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NETVASCO - 08/12/2008 - SEG - 06:18 - Renato Gaúcho orientou filha a não ir a SJ para fugir de confusões

Os mais religiosos acreditam que a fé remove montanha. Renato Gaúcho, sem dúvidas, é um deles. Mantém em casa quase um santuário, de onde tira forças nas adversidades. A filha Carolina Portaluppi, de 14 anos, segue seus passos. Ontem, ela apelou, literalmente, para todos os santos para não ver o time do pai rebaixado. Mas o Vasco não só caiu como a diretoria também já procura substitutos para Renato.

– Meu pai me ligou quando o time saía da concentração. Perguntou se eu tinha rezado e pediu para usar roupas claras – disse Carol, vestindo o branco da camisa cruzmaltina e segurando um rosário durante os 90 minutos.

Em seu último ato, Renato também vestia camisa branca. Por baixo, conta a filha, medalhas, terço e escapulário. Na mochila, a Bíblia. Carol sentou-se à frente de santinhos e estátuas – herança do pai – e tentou se acalmar. Queria ter ido a São Januário, mas foi convencida pelo técnico a fugir de confusão.

Técnico sofre segunda queda

No sábado, almoçaram juntos num restaurante da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Carol ganhou uma orquídea branca – segundo os místicos, a flor que irradia energias positivas. Viu um pai nervoso.

Nervosa ela também ficou quando a bola rolou. A cada chance perdida do Vasco, lamentação. O aviso de gol dos outros jogos causava suspense. Mas quase nenhum beneficiava o Vasco. Até que Leandro Domingues fez 1 a 0. Carol apenas gritou "não". E silenciou-se.

Os gols do Atlético-PR contra o Flamengo ajudavam a frustrar o clima, já que além da amiga vascaína Juliana, de 8 anos, havia dois rubro-negros no ambiente: Lucas, de 17, e outra Juliana, de 16. Resumindo: enquanto um caía, outro perdia vaga na Libertadores.

No segundo gol, mais silêncio. Era a segunda vez que Renato sentia o gosto amargo do rebaixamento diante do Vitória. Em 1996, quando dirigia interinamente o Fluminense, o tricolor caiu após derrotar o rubro-negro baiano na última rodada e ver o Flamengo perder para o Bahia. Carol só tinha 2 anos, não tem registros dessa época. Com voz de choro, ela lamentou não estar ao lado de Renato quando o jogo terminou.

– Sei que ele vai sofrer muito. Queria muito que ele não passasse por isso – disse Carol, que já apostava na saída do pai do clube antes mesmo do apito final.

Renato, resignado, pediu desculpas à torcida.

– Os vascaínos não merecem passar por isso. Peço desculpas a eles. Fiz o meu melhor, trabalhei para ver este clube no lugar onde ele merece, mas não consegui – comentou o treinador. – Meu contrato com o Vasco era até este domingo. Gosto de trabalhar e me dedico. Se um dia eu assumir novamente, tem que ser do jeito que eu quero.

Fonte: Jornal do Brasil

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