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NETVASCO - 12/01/2009 - SEG - 02:55 - Entenda como funciona o fundo que está ajudando o Vasco a se reforçar Quando disse que, no início de 2009, o Vasco precisaria "respirar com o ar dos outros" e recorrer a parcerias, o presidente Roberto Dinamite se referia à dificuldade financeira de um clube que precisava tanto contratar que se tornou o recordista no Rio, com 16 reforços — o zagueiro Leonardo assina hoje. O clube privilegiou jogadores livres no mercado e ampliou a área de atuação do fundo de investidores liderado pelo empresário Carlos Leite. Além do apoio financeiro, ele participou do recrutamento e de negociações no mercado.
De início, o empresário foi usado para suprir a falta de experiência do clube no mercado de atletas. Mais à frente, será sócio, caso o Vasco não consiga pagar o direito econômico dos jogadores.
— Ele apresentou propostas, algumas relacionadas a interesses dele e outras não. E nos deu caminhos no mercado para chegar a nomes que interessavam. À frente, poderá nos permitir ter jogadores comprados, investir em jovens — diz o vice de futebol José Hamilton Mandarino.
— Se o Vasco, no decorrer do ano, não precisar de recursos, nosso retorno em vários casos será zero. Não viemos ganhar dinheiro agora, mas participar da reconstrução. Sou vascaíno — afirma Carlos Leite.
Dos reforços, o fundo de investimento tem, por enquanto, participação nos direitos do lateral Fágner e do meia Enrico, que estavam presos ao PSV, da Holanda, e ao Üjugarden, da Suécia, respectivamente. Os empresários indicaram os jogadores, compraram os direitos e colocaram os jogadores no Vasco em troca de percentuais em futuras vendas. Há outros casos. O meia Jéferson e o zagueiro Gian fizeram contratos de três anos. 0 Vasco ficou com 60% dos direitos, com pagamento em parcelas. Se não puder quitá-las, os investidores o farão e passarão a ter participação.
— Atuaríamos num segundo momento, se o clube precisar — diz Carlos Leite, lembrando que o fundo não ajuda a pagar salários.
O lateral Fernandinho — agora Fernando Galhardo — e o volante Nílton foram cedidos por um ano. O Vasco pode estender os contratos e, se não puder pagar, terá ajuda dos investidores, que se tornarão sócios. Caso do lateral Paulo Sérgio, que fez contrato de três anos. O Vasco ficou dono de um percentual e tem prazos para pagar as parcelas, podendo usar recursos do fundo. Já os paraguaios Pedro Vera e Milton Benítez, emprestados até dezembro, serão avaliados e o Vasco pode decidir liberá-los no meio do ano ou mantê-los, com ou sem ajuda do fundo. 0 zagueiro Titi e o lateral Ramon ficam só por um ano.
Dos reforços, Leite só é agente de Léo Lima e Carlos Alberto. Sem custo, o Vasco ficou com 30% de uma eventual venda de Léo Lima. A aposta das duas partes é voltar a valorizá-lo. Já Carlos Alberto foi cedido peto Werder Bremen, que pagará grande parte do salário. Ao contrário do usual, a parceria não obriga o clube a vender um jogador em caso de propostas.
— Há gente que precisa ganhar dinheiro e o Vasco saberá entender. Mas a palavra final é do clube. Não prejudicaríamos o Vasco — diz Leite.
— Usamos poucos recursos para montar o time — festeja Mandarino.
Fonte: O Globo
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