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NETVASCO - 28/11/2008 - SEX - 18:28 - Renato Gaúcho: 'Tudo que eu poderia fazer pelo clube, eu fiz' O Vasco está na 18ª posição do Campeonato Brasileiro, com 37 pontos, na zona de rebaixamento da competição, a três pontos do Náutico, 16º e primeira equipe fora da zona.
O técnico Renato Gaúcho fala sobre o Gigante da Colina, que voltará a campo contra o Coritiba, no próximo domingo (30/11), às 17h, no Estádio Couto Pereira, em Curitiba, e encerrará a sua participação no Brasileiro contra o Vitória, no outro domingo (07/12), às 17h, em São Januário.
FINAL DA LIBERTADORES PELO FLUMINENSE X REBAIXAMENTO
"Eu quase não convivi com uma situação dessa. Toda vez que tinha uma decisão, era uma decisão para um título. Sempre o ambiente fica bem mais alegre, solto e tranqüilo no momento em que você vai para uma decisão brigando pelo título, do que você viver momentos terríveis, esse tipo de momento que a gente está vivendo. Quem está de fora, pode ter certeza que não sofre nem um terço do que a gente está sofrendo aqui dentro. Aqui o ambiente fica até certo ponto um pouco pesado, pela parte psicológica, pela cobrança, pelo que pode acontecer. É nesse sentido que tenho trabalhado bastante a cabeça dos jogadores. Às vezes é a pressão muito grande. Às vezes, uma jogada normal ou um gol feito, praticamente você acaba errando porque a tua cabeça não está ali. Isso tudo dificulta. É por isso que eu falo que no momento em que você está alegre, livre, leve e solto no seu trabalho, você rende muito mais. No momento em que você está trabalhando sob pressão, é difícil. A gente quase não dorme. É muita preocupação. Eu não vejo a hora em que acabe tudo isso. Eu espero que tenha um final feliz. E já vou falar uma coisa coisa para vocês adiantado. Nunca mais na minha vida eu vou pegar um clube em uma situação dessa, porque só eu sei o que estou passando. Mas continuo acreditando, trabalhando, passando essa motivação para os meus jogadores. Mas é difícil. É muito, muito difícil mesmo, porque realmente o desgaste é muito grande", disse ao repórter Cassiano Carvalho, da Rádio Manchete.
ARREPENDIMENTO
"Não estou arrependido, bem pelo contrário. Na situação desse clube aqui, eu faria a mesma coisa. Estou falando que para o próximo ano, em uma situação dessa, eu não pego mais nenhum clube, porque eu sou um só. É muito sofrimento. Não tenho dormido. Tenho trabalhado, corrido atrás. Não me entreguei um segundo sequer desde que peguei o Vasco nessa situação. Continuo acreditando, continuo firme e forme. A minha consciência está super tranqüila, em todos os sentidos. Tudo que eu poderia fazer pelo clube, eu fiz. Eu espero que a gente tenha um final feliz".
Na sua segunda passagem pelo Vasco, o treinador acumula três vitórias, dois empates e cinco derrotas no Brasileiro, com 14 gols marcados e 20 sofridos - um aproveitamento de um terço dos pontos disputados".
JOGADORES PREPARADOS PARA GRITOS DE 'SEGUNDA DIVISÃO'
"Eu já preparei os meus jogadores. Quem joga em um time grande tem que estar preparado para tudo. Não pode achar que vai entrar em campo, ver a torcida adversário gritando, e vai ser uma surpresa. Um jogador profissional que joga em um grande clube tem que estar com a cabeça pronta, estar pronto para qualquer coisa. O torcedor não entra em campo. Ele ajuda, mas não entra em campo. Em campo vão ter 11 adversários e eu vou entrar com 11 jogadores também. O duelo vai ser 11 contra 11. Ninguém vai se meter nesse duelo. O torcedor pode gritar, espernear, vibrar, vaiar, aplaudir. Você falou que o torcedor pode gritar algumas coisas. Ele pode gritar também a nosso favor, até porque o maior rival deles é o Atlético Paranaense. De repente a gente tem a torcida do Coritiba também a nosso favor. Você acha que se tivesse um jogo, por exemplo aqui no Vasco... Vamos inverter a situação. Se o Vasco perdesse o jogo para o Coritiba, e um Botafogo, Flamengo ou Fluminense fosse rebaixado - o Flamengo, por exemplo -, você acha que a torcida do Vasco ia apoiar a equipe do Vasco, ia apoiar a equipe do Coritiba, ou ia ficar neutra? A questão é essa".
TORCIDA DO CORITIBA APOIAR O VASCO
"Acho que é difícil você fazer um pedido desse. Acho que, acima de tudo, tenho que confiar no meu grupo, como eu confio. O único recado que posso mandar para a torcida do Coritiba é que ela pense bem. O maior rival deles está brigando para não cair também. A torcida do Coritiba deve ter sido sacaneada bastante no passado pelo torcida do Atlético Paranaense, pode ter certeza. Que ela pensa bem. Só isso".
Rebaixado para a Série B em 2005, o Coritiba retornou à primeira divisão em 2008. O Atlético-PR tem 42 pontos e não está matematicamente garantido na Série A em 2009.
Fonte: VascoExpresso
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