o imenso centro de convivência que será criado na área que hoje abriga o Estádio de Atletismo Célio de Barros.
“É o que chamamos de ‘Baixo Maracanã”, entusiasma- se a secretária estadual de Esporte, Turismo e Lazer, Márcia Lins, ao explicar a obra que, na sua avaliação, será o grande legado que a Copa de 2014 deixará para a cidade. Para a secretária, a idéia é transformar o local na 'orla da Tijuca' — uma área de lazer semelhante ao Parque dos Patins, na Lagoa Rodrigo de Freitas. O espaço terá um lago e fi cará numa área amplamente arborizada, com obelisco, ciclovia e uma série de atividades para os moradores da região.
“Será como o Parque dos Patins. Lazer e qualidade de vida”, diz. A outra intervenção na região diz respeito à Quinta da Boa Vista, vizinha ao Maracanã. “É o nosso Central Park”, compara a secretária, fazendo alusão à imensa área verde no coração de Nova Iorque, nos Estados Unidos. O parque, que abriga o Jardim Zoológico do Rio e o Museu Nacional, vai ficar integrado ao complexo do estádio. O Museu do Índio, praticamente colado ao Maracanã, vai se mudar para a Quinta da Boa Vista “A influência das obras para a modernização do Maracanã será positiva. Tudo que for modifi cado será para o bem e pela integração da cidade”, conclui.
Barra da Tijuca
Longe do Maracanã, mas igualmente afetada pela choque de qualidade, a obra no Maracanã para a Copa vai mudar a cara da Zona Norte imensa onda de transformações positivas que vai tomar conta da cidade nos preparativos da Copa, a Barra da Tijuca também terá o seu legado. E será tecnológico, como a vocação econômica do bairro vem sinalizando nos últimos anos. A idéia é levar para a Barra a Vila de Mídia do Mundial.
Ou seja, o pólo tecnológico que concentrará as transmissões e difusão das informações para todo o mundo. “A Vila de Mídia tem de ser aqui. O Rio é tecnologicamente todo cabeado com fibra ótica. E a Barra é o lugar certo, porque já possui essa característica”, explica Márcia Lins. Ele lembra que o bairro já tem uma espécie de “cultura de centro de convenções”, com o RioCentro, e também abriga estúdios de TV e cinema com a mais avançada tecnologia digital. E o melhor é que o carioca nem terá de esperar muito por essas melhorias.
O cronograma de obras da Fifa é rigoroso e exige fidelidade integral aos prazos. “As obras têm de começar no dia 1º de janeiro de 2010. É o prazo-limite para iniciar os trabalhos”, diz a secretária. E as obras têm de estar concluídas em dezembro de 2012, antes da Copa das Confederações. “São três anos sem atraso. Vamos ter acompanhamento e fiscalização rigorosa”, promete Márcia Lins.
Queremos a Copa, o Papa e a Madonna, diz secretária estadual de Esporte
Quando pisou o gramado do Maracanã, o turista japonês não resistiu: ajoelhou-se e comeu um tufo considerável de grama. A história, contada entre risos pela secretária estadual de Esporte, Turismo e Lazer, Márcia Lins, ilustra bem o fascínio que o estádio exerce sobre todos os que amam o futebol. “É um ícone mundial”, salienta Márcia.
Em entrevista a O DIA, ela confi rma que o estádio terá de fechar suas portas para obras que o adequarão às exigências da Fifa e vão torná-lo capaz de receber a fi nal da Copa do Mundo de 2014. Diz ainda que o consórcio que assumir o estádio em parceria com o poder público terá de respeitar essas características mágicas que fazem do Maracanã o segundo ponto turístico mais visitado do Rio, atrás apenas do Corcovado.
A previsão da Suderj é que o Maracanã feche por dois anos para reformas antes da Copa do Mundo. Por que tanto tempo?
Se puder, começamos as obras este ano. Mas ainda não sabemos se isso é possível. É um processo obrigatório para atender ao calendário da Fifa.
E qual é esse cronograma?
O cronograma da Copa já está estabelecido pela Fifa e pelo Comitê local. As obras têm de começar no dia 1º de janeiro de 2010. É o prazo-limite.
Quais são as principais exigências às empresas que querem participar da licitação para administrar o estádio?
A imagem do Maracanã é muito forte de um templo mundial do futebol e tem de continuar sendo. Para participar do projeto, o consórcio precisa ter calendário voltado para o futebol. É a prioridade. É a casa dos quatro grandes times cariocas e a casa da Seleção também.
Vão acabar os shows no Maracanã?
Queremos continuar recebendo o Papa, a Madonna e todos os artistas que nos procuram por causa da imagem do estádio. Mas esses consórcios têm de entender de arenas, museus, entretenimento, publicidade, fluxo de entrada e saída de pessoas.
Apareceram muitos candidatos?
Já apresentamos o projeto a 12 empresas privadas de vários níveis de administração. Cuidam de arenas, museus, construtoras, empresas de entretenimento... todo o público do setor privado interessado em participar. Até o meio do ano, esse vencedor tem de ser conhecido.
O Estádio continua sendo muito visitado?
É o segundo ponto de visitação turística do Rio. Perde só para o Corcovado. Na semana retrasada, registramos 2.300 pessoas num dia. É uma maravilha histórica. Teve um turista japonês que se ajoelhou e comeu a grama do estádio.
É difícil administrar o Maracanã?
A gente descobriu que tinha um filho que se sustentava sozinho. Esse é o grande segredo do Maracanã. Ele não é nem de longe um desses equipamentos obsoletos. A manutenção é que é alta, com custos de energia, água, utilização do espaço e preservação do gramado.
Qual o custo?
O Maracanã tem um custo mensal por volta de R$ 1 milhão. De 95 pra cá, só o governo do Estado botava dinheiro. Em 2007, a gente passou a mudar essa realidade. Foi o primeiro ano que registramos superávit.
Passou a dar lucro?
Já conseguimos fazer a receita subir absurdamente. Em 2008, o superávit gira em torno de R$ 2 milhões. Para 2009, a receita é crescente, principalmente na questão da visitação turística.
O choque de ordem da Prefeitura ajuda na administração do estádio?
A diferença positiva no comportamento dos torcedores foi total. No primeiro dia, um jogo para 37 mil pessoas, não houve interferência no entorno e nenhum problema de estacionamento. A venda de bebidas tinha ainda um transtorno adicional, que eram as pessoas que se aglomeravam nas entradas, antes e depois do jogo. Ficavam parados no meio da rua, atrapalhando o trânsito.
O saldo é positivo após as primeiras rodadas?
A gente teve ganhos operacionais e ganhos defi nitivos de infra-estrutura. Um é inegável: a questão da comunicação entre os órgãos públicos. Hoje, temos uma relação com Prefeitura que facilita muito. Trabalhamos juntos.
Fonte: O Dia on line índice | envie por e-mail Anterior: 12:09 - Juniores: Confira entrevista com o zagueiro João Paulo Próxima: 13:07 - Jurídico do Fluminense anuncia que continuará atuando no Caso Jéferson |
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