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NETVASCO - 06/11/2008 - QUI - 23:12 - Renato diz que 'um ou dois jogadores' pediram para jogar no Maracanã

O técnico do Vasco, Renato Gaúcho, comenta, entre outros, o que deve ter passado na cabeça de Valmir no lance em que o lateral-esquerdo abriu o placar, no empate por 2 a 2 contra o Atlético-PR, na última quinta-feira (30/10), em São Januário, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, completando cruzamento do volante Mateus. Valmir chutou sem força e por pouco o goleiro Galatto não praticou a defesa.

"'Se eu chuto mal e o goleiro defende, estou morto também', 'Se eu chuto para fora, estou morto também'. Aquele gol, quem fez fui eu, com a sobrancelha. Estou ali do lado. Aquele gol mascado. Mas é por isso que falei que a insegurança - e isso é em qualquer profissão -, no momento em que você não tem a segurança, a confiança, não rende aquilo que sabe. É isso que passo para eles. 'Pode errar à vontade. Você tem a minha confiança. O importante é aquilo que passo para vocês. Esqueçam, com todo o respeito, o que as pessoas falam ou comentam. O importante é aquilo que passo para vocês. Não sou o chefe de vocês? Acreditem naquilo que eu falo'. É difícil. Eles estão treinando bastante", disse no programa "Tá na Área", do canal por assinatura SporTV.

VAIAS AO ZAGUEIRO JORGE LUIZ

"O outro momento é o do Jorge Luiz. É por isso que pedi para a torcida, inclusive, apoiar. O [Mauro] Galvão foi zagueiro. É lógico que nunca foi vaiado. Por isso é que ele foi um talento. Não é porque ele está aqui. Mas no momento em que você entra em campo e é vaiado, tem uma grande chance de errar".

PEDIDO PARA A TORCIDA NÃO VAIAR TAMBÉM SE ERRAR

"Não. Mas ele não vai mais errar. O Jorge Luiz, para as pessoas que conhecem o Jorge Luiz, ele é um grande profissional. É um dos primeiros a chegar e um dos primeiros [últimos] a ir embora, gosta de trabalhar. É o único zagueiro que eu tenho no grupo - rápido".

ASSISTÊNCIA DE JORGE LUIZ PARA MADSON CONTRA O GOIÁS

"Também. Eu falei e ninguém comentou. Ele vinha jogando mal - mal entre aspas -, vinha cometendo algumas falhas. No gol do Madson, ele teve a tranqüilidade de um atacante. Dominou, esperou, o Madson passou, ele rolou, e o Madson fez o gol. Aquilo que eu peço para a torcida é para não vaiar, porque no momento delicado que a gente vive, se a torcida começar a pegar no pé do Jorge Luiz ou de qualquer outro jogador, o jogador entra para o campo já com aquela 'Eu não posso errar'. Ele acaba errando. Foi o que aconteceu agora contra o Fluminense. Ele é importante para a gente, porque é um jogador rápido".

CONFIANÇA DO TREINADOR

"A coisa que mais passo para eles é confiança. Confiança, nessas horas, é fundamental, porque se eu criticar, pisar, a gente vai para a segunda divisão. Eu falo para eles 'Se errar, não tem problema nenhum. Continue tentando. Tem a minha confiança. Eu é que estou ali na beira do campo. Estou junto com vocês, no mesmo barco'. A confiança eu passo para eles de manhã, de tarde e à noite. Eu falo para eles 'Vão para dentro. Vão trabalhar. Não precisa ficar com medo de errar'. Pior é você chegar em casa e depois 'Se eu tivesse feito isso, se eu tivesse feito aquilo'. 'Faz agora. O momento é agora. Mesmo que erre, você tem a minha confiança. Quero que você erre tentando, do que não tentando'".

TER SIDO JOGADOR AJUDAR

"É fundamental. Eu conheço a cabeça do jogador. É fundamental, porque conheço, estive 20 anos dentro das quatro linhas. Sei como o jogador pensa, o que o jogador gosta de ouvir, o que o jogador não gosta de ouvir, principalmente em um momento delicado como esse. Se eu chegar lá e criticar, pisar, boa noite Cinderela: o ano que vem é na segunda divisão. É hora de você dar moral para eles, passar confiança. Eu fico sentido. Passo isso para eles. Às vezes sai uma crítica 'É o pior time do Vasco de todos os tempos'. Isso machuca o jogador. Eu fui jogador. O jogador tem família, filhos, amigos. 'Você está naquele clube. É o pior time da história do Vasco'. Isso machuca. Isso é o que passo para eles. A maior prova que a gente pode dar... Não estou entrando nessa se é ou não é. 'A maior prova que vocês podem dar é lá dentro das quatro linhas'. Isso eles estão fazendo. É nisso que estou apostando. O Vasco vai ficar na primeira divisão. Desde que eu cheguei, falei. Estou repetindo isso, e olha que hoje somos os penúltimos. O Vasco vai ficar".

NÃO PODER MAIS ENTRAR EM CAMPO

"O ex-jogador, quando ele é treinador, sofre mil vezes mais na beira do campo, porque não pode entrar. De repente você está vendo as dificuldades e: 'Me dá a camisa que vou entrar'. Você pode fazer alguma coisa. Se você não pode entrar... A galera quer ganhar. O treinador também quer ganhar, mas a galera quer ganhar".

"O outro dia brinquei até com o supervisor lá: 'Vem cá, não dá para inscrever mais ninguém no campeonato?'. Ele: 'Por quê?'. 'Eu queria ser inscrito'. Às vezes, você vê certas coisas no campo. Você vê, às vezes, dentro do campo, certas coisas, que você fala assim 'Eu, do jeito que estou, sem treinar, ia resolver'. Mas hoje você tem que viver com o que tem. Você não pode entrar em campo - regrá número um. Segundo: você tem que dar força para quem está lá dentro. O treinador hoje depende de quem está dentro do campo. Se ele vai resolver ou não, é o teu problema. Difícil? Olha os cabelos brancos".

VASCO JOGAR MELHOR FORA DE CASA

"É a tensão. Inclusive, um ou dois jogadores já 'Renato, não dá para tirar o jogo de São Januário e levar para o Maracanã?' Eu falei 'É claro que não. Vai dar uma Bombonera aqui, um Caldeirão'. O jogador, às vezes, jogando atualmente, no momento, ele se sente mais seguro... Não que a torcida do Vasco não esteja fazendo o papel dela. Pelo contrário. Mas se erra dentro de São Januário, a torcida vaia. Aí o cara fica meio tímido. Fora, ele não tem a pressão da torcida dele. Ele tem a pressão da torcida do adversário, que ele 'Dana-se a torcida do adversário'. Ele vai jogar. Ele joga mais solto. Mas já mudou bastante isso agora".

TORCIDA TODA A FAVOR

"Mas em uma situação boa. Se erra... Tanto é que hoje saí lá de São Januário... Eu já tinha visto isso ontem. Eu estava dando uma volta lá em São Januário. Vendeu todos os ingressos. Eu falo para eles 'Sabem o que é aquela fila? Não é para me ver não. É por causa de vocês. Eles vão vir aqui para apoiar vocês. Só vocês vão tirar o Vasco dessa situação. Eles estão lá comprando ingresso e pagando para aplaudir vocês. Só depende de vocês. Estão acreditando. Às vezes ouço um grito 'Renato, pega uma camisa, você e o Roberto [Dinamite], e entra em campo'. 'Não dá mais não'".

O Gigante da Colina volta a campo contra o Santos, no próximo sábado (08/11), às 18h30min, na Colina Histórica, pela 34ª rodada da competição.

Fonte: VascoExpresso

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