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NETVASCO - 03/02/2009 - TER - 11:55 - Vasco participa de Conselho de Clubes Formadores, lançado nesta 3ªO ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., considera legítima a principal reivindicação do Conselho de Clubes Formadores de Atletas Olímpicos, que será lançado oficialmente hoje: receber uma porcentagem da verba da Lei Piva, hoje repassada com exclusividade ao Comitê Olímpico Brasileiro e ao Comitê Paraolímpico Brasileiro.
O representante do governo afirma ser do interesse do COB abrir essa discussão. Mas o comitê capitaneado por Carlos Arthur Nuzman, por sua vez, já alega que o dinheiro recebido hoje não é o suficiente.
"Se você pegar os primórdios da Lei Piva [o projeto de lei original], não era especificado que o dinheiro das loterias tinha de ir para o COB ou o CPB", respondeu Silva Jr., ao ser inquirido pela Folha sobre o tema. O ministro se propõe até mesmo a servir de "ponte" entre os clubes e o comitê olímpico. "Estive com o Nuzman e introduzi o tema. Acredito que o COB acha que é importante tratar desse assunto."
A Lei Piva já foi motivo de discordância entre a pasta e o COB no ano passado, quando o ministério produziu um "programa de metas olímpico" como forma de contrapartida à verba direcionada ao comitê. Tal iniciativa ia contra a política da entidade, cujo presidente evitava a todo o custo fazer projeções sobre resultados.
Ironicamente, no fim do ano passado, sob pressão de confederações esportivas nacionais que questionavam a distribuição da verba da Lei Piva, que destina 2% da arrecadação bruta das loterias federais a COB e CPB, Nuzman anunciou o lançamento de programa de meritocracia para as confederações. É baseado nele que os percentuais de cada uma das confederações serão definidos. Após os Jogos de Pequim-2008, quando o Brasil decaiu sete postos em relação a sua colocação em Atenas-2004, Silva Jr. afirmou que pretendia invocar um decreto do presidente Lula feito na época da Lei Piva para reunir condições para fiscalizar, por meio de relatórios, a forma como a verba é usada.
Desde então, Silva Jr. afirma estar debruçado sobre a Lei Piva, sancionada em julho de 2001 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Encabeçado por Minas Tênis Clube e Pinheiros, o conselho de clubes reúne ainda Flamengo, Vasco, Fluminense, Grêmio Náutico União, Sogipa e Corinthians. Autodefinido pelos fundadores como ""espécie de Clube dos 13 do esporte olímpico", a entidade se diz aberta à adesão de mais agremiações.
Os membros fundadores alegam ser responsáveis por 213 dos 227 dos atletas que integraram a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Pequim. Em sua defesa, o COB argumenta que a Lei Piva é fundamental para o desenvolvimento do esporte olímpico brasileiro, mas que não é suficiente. E diz que a verba corresponde a um terço de suas necessidades, segundo diagnóstico apresentado pela entidade em 2000.
Apesar de adiantar que não estará presente à cerimônia de apresentação do conselho -tem agendado compromisso com o presidente Lula para hoje-, o ministro pretende se reunir com os representantes da entidade "rapidamente".
"Quero ouvir os projetos dos clubes, suas ideias. Até agora não houve contato oficial entre nós. Respeito o seu trabalho, como o do Minas e do Pinheiros, que usaram de forma competente o instrumento já à disposição deles, que é a lei de incentivo fiscal ao esporte", diz.
Por fim, ele tenta aliviar a pressão sobre o ministério. "Não pode esperar que tudo venha do governo federal. É preciso que iniciativas como o Bolsa-Atleta e a lei de incentivo sejam replicadas, em menor escala, por Estados e municípios e favoreçam federações e desportistas de menor expressão."
1º Vice-presidente Luso Soares da Costa (último à esquerda) representou o Vasco no evento de lançamento da Conselho de Clubes Formadores de Atletas Olímpicos - Confao
Fonte: Folha de São Paulo (texto), GloboEsporte.com (foto) índice | envie por e-mail Anterior: 11:54 - Eurico, sobre Associação de Amigos do Vasco: 'Sou declaradamente contra' Próxima: 12:05 - Carlos Alberto e Dorival Júnior no 'Só Dá Vasco' desta 3ª-feira |
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