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NETVASCO - 11/01/2009 - DOM - 13:57 - Conheça Ivan Izzo, o braço direito de Dorival Júnior

Os dois já jogaram juntos por muito tempo, e agora formam uma parceria que tem como principal objetivo recolocar o Vasco no caminho das vitórias e na Série A do Campeonato Brasileiro em 2010. Escolhido para ser o comandante do time da Colina nesta temporada, Dorival Júnior não trabalha sozinho, muito pelo contrário, gosta de ouvir opiniões. E uma das pessoas que ele costuma escutar é o seu auxiliar Ivan Izzo, também ex-jogador e que atuou como goleiro até encerrar a carreira em 2004.

A partir daí, os dois iniciaram uma trajetória de muito trabalho e sucesso. Dorival e Ivan cumpriram todos os objetivos traçados pelos clubes onde trabalharam. Em 2004, no primeiro ano juntos, eles venceram o campeonato catarinense com o Figueirense. No ano seguinte, a conquista foi no cearense, comandando o Fortaleza. Em 2006, a dupla levantou o caneco no pernambucano, pelo Sport. E dois anos depois, o sucesso veio no Coritiba, quando ficaram com a taça do Estadual.

E não foram apenas esses os triunfos de Dorival e Ivan. No comando do São Caetano, em 2007, o combinado com os dirigentes era ficar entre os quatro primeiros colocados do Paulistão. O time do ABC paulista não só eliminou o São Paulo, como encerrou a competição com o vice-campeonato. No mesmo ano, um novo desafio, desta vez no Brasileirão. O objetivo no Cruzeiro era chegar à Libertadores, e a dupla não fez feito. Mais uma vez, a missão foi cumprida.

Em um bate-papo com o GLOBOESPORTE.COM, Ivan, que costuma chamar Dorival de Júnior, falou da motivação de trabalhar no Rio de Janeiro, de como iniciou a sua parceria com o treinador e da formação do elenco vascaíno para a temporada 2009.

O que você está achando dessa experiência de trabalhar no Rio de Janeiro, e dos primeiros dias de trabalho no Vasco?

Ficamos impressionados com tudo o que temos observado nesses dias, desde a chegada em São Januário, com a estrutura do clube, do pessoal que trabalha no clube, o ambiente doVasco. É um sentimento, com tudo o que aconteceu no passado, de fazer com que o Vasco volte a ser forte, volte a ser um time vencedor. A maioria dos jogadores a gente conhecia de ver jogando, mas esse convívio é muito bacana. A gente vê que é um grupo que está se entregando forte nos treinamentos. É um time que tem tudo para dar uma resposta positiva. Todo início de trabalho é complicado, vamos passar por momentos difíceis, não tem como. O início sempre tende a ser complicado até formarmos uma estrutura. Estamos felizes de estar no Rio de Janeiro, principalmente porque eu nunca tive a chance de jogar no Rio ou de trabalhar aqui.

Você e o Dorival chegaram a jogar juntos no Palmeiras. Como era o convívio de vocês e como começou essa parceria?

Jogamos juntos em 89, já são 20 anos. Convivemos durante cinco anos no Palmeiras. Depois cada um foi para o seu lado. O Júnior foi para o Grêmio, e eu para o Paraná. O futebol acaba distanciando as pessoas, mas por curiosidade, a gente sempre acabou se reencontrando em vários momentos, mas sempre se afastando de novo. Nunca imaginei que um dia fosse acontecer o que aconteceu. Nos reencontramos em 2001, no Santo André, em São Paulo. O Dorival era o auxiliar do Luiz Carlos Ferreira. Em 2002, ele foi como auxiliar do Muricy Ramalho para o Figueirense. Nessa época, eu ainda jogava, e o time precisava de um goleiro. O Júnior me indicou, e o Muricy aceitou. No ano seguinte, ele foi efetivado como treinador e eu ainda atuava. Em 2004, ele me convidou para encerrar a carreira e ser o auxiliar dele. Eu aceitei e foi a melhor decisão que eu poderia tomar na minha carreira.

É um casamento que deu certo?

O Júnior é um cara fantástico. Quem convive com ele sabe disso. Ele é uma pessoa muito fácil de lidar. Eu tenho um temperamento diferente do dele, e isso faz com que as coisas se casem. Ele é um cara aberto, a gente tem facilidade de acesso, mas é óbvio que a última decisão é sempre dele. Sem dúvida nenhuma, o motivo do sucesso e dos objetivos alcançados até agora na nossa situação é o comandante, a referência, que é o Dorival.

Como foi a montagem do elenco do Vasco? Realmente os jogadores foram escolhidos após alguns estudos minuciosos?

A gente tem obrigação de acompanhar tudo o que acontece no mundo do futebol. Tendo possibilidade e disponibilidade de tempo, a gente sempre assiste aos jogos e conversa sobre os jogadores que a gente viu, adversários nossos. A gente faz um mapeamento e dentro disso, como foi no Coritiba, formamos o grupo. Dentro daquela lista que você mapeou durante o ano, e dentro da necessidade do clube, você vai contratando. Claro que nem sempre as primeiras opções de contratação você consegue. Aqui, o grupo está praticamente formado, com algumas situações de carência, mas dentro do trabalho a gente vai fazer aquilo que o Júnior pensa e quer seguir.

Você tem alguma ligação com o Vasco ou alguma situação que tenha vivido com o clube carioca em sua carreira?

Meus pais são palmeirenses, tive a felicidade de começar no Palmeiras. E o torcedor do Vasco sempre teve uma proximidade com o torcedor palmeirense. Antes de jogar futebol, eu fazia parte da torcida organizada do Palmeiras, e eu sempre ia aos jogos. É um clube, que pela minha formação de torcedor, sempre foi visto com muito carinho. E tudo na vida acontece por algum motivo. Estamos no Rio, no Vasco, e vamos trabalhar para caramba para ter sucesso e conseguir fazer um Vasco forte de novo.


Dorival Junior, Ivan Izzo e o supervisor Daniel Freitas em um dos treinos em Vila Velha


Fonte: GloboEsporte.com

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