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NETVASCO - 07/11/2008 - SEX - 09:49 - Renato Gaúcho fala sobre Jorge Luiz e erros nos jogos anteriores O técnico do Vasco, Renato Gaúcho, fala sobre a fase do zagueiro Jorge Luiz.
"O outro momento é o do Jorge Luiz. É por isso que pedi para a torcida, inclusive, apoiar. O [Mauro] Galvão foi zagueiro. É lógico que nunca foi vaiado. Por isso é que ele foi um talento. Não é porque ele está aqui. Mas no momento em que você entra em campo e é vaiado, tem uma grande chance de errar", disse no programa "Tá na Área", do canal por assinatura SporTV.
O treinador afirma que não fez nenhum pedido para que o jogador não seja vaiado caso falhe novamente.
"Não. Mas ele não vai mais errar. O Jorge Luiz, para as pessoas que conhecem o Jorge Luiz, ele é um grande profissional. É um dos primeiros a chegar e um dos primeiros [últimos] a ir embora, gosta de trabalhar. É o único zagueiro que eu tenho no grupo - rápido".
Renato questiona a baixa repercussão da assistência do atleta para o apoiador Madson marcar o terceiro gol do Gigante da Colina, na vitória por 4 a 2 sobre o Goiás, no Serra Dourada.
"Também. Falei e ninguém comentou. Ele vinha jogando mal - mal entre aspas -, cometendo algumas falhas. No gol do Madson, ele teve a tranqüilidade de um atacante. Dominou, esperou, o Madson passou, ele rolou, e o Madson fez o gol. Aquilo que eu peço para a torcida é para não vaiar, porque no momento delicado que a gente vive, se a torcida começar a pegar no pé do Jorge Luiz ou de qualquer outro jogador, o jogador entra para o campo já com aquela 'Eu não posso errar'. Ele acaba errando. Foi o que aconteceu agora contra o Fluminense. Ele é importante para a gente, porque é um jogador rápido".
O técnico comenta a marcação em Kléber Pereira, artilheiro do Campeonato Brasileiro, na partida contra o Santos, neste sábado (08/11), às 18h30min, em São Januário, pela 34ª rodada da competição.
"Acho que independente do artilheiro, o zagueiro tem que estar ligadíssimo. 'Vai marcar um atacante que tem dois gols no campeonato'. Tem que ficar ligado nele, porque se bobear, o cara vai e faz o gol. Ele não precisa ser o artilheiro. 'Então vou tomar conta dele porque ele é o artilheiro'. E os outros? Realmente, o Vasco tomou muitos gols nesse campeonato. Acho que se não é a pior defesa, está entre as três piores [é a pior, com 64 gols]. Mas fez muitos gols [terceiro melhor ataque, ao lado do Palmeiras, com 51]. Aí você tem que ter o equilíbrio. 'O cara é o artilheiro. Vou tomar conta dele, porque ele é o artilheiro'. Não é assim. O outro, que tem dois gols, tem que tomar conta dele também. Já é difícil fazer gol. Você não pode tomar com facilidade. Não importa que ele esteja lá, o atacante. Você tem que marcar e ter atenção".
O treinador lamenta pontos perdidos na derrota por 4 a 2 para o Figueirense, na Colina Histórica, que culminou com a barração, até do banco de reservas, do goleiro Tiago; no empate por 2 a 2 contra o Sport, na Ilha do Retiro, com o gol de empate do Leão sendo marcado nos descontos; na derrota por 1 a 0 para o Flamengo, gol contra de Jorge Luiz, em lance iniciado com uma falha do volante Jonílson; e no empate por 2 a 2 contra o Atlético-PR, com erros de Jorge Luiz, Jonílson e do goleiro Rafael.
"Se a gente tivesse uma atenção maior... Isso eu cobro deles. Por exemplo, contra o Atlético Paranaense, falhamos nos dois gols. No gol do Flamengo falhamos também. Falhamos nos 47, no gol do Sport. Vai somando isso tudo. Falhamos em três gols do Figueirense. Vai somando isso. Hoje, brincando, brincando, sob o meu comando, poderíamos ter, brincando, mais cinco pontos. Mas é a pressão, a parte psicológica também".
Renato fala sobre as oportunidades criadas pelo Fluminense na vitória por 1 a 0, no último domingo (02/11), no Maracanã.
"Foi um jogo que o Fluminense teve umas duas chances no primeiro tempo. Depois acho que teve uma cabeçada. O Fluminense teve poucas chances. Mesmo com a saída do Fernando, o Odvan entrou bem. Foi um jogo que o adversário teve até poucas oportunidades de gol, em relação aos outros jogos".
O técnico comenta as subidas ao ataque de Jorge Luiz.
"Ele está abandonando muito, mas falei para ele segurar. Ele tem que sair na boa. Pela velocidade dele, teve a hora certa, no espaço, aí sim, puxar a jogada do contra-ataque, como ele puxou lá contra o Goiás. A surpresa. Não pode sair toda hora. Acho que ele pegou o que falei para ele. Tenho conversado com ele sobre isso. Por isso é que eu quero que o torcedor apóie ele, para ele jogar mais tranqüilo".
O treinador fala sobre uma declaração que deu, brincando, de que o zagueiro Odvan passaria a treinar no mesmo time de Leandro Amaral ou não treinaria. No dia 14 de outubro, em uma disputa de bola entre os jogadores, no Vasco Barra, Leandro sofreu uma entorse no tornozelo esquerdo e não atuou contra Flamengo, Goiás, Atlético-PR e Fluminense.
"Não fala nisso, porque o Odvan outro dia até vi ele reclamando com o assessor de imprensa 'Os caras estão pegando muito no meu pé'. Falei para ele 'Você queria o quê? Que eles te mandassem flores? Você me tirou um jogador que estava fazendo gols para caramba'. Às vezes converso com os dois. Deixa assim. Ele entrou bem contra o Fluminense".
Fonte: VascoExpresso
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