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NETVASCO - 19/01/2009 - SEG - 01:31 - Gazeta Online: Torcedores do Vasco matam jovem de 17 anos

Um grupo de torcedores do Vasco da Gama acabou com o sonho do adolescente de 17 anos, Jean da Cunha, de ser um jogador de futebol. Ele, que era flamenguista, foi morto na tarde de ontem, em frente ao Vitória Apart Hospital, na Serra, com um tiro na axila, segundo informações da Polícia Militar.

O assassinato ocorreu após uma discussão entre os torcedores que seguiam em um ônibus para o jogo entre o Vasco e a Desportiva e um grupo de 15 jovens, cujo rumo era a praia de Jacaraípe. Na altura do hospital, na BR 101, teve início o conflito. Jean era flamenguista, mas não vestia a camisa do time quando foi baleado, segundo um tio, que preferiu não se identificar.

Não há consenso sobre o motivo da briga. Para algumas testemunhas a discussão teria iniciado após os torcedores terem jogado rojões contra os jovens, que revidaram com pedras arremessadas contra o ônibus. Para outros, o conflito teria sido iniciado pelos jovens que seguiam para a praia. Um deles era Jean.

Logo atrás do ônibus seguia um Fiesta Preto, com outros torcedores do Vasco. Com a briga, o ônibus e o carro pararam em frente ao hospital. Em meio à confusão, vários tiros foram disparados. Um deles teria partido de um dos ocupantes do carro e atingiu Jean, segundo versão da polícia, na axila. Ele foi socorrido por populares até o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Logo após o crime, a polícia foi à caça dos veículos que transportavam os torcedores, mas nenhuma pista foi encontrada. A vítima residia em Minas Gerais, onde treinava em um time do interior daquele estado. Ele passava férias na casa dos pais em Jardim Limoeiro, na Serra, e se preparava para fazer um teste para jogar no Santos, em São Paulo.

Segundo o tio de Jean, os jovens só queriam curtir um dia de praia. "Sou vascaíno e fico com vergonha de saber que torcedores do meu time mataram meu sobrinho", desabafou.

Carreira no futebol

Olheiro. No Espírito Santo, Jean não não jogava profissionalmente, mas quando brincava com amigos, foi descoberto por um olheiro que fez a proposta de desenvolver o talento do menino em outro estado

Minas Gerais. Com 17 anos de idade, Jean da Cunha, trilhava um caminho nos campos do futebol mineiro. Há dois anos ele treinava em um time o interior de Minas, onde residia e se preparava para ir a São Paulo onde faria um teste no Santos

Flamengo. Desde muito criança, o jovem Jean da Cunha se tornou torcedor do Flamengo e sonhava poder jogar futebol defendendo a camisa do clube carioca.

Polícia acredita que jovens tenham feito provocação

Os motivos que fizeram os torcedores do Vasco da Gama descerem dos veículos e atirarem nos jovens ainda são um mistério.

Ontem a tarde, vários policiais foram enviados às ruas em busca do ônibus e do Fiesta preto que transportavam o provável assassino de Jean da Cunha, 17 anos.

Para o responsável pelas primeiras investigações, o delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Edson Lopes Júnior, dificilmente um crime como esse acontece sem uma motivação. "O início das investigações tem como base os depoimentos e, até então, afirmam que o ônibus parou sem motivo aparente. Porém, a polícia acredita que as vítimas tenham feito alguma ofensa, o que não justifica o ato criminoso", diz.

Acredita-se, baseado em informações de testemunhas, que o ônibus era de uma empresa do próprio município, mas o carro de onde teria partido o tiro não foi identificado.

A polícia pretende fazer um levantamento das blitze realizadas na tarde de ontem para ver se consegue encontrar alguma pista dos veículos envolvidos. A DHPP vai encaminhar a investigação para a delegacia de homicídios de Serra.

Violência

"Não entendo por que essa violência ainda acontece. Meu filho não dava nenhum trabalho, só orgulho. Como morava na concentração do time, no interior de Minas Gerais, a gente só se via nas férias, como agora. Foi uma briga onde algum covarde tinha uma arma. Aqui nas minhas mãos está o resto da bala que matou meu filho e não posso fazer mais nada. Não sei porque isso aconteceu, e nem se ele fez alguma coisa, só sei que no meio disso tudo quem perdeu fui eu"

Nestor da Cunha
Pai da vítima

"Eles haviam saído para a praia. Quando atravessavam a pista para ir para o ponto, veio o ônibus da torcida do Vasco. Eles começaram a jogar rojões contra o grupo no ponto, que revidou com pedras. Aí alguém no ônibus atirou, mas não acertou. Depois, quem estava no Fiesta logo atrás também atirou e acertou o rapaz"

Y.
Testemunha

"Nunca imaginei esse fim para meu meu sobrinho. Sou pai e não imagino essa dor. Torço para o Vasco, mas não levo tão a sério como esse tipo de gente. Eles são torcedores bandidos. Tendo provocação ou não, nada justifica matar um jovem como se ele fosse um cachorro. Ele que tinha a vida inteira pela frente e uma brilhante carreira no futebol"

X.
Tio da vítima

Fonte: Gazeta Online

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