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NETVASCO - 11/12/2008 - QUI - 10:10 - Dorival Júnior fala como a 2ª divisão deve ser encarada pelo Vasco

O currículo é mais do que recomendável. Em cinco anos como treinador, Dorival Silvestre Júnior foi campeão estadual pelo Figueirense em 2004, pelo Fortaleza em 2005, pelo Sport em 2006, vice pelo São Caetano em 2007 e campeão pelo Coritiba este ano. No fim de 2008, surge a oportunidade que esperava: trabalhar num clube do Rio. E da expressão do Vasco. Moderado, na verdade, falando como novo treinador vascaíno, mas sempre lembrando que falava no condicional, já que ainda não há nada acertado (fez questão de avisar que tem outros dois clubes interessados nele), Dorival, ou Dori, ou Júnior, como prefere ser chamado, está feliz pela chance de poder mostrar serviço no Vasco:

— Já fui procurado, estou à disposição aguardando. Sempre quis trabalhar no Rio. Não fui como jogador, pode ser que seja agora...

Curtindo os escassos dias de férias em Florianópolis, onde mora, por telefone Dorival Júnior explica que deve deixar o conforto de casa hoje, para definir sua vida. Com a experiência de dirigir times sem grandes estrelas, ele sabe que sua trajetória inicial em São Januário pode ser tortuosa. Por mais que o Vasco concentre suas atenções e forças na fuga da Segunda Divisão em 2009, antes dessa jornada há o Campeonato Carioca. E a rivalidade regional exige vitórias e vitórias.

— O principal é o clube se reequilibrar. Rebaixamento provoca questionamentos em todos os segmentos. É preciso refazer o time reconquistar a confiança da torcida. Não vou chegar dizendo que vamos ganhar, vamos conquistar. O momento é de falar pouco e trabalhar. E o trabalho é moroso, o desgaste é muito grande. Vamos buscar sempre os resultados positivos. Mas não podemos começar pensando em títulos, não podemos atropelar os objetivos — afirmou, mostrando convicção em seu esboço de planejamento.

Profissional de diálogo, ele está satisfeito com a exposição que ganhou com o bom trabalho no Coritiba. Com franqueza, reclama da feroz competitividade que existe no futebol. Em alguns casos, segundo ele, uma situação incentivada pela mídia, que poderia fazer um trabalho de conscientização de massa, facilitando a vida dos astros da bola.

— Está demais, vai chegar um dia em que ninguém vai prestar no futebol porque a cada derrota você é posto em xeque. Buscar resultados em médio e longo prazos é utopia. Se não tiver resultados, não adianta. A mídia poderia fazer uma conscientização maior, tentar modificar essa cultura... — acredita Dorival.

No contato com os jogadores, Dorival não se define como treinador de linha moderada, nem disciplinador. Aos 46 anos, com os títulos que conquistou em tão pouco tempo de função, ele acredita que encontrou o equilíbrio ideal para comandar:

— Em cinco anos, tenho tido bons resultados, não é? Eu não acredito nessa história de paizão, companheiro, amigão. Isso não existe. Também não me julgo disciplinador. Acho que o ideal é o equilíbrio, tudo com responsabilidade e dedicação.

Para tocar o projeto de reerguer o Vasco, a diretoria agora oficialmente conta com o apoio da Eletrobrás. A parceria com a empresa holding do setor elétrico foi formalizada ontem pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. A Eletrobrás vai pagar ao Vasco, num contrato de quatro anos, R$ 14 milhões por ano — R$ 12,5 milhões para o futebol. O contrato compensa de alguma forma a redução de 50% nas cotas de televisão que o clube terá para 2009.

De acordo com o presidente do Clube dos Treze, Fábio Koff, de R$ 30 milhões de direitos de transmissão, o clube terá direito à metade. Todos os clubes assinaram acordo no sentido de que o clube que caísse neste ano teria a redução na verba de transmissão em 2009. Para encontrar formas de conseguir verbas para suprir R$ 15 milhões, evitando esse buraco no orçamento do ano que vem, a estratégia do Vasco é tentar usar o mesmo projeto que permitiu ao Corinthians ao longo de 2008.

— Já tivemos uma reunião no Clube dos Treze hoje (ontem) e vamos voltar ao assunto na reunião ordinária de segunda-feira, em São Paulo — explicou José Hamilton Mandarino, vice de finanças. — O Corinthians conseguiu compensar a perda do percentual da cota com negociações paralelas.

Na verdade, o Corinthians conseguiu mostrar que viabilizou a Segunda Divisão, que em 2009 será viabilizada pelo Vasco. Vamos tentar uma valorização da participação do clube na Série B para que nossa situação não seja abalada pela redução na cota de transmissão.

Para o Clube dos Treze, a estratégia do Vasco é viável e tem tudo para dar certo, como a do Corinthians.

— O Vasco continuará participando normalmente das nossas reuniões e contará com o nosso apoio, mas perderá 50% da receita da TV. A direção precisa ter criatividade para minimizar esse prejuízo financeiro. O Corinthians serve de exemplo. Contou com a força dos torcedores e ainda criou condições de visibilidade na Série B. Pôde até se dar ao luxo de recusar a transmissão em alguns jogos — afirmou Fábio Koff.

Fonte: O Globo

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