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NETVASCO - 07/12/2008 - DOM - 19:59 - Tensão marcou jogo que definiu o rebaixamento do Vasco

Quando o Vitória marcou o seu segundo gol e confirmou o rebaixamento do Vasco, a tensão que estava presente em São Januário transformou-se, para muitos, em protesto e violência. Para outros, no entanto, o importante era mostrar o orgulho e vontade de apoiar o clube de coração, agora na Série B.

Nas sociais, muitos se voltaram na direção de Roberto Dinamite com xingamentos e palavras de ordem, sendo interpelados por outros torcedores que apoiavam o presidente. A correria também tomou conta da arquibancada, quando a Polícia Militar interveio para conter focos de conflito, provocando muita correria.

A tensão esteve presente durante todo o tempo. Muito empolgada antes de a bola rolar, a torcida cruzmaltina não evitou o nervosismo durante o jogo. Os gritos de incentivo na maioria das vezes deram lugar aos protestos a cada lance desfavorável.

Até mesmo no intervalo o clima não foi de tranqüilidade. Um torcedor que estava nas cadeiras sociais se virou para Luiz Américo, vice jurídico, lembrando que seu escritório de advocacia, contratado pelo Vasco, recebeu três parcelas de R$ 55 mil para a prestação de serviços, o que seria contra o estatuto do clube, segundo a oposição à atual diretoria. A segurança foi acionada e fez com que o torcedor parasse. Mas criou-se um ambiente hostil. Ao mesmo tempo em que muitos gritavam o nome de Roberto Dinamite, ouvia-se algumas vaias daqueles que lembravam o ex-presidente Eurico Miranda.

Com a situação contornada nas tribunas, a tensão voltou-se para o que acontecia em campo. No início do segundo tempo, a torcida voltou a gritar muito para incentivar os jogadores. Mas a sucessão de gols perdidos transformou o comportamento da arquibancada, passando a prevalecer os protestos.

Além disso, enquanto prestavam atenção no gramado, os vascaínos mostravam-se atentos aos rádios, já que a equipe dependia de outros resultados para manter-se na Primeira Divisão. O placar eletrônico de São Januário mostrava apenas os placares que favoreciam ao Vasco. Por exemplo, foi informado o gol do Internacional sobre o Figueirense, mas não a virada da equipe catarinense.

A partir dos 25 minutos, alguns torcedores começaram a deixar o estádio. E a debandada foi grande quando o Vitória marcou o seu segundo gol, aos 30. Nesse momento, a tensão se instalou novamente. Muitos gritavam xingavam Roberto Dinamite e eram interpelados por torcedores que o apoiavam. Em pouco tempo surgiram os gritos contra o presidente vindo da arquibancada, e o placar eletrônico exibia os dizeres “Vamos torcer na paz”.

Por incredulidade e amor, a maioria dos torcedores recusou-se a deixar São Januário. Gritos de casaca e o hino do clube foram entoados mesmo depois que os jogadores haviam deixado o campo.

Fonte: GloboEsporte.com

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