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NETVASCO - 06/02/2009 - SEX - 02:21 - Tiago: 'Para bater bem é preciso concentração' Flamengo e Vasco garantem: ver seus goleiros atravessando o campo para tentar marcar gols não é só modismo. Na Gávea, Bruno conquistou com suas cobranças de falta um espaço que estava vago. Em São Januário, o recente gol de pênalti de Tiago representou o marco de um recomeço para quem chegou a se sentir desprestigiado no clube.
Contratado no ano passado com status de titular, Tiago teve mais decepções do que alegrias em 2008. Fez dois gols de pênalti, mas logo viu seu desejo de cobrar faltas reprimido pelo técnico Antônio Lopes. Com Renato Gaúcho, virou terceiro goleiro:
— Não entendi por que virei terceiro goleiro mas não tenho mágoa. Quanto às faltas, como não gosto de passar por cima de ordem, até parei de treinar. Agora, recuperei a confiança.
Já Bruno não tem do que se queixar na Gávea. É titular absoluto e ídolo da torcida. Mas quer dar um passo adiante e se firmar como um dos cobradores de falta do time. Para isso, se espelha no ídolo Rogério Ceni. Desde o ano passado vem treinando de 30 a 40 cobranças por dia. O gol contra o Mesquita foi o terceiro pelo Flamengo, o segundo de falta — já fizera contra o Coronel Bolognesi, no Maracanã (2 a 0) pela Libertadores. O outro foi de pênalti, na goleda de 5 a 0, sobre o Coritiba, em 2008.
— Goleiro conhece goleiro. Eu só bato faltas próximas à área e procuro cobrar por cima do quarto homem da barreira. Se a bola passar, complica muito para o goleiro, que está sempre preocupado em cobrir o gol todo — ensina.
Tiago tem outras prioridades no Vasco. Viu Rafael iniciar o ano como o número 1. E, o pior, é que clube ainda buscava outro goleiro. Mas com a saída do titular, a chance chegou e foi agarrada.
Ele começou a bater faltas em 2007, numa brincadeira em treino da Portuguesa: desafiou os cobradores e bateu duas faltas com sucesso. Logo ganhou do técnico Wagner Benazzi a liberação para bater nos jogos. No fim da partida decisivo contra o Sport, pela Série B, acertou a trave. Daí em diante, vieram 16 gols na carreira. Mas Tiago ainda busca um gol de falta pelo Vasco — os três que marcou foram de pênalti.
— Muitos técnicos ainda têm receio de levar um gol. Mas digo que é igual a posicionamento de escanteio. Basta treinar, colocar um jogador perto do gol. Não tem segredo — diz Tiago, analisando a razão de tantos goleiros se destacarem em bolas paradas. — Para bater bem é preciso concentração. E a posição de goleiro exige isto.
Bruno tem a seu favor o apoio do técnico Cuca e os números.
Afinal, gol de falta tem sido coisa rara no Flamengo. O último, antes do gol contra o Mesquita, também fora dele. Gol de falta de um jogador de linha não acontece desde abril do ano passado, quando Juan marcou nos 3 a 0 sobre o Cienciano, do Peru.
— A sensação é diferente.
Afinal, trabalho para não levar gols. Mas o certo é que goleiro fica muito chateado de levar gol de goleiro — afirma Bruno, que já levou gol de Rogério Ceni quando estava no Atlético-MG.
Fonte: O Globo
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