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NETVASCO - 08/02/2009 - DOM - 15:39 - Relembre a carreira de Barbosa, um dos maiores heróis vascaínos

Moacir Barbosa Nascimento era paulista da cidade de Campinas, onde nasceu no dia 27 de março de 1921. Moacir ficaria conhecido mundialmente como Barbosa, goleiro da seleção brasileira de 1950.

Como era normal naqueles tempos, Barbosa começou a jogar na Desportiva Comércio e Indústria, time amador de Campinas, extinto na década de 60. Era ponta-esquerda dos bons. Da mesma forma que aconteceu com vários goleiros brasileiros, durante uma partida em que o goleiro titular da Desportiva Comércio estava sendo muito exigido, esse acabou se contundindo, e não havia goleiro no banco de reservas.

Como Barbosa atuava como ponta-esquerda, o técnico entendeu que ele poderia ser útil como goleiro, e o ataque, que naqueles tempos atuava com cinco jogadores, não sentiria tanto a sua ausência. A atuação de Barbosa foi satisfatória e, como o goleiro titular apresentou uma contusão de demorada recuperação, a partir do primeiro dia de treinamentos da semana, Barbosa continuou treinando como goleiro.

A partir dos jogos seguintes Barbosa passou a ser o goleiro titular da Desportiva Comércio, até despertar o interesse do Ypiranga. Mas ainda permaneceu na Desportiva nos anos de 40 e 41, integrando a seleção amadora paulista por diversas vezes, sendo considerado, já como goleiro, uma das maiores revelações daquela competição.

Finalmente, em 1942 Barbosa chegaria ao Ypiranga de Campinas/SP, time da primeira divisão paulista, onde atuou até 1944. O bom time do Ypiranga terminou o campeonato paulista de 1942 em terceiro lugar e Barbosa era o destaque.

Indicado por Domingos da Guia, seu grande amigo e incentivador, Barbosa transferiu-se para o Vasco da Gama em fins de 1944. Em 45, as seguidas contusões não permitiram que ele aparecesse. No ano seguinte, porém, disputou todo o campeonato carioca como titular e seu nome passou a ser lembrado para a seleção brasileira.

No Vasco da Gama, entretanto, Barbosa acabou substituindo o goleiro Rodrigues. Ele só iria conseguir a vaga de titular em 1946, permanecendo dono da posição até meados de 1956.

Barbosa chegou ao Vasco da Gama num momento especial para o clube que, na época, começou a montar um de seus maiores times, o chamado Expresso da Vitória. Com a nova camisa vascaína e definitivamente como goleiro titular, Barbosa conquistou os títulos cariocas de 1945, 1947, 1949, 1950, 1952 e 1958. Foi também um dos mais importantes jogadores na conquista do Campeonato Sul-Americano de Campeões (que mais tarde substituiria a atual Copa Libertadores da América) em 1948. Naquela oportunidade, o goleiro Barbosa acabou defendendo um pênalti cobrado por Labruna, na última partida, que garantiria a conquista do título para o Vasco. (Nota da NETVASCO: Pesquisadores contemporâneos já comprovaram que esse suposto pênalti nunca existiu.)

Em 1948 Barbosa chegaria à seleção brasileira. Barbosa estreou na Copa Rio Branco, no Estádio Centenário, em Montevidéu, contra o Uruguai, no dia 4 de abril de 1948. O empate de 1 a 1 foi o resultado, com gols de Danilo Alvim e Falero. Na segunda partida, Luiz Borracha assumiu a titularidade.

Finalmente, titular absoluto na Seleção Brasileira, Barbosa teve o ponto baixo de sua carreira na Copa de 50. O Brasil só precisaria de um empate para sagrar-se pela primeira vez campeão mundial. A partida estava 1 a 1, até que o ponta uruguaio Ghiggia recebeu a bola na área e, fingindo que iria lançar, chutou no canto direito do gol. Barbosa, pego de surpresa, acabou chegando atrasado, numa das poucas falhas de sua carreira. No final, o Uruguai acabou sendo o campeão, e principalmente pelo fato de ser negro, Barbosa foi feito de bode expiatório e acusado como o culpado pela derrota. (Saite oficial do Vasco da Gama)

Em 49, sob o comando de Flávio Costa, o Brasil preparava-se para o Sul-Americano, no Rio de Janeiro e em São Paulo, e também para a Copa do Mundo de 1950. Barbosa ganhou o posto de titular e disputou todos os jogos no período de 3 de abril a 11 de maio, conquistando o título de campeão sul-americano: Equador (9 a 1), Bolívia (10 a 1), Chile (2 a 1), Colômbia (5 a 0), Peru (7 a 1), Uruguai (5 a 1), Paraguai (1 a 2 e 7 a 0).

De 6 a 18 de maio, o Brasil disputou com uruguaios e paraguaios, respectivamente, a Copa Rio Branco e a Taça Osvaldo Cruz. Barbosa atuou em todos os jogos contra o Uruguai (3 a 4 no Pacaembu e 3 a 2 e 1 a 0 em São Januário), enquanto Castilho foi o goleiro das duas partidas diante do Paraguai (2 a 0 em São Januário e 3 a 3 no Pacaembu).

No dia 24 de junho de 1950, o Brasil estreou na Copa do Mundo. Barbosa era titular absoluto e disputou todos os jogos, contra México (4 a 0), Suíça (2 a 2), Iugoslávia (2 a 0), Suécia (7 a 1), Espanha (6 a 1) e Uruguai (1 a 2).

Mudança - Com a perda do Mundial, na escalação para o Pan-Americano de 52, no Chile, a CBD substituiu Flávio Costa no comando técnico da seleção:

"Houve a mudança de treinador e o Zezé Moreira veio com espírito de renovação. Levou o Castilho, Osvaldo Baliza e, se não me engano, o Cabeção. Mas, em 1953, eu voltei à seleção com o Aymoré Moreira e fui ao Sul-Americano de Lima, com Castilho e Gilmar. Nos meus quase dez anos de seleção, foi um dos piores momentos, nunca vi coisa igual."

O Paraguai foi campeão sob o comando de Fleitas Solich, que depois veio para o Flamengo. Barbosa jogou apenas contra o Equador (2 a 0 para o Brasil). Seria o último jogo na seleção do extraordinário goleiro, apontado por muitos de seus colegas como o maior de todos os tempos. (Saite oficial do Vasco da Gama)

Em 1953, num jogo contra o Botafogo pelo Torneio Rio-São Paulo, teve a perna quebrada num choque com o atacante Zezinho. Em princípio, teve uma grande depressão. Somente se recuperou quando o Hospital dos Acidentados começou a fazer filas para os torcedores que desejavam visitá-lo. Mesmo depois do desastre na Copa do Mundo, Barbosa sentiu o quanto ainda era querido pela torcida carioca. (Saite oficial do Vasco da Gama)

Nos anos de 1955 e 1956 Barbosa mudaria para Recife, onde passou a defender as cores do Santa Cruz. Retornou ao Rio de Janeiro em 1956 para defender as cores do Bonsucesso, time da Zona Leopoldina. O Bom trabalho realizado em Recife lhe garantiu mais dois anos de contrato com o clube pernambucano, onde ainda jogou em 1958, 1959 e 1960. Barbosa retornou mais uma vez ao Rio de janeiro, agora para defender o Campo Grande, clube da Zona Oeste do Rio e onde, finalmente, encerraria a carreira profissional.

Depois de encerrar a carreira, passou a trabalhar como funcionário da Suderj, no Maracanã. Barbosa morreu no dia 7 de abril de 2000 na cidade de Santos-SP, onde vivia recluso, ao lado de uma filha adotiva.

Títulos: Pelo Vasco da Gama - Copa Roca: 1945; Copa Rio Branco: 1947, 1950; Campeonato Carioca: 1945, 1947, 1949, 1950, 1952, 1958; Sul-Americano de Clubes: 1948; Copa América: 1949; Torneio Rio - São Paulo: 1958; Torneio Quadrangular do Rio: 1953; Torneio de Santiago do Chile: 1953. Pela Seleção Brasileira - 22 jogos , 16 vitórias , 2 empates , 4 derrotas , levando 29 gols. Pela seleção brasileira Barbosa conquistou o Campeonato Sul-Americano (1949) e a Taça Rio Branco (1950).

Fonte: Jornal Pequeno

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