Oposição à nova diretoria faz protesto em frente a São Januário

Manifestação se voltou contra alguns dirigentes Cerca de 50 pessoas fizeram neste sábado pela manhã um protesto em frente a entrada principal de São Januário pedindo a saída de dois integrantes da atual diretoria de Roberto Dinamite. A oposição do Vasco quer o desligamento de dois vice-presidentes do clube: Luiz Américo de Paula Chaves (jurídico) e José Henrique Coelho (de marketing). A chuva que caiu na manhã deste sábado no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, atrapalhou um pouco a manifestação.

O protesto foi pacífico. Doze policiais armados se posicionaram em frente a entrada do clube. Os manifestantes levaram faixas e cartazes. Alguns diziam "Demitiram até o Padre Lino?", "Coelho respeite as nossas tradições", "Jogadores contem com o nosso apoio" e "Amor de 55 mil por mês, Luiz Américo?". Em um alto-falante, alguns manifestantes, entre eles membros do conselho do clube, discursavam com a diretoria. Os manifestantes também recolheram assinaturas para entregar um documento protocolado à secretaria do clube.

A bronca dos manifestantes com Luiz Américo aconteceu após a oposição divulgar três notas fiscais no valor de R$ 55 mil cada comprovando o pagamento do valor a empresa em que o vice jurídico é um dos sócios. Pela oposição, isso fere o estatuto do clube já que um integrante da diretoria não poderia ser remunerado. Mas Luiz Américo se defende e diz que ocupa um cargo de confiança e que ele renunciou o cargo no Conselho. Já o protesto contra José Henrique Coelho é devido a divulgação de imagens do novo uniforme do Vasco, que faz modificações na tradicional camisa do clube. Mas a diretoria já anunciou que vai manter as camisas 1 e 2 e que o time terá cinco opções de uniformes em 2009.

Fonte: GloboEsporte.com

Detalhes da manifestação

Neste sábado entre 11:00hs. e 12:30hs. houve um manifesto realizado em frente a entrada principal das sociais do estádio de São Januário.

O evento foi filmado.

Um carro de som circulou nas ruas próximas de São Januário entre 10:00hs e 11:00hs., tocando o nosso hino.

A manifestação teve por objetivo exigir a saída imediata do Vice-Presidente de marketing do clube, José Henrique Coelho e do Vice-Presidente jurídico, Luiz Américo de Paula Chaves, além é claro, como não poderia deixar de ser, de hipotecar irrestrito apoio ao time de futebol e comissão técnica, na luta para manter o Vasco no lugar que merece estar e frequenta há 86 anos. a primeira divisão.

Uma faixa com apoio aos jogadores foi estendida em frente ao carro de som, assim que chegamos ao local, por entendermos que eles representarão 86 anos da história do clube em 180 minutos, nos próximos oito dias e que, com o apoio de todos os vascaínos, obterão êxito e entrarão para a história do clube como símbolos de superação e vitória.

Sob o aspecto pontual, entretanto, não poderíamos deixar passar em brancas nuvens a trovoada de absurdos cometidos contra a instituição nos últimos nove dias.

Os fatos já aqui narrados durante toda a semana, se obscurecidos, poderiam ensejar novos movimentos irresponsáveis dos gestores do clube.

A paciência diante de tantas atrocidades chegou ao fim com os últimos episódios e nos levou a ter que tomar alguma atitude na qualidade de Torcedor, Sócio, Conselheiro, Benemérito ou Grande Benemérito do clube.

Numa manifestação pacífica e criteriosa, houve a participação de 80 pessoas, aproximadamente. O número exato será apresentado a posteriori a partir da comparação de assinatura das listas.

Cronologia:

A reunião começou com a apresentação de Jarbas Filho, que, num discurso inicial, ressaltou o apoio irrestrito dos manifestantes ao time de futebol e comissão técnica neste momento, além de lembrar que o manifesto seria pacífico, contando com a civilidade dos participantes e o apoio logístico de todo o grupo ali presente.

O primeiro a ser chamado a falar, foi o Grande Benemérito Jaime Loureiro Batista, membro do Conselho Fiscal que em seu discurso foi enfático e objetivo nas questões voltadas para este tema e que serão aqui esmiuçadas em breve.

Logo após, veio ao microfone para falar do sentimento do torcedor vascaíno, ante o momento difícil que vive o clube, o Grande Benemérito Amancio Cezar, que, com precisão cirúrgica resumiu o que os vascaínos sentem nos dias de hoje, diante do que estamos vendo.

Em seguida, o apresentador chamou o Sócio Luiz Cosenza para que falasse mais especificamente sobre as atitudes tomadas pelo vice-presidente de marketing do clube. Após o relato dos fatos ocorridos o orador demonstrou toda a sua indignação com o que vinha sendo feito neste departamento, o que ensejou gritos e cânticos do público próximo, dos quais o mais escutado era “Fora Coelho”.

Logo após, foi a vez de ser convocado a falar o Sócio Claudio Bordallo que, como advogado, tocou ponto por ponto, usando inclusive a leitura de artigos de nosso estatuto, de tudo aquilo que vem ocorrendo no setor jurídico do clube, focando principalmente no desrespeito proporcionado pelo ainda atual vice-presidente jurídico, no que tange aos preceitos estatutários do Club de Regatas Vasco da Gama.

Posteriormente foi chamado a falar o Benemérito Denis Antonio Carrega Dias, que, como advogado, defendeu o Club de Regatas Vasco da Gama por dez anos com amor e profissionalismo, sem exigir honorários e, nem por isso, deixar de dedicar-se às causas referentes ao clube. O Benemérito foi contundente e incisivo, deixando a todos que ali estavam, um sentimento de revolta em relação à atitude do atual vice-presidente jurídico. Após o discurso, o público, a partir das explanações claras e objetivas, preferiu um dizer mais simples, gritando em uníssono para Luiz Américo de Paula Chaves: Ih!Fora!

Um pouco antes do discurso seguinte, o apresentador Jarbas Filho, lembrou do absurdo que foi a saída do Padre Lino do clube, nossa capelão por 15 anos e querido por todos os católicos e não católicos do Vasco.

Continuando o manifesto, o apresentador convidou o Benemérito Egas Manoel dos Santos Fonseca para explanar a respeito do tratamento dado à área médica no atual Vasco. Fez um discurso rápido e objetivo, falando de sua passagem e da situação estrutural que o clube possuía até o meio deste ano.

Por fim, foi convidado o Conselheiro Sérgio Frias que, em seu pronunciamento, focou os fatos ocorridos nos últimos nove dias e que trouxeram revolta e estarrecimento a toda a comunidade vascaína. Por fim reiterou o sentimento de todos ali de irrestrito apoio ao time do Vasco na reta final do Campeonato Brasileiro, dizendo que ainda acreditava numa virada, apesar de seus gestores.

Foi chamado, novamente, então, o Grande Benemérito Amancio Cezar, que convocou os presentes a gritar o nome de todos os jogadores do Vasco, um por um, sem esquecer, inclusive, o do técnico Renato Gaúcho. Ao final puxou o grito de Casaca em homenagem aos atletas, no que foi seguido por todos os que se encontravam nos arredores da região.

Diante de uma denúncia trazida de dentro do próprio clube e que, esperamos, não passe de boato, foi dito terem sido dadas férias coletivas a um enorme número de funcionários, que, entretanto, não estariam recebendo(no gerúndio) o décimo terceiro salário, o que pensamos todos, não deva ser verdade, já que tal ato configuraria um desrespeito aos funcionários do clube.

Finalizando, foi ratificado que era importante a assinatura das duas listas apresentadas, a de presença na ocasião, além dos agradecimentos à polícia militar que uma vez notificada do manifesto, compareceu, ajudando para que todos os cidadãos envolvidos na reunião estivessem seguros para exercerem seus direitos civis e, no caso, de explícito vascainismo.

Como última ação, foi puxado mais uma vez o nosso grito tradicional. Ouviu-se um Casaca emocionado por parte de todos que ali estavam, o que finalizou o manifesto.

A lista do manifesto será entregue na Secretaria do clube, numa próxima oportunidade. Nela constam mais de 60 nomes, a maioria sócios do clube.

Esperamos providências do presidente Carlos Roberto de Oliveira, a respeito da exigência feita, uma vez que sua omissão ensejaria ao sócio vascaíno pensar numa conivência do mesmo, em relação aos estarrecedores fatos relatados, que indignaram os vascaínos.

Fonte: Casaca

Texto do manifesto

Ao Ilmo Sr Presidente da Diretoria Administrativa
do Club de Regatas Vasco da Gama

M A N I F E S T O

Rio de Janeiro, 29 de novembro de 2008,

O coração dos vascaínos está sangrando. Natural, depois de tantas punhaladas que levaram daqueles que deveriam ser os maiores guardiões do clube: nossa diretoria.

Ultrajes às nossas tradições, escárnio com nossos sentimentos, negligência com os interesses do clube, alianças descabidas, desrespeito a beneméritos, sócios, funcionários e parceiros. Tudo isso que estamos vendo acontecer no Vasco desde o início de julho deste ano está se refletindo na posição da equipe de futebol no campeonato nacional.

Foram tantos os ataques, que precisávamos nos manifestar. Esta é a razão de estarmos aqui hoje: manifestar nossa indignação e insatisfação com o que estão fazendo com o Vasco, objeto de nossa paixão e de nosso amor puro e legítimo.

Nos opomos a todos os que ofendem, atacam e denigrem a instituição e dois dos principais artífices e protagonistas de inúmeras das atrocidades citadas ocupam hoje as Vice Presidências de Marketing e Jurídica.

Não há mais condições de tolerarmos na diretoria administrativa do clube, José Henrique Coelho e Luiz Américo de Paula Chaves.

Viemos então, por meio deste, EXIGIR do presidente da diretoria administrativa a destituição imediata dos supracitados senhores de seus respectivos cargos e seu afastamento total de qualquer função de ordem administrativa no clube.

A recusa em atender a estas exigências nos fará entender que o presidente Carlos Roberto de Oliveira apóia e compactua com todos os desmandos e ultrajes perpetrados por estes indivíduos contra o CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA. E tal conivência não poderá jamais ser perdoada por nós, sócios e torcedores apaixonados por esta instituição centenária.

Certo de que nossa demanda será prontamente atendida, subscrevemo-nos,

Cruzada Vascaína preferiu não participar do protesto

A Cruzada Vascaína, nova facção política do clube, explicou a sua não-participação no protesto por meio de uma nota. Confira:

Nota Oficial - Manifestação contra a atual administração de 29/11/2008

Gostaria de informar, por meio desta, que concordamos com a indignação dos grupos que organizaram a manifestação que ocorreu hoje de manhã em São Januário contra a atual administração devido às barbáries que essa administração tem cometido contra o clube, principalmente em relação à figura dos Srs. Luiz Américo de Paula Chaves e José Henrique Coelho. Ambos, que até agora foram protagonistas de uma dezena de atos estapafúrdios, nos brindaram nos últimos dias com o anuncio de uma camisa totalmente fora das tradições do clube e com a revelação da remuneração de um vice-presidente, contrariando o estatuto do clube e as normas éticas. Posto isso, penso que os poderes do Clube deveriam destituir imediatamente esses dois dirigentes.

No entanto, acreditamos que agora, véspera de um momento decisivo para o futebol do clube, não era o momento oportuno para esse tipo de protesto. Dessa forma, optamos pena não participação da Cruzada nessa manifestação que ocorreu hoje.

A hora dos protestos da Cruzada chegará. Após o término do campeonato, nossos grande-beneméritos, beneméritos, conselheiros e sócios farão todos os questionamentos e interpelações que julgarmos relevantes dentro do clube. Caso não seja dada a importância devida a eles, partiremos para ações externas contra a falta de capacidade, negligência e atos vergonhosos da atual administração que enganou o universo de vascaínos que deram voto de confiança para que eles administrassem o nosso amado VASCO.

Finalizo com 2 votos de confiança:

Jogadores e Comissão Técnica, só vocês podem nos tirar dessa. Por favor, esqueçam qualquer desavença que possa haver dentro do grupo e pensem nos milhões de torcedores que tem apoiado o time e dado um show, dentro e fora dos estádios. Confiamos no caráter de vocês e temos certeza de que vocês ainda podem nos tirar dessa triste situação.

Vascaínos, direcionem suas forças para transmitir uma energia positiva aos nossos jogadores. Precisamos focar na missão anti-rebaixamento.

Saudações Vascaínas,

Leonardo Gonçalves
Presidente
Cruzada Vascaína