NETVASCO - 06/11/2008 - QUI - 23:09 - Renato Gaúcho: 'Muitos clubes gostariam de ter os dois meias que eu tenho'

O técnico Renato Gaúcho elogia o apoiador Madson, um dos destaques do Vasco, e que afirma ter 1,60m.

"Mentira dele. É 1,57m. Ele fala que todo jogador pequeno tem que aumentar um pouquinho. É 1,57m não declarados, exatamente. É um jogador guerreiro, tem habilidade e não tem medo. E olha que, pelo tamanho dele, não tem medo de cara feia e vai para dentro. Dou essa liberdade e confiança para ele. Quando eu estava no Vasco em 2005, 2006, o lancei no profissional. Tive que escutar, com toda a humildade, 'Vai lançar um anão', 'Vai lançar um jogador pequeno'. Botei ele para jogar. Foi bem. Aí depois, com outros treinadores, não sei. Não se deu bem, não botavam ele para jogar. Foi emprestado. Quando voltei agora no Vasco, ele estava lá. Dei moral para ele de novo. Hoje ele tem sido um dos três principais jogadores, senão o principal jogador do Vasco. É guerreiro", disse no programa "Tá na Área", do canal por assinatura SporTV.

O treinador fala sobre um estímulo que também tem dado ao meia-atacante Alex Teixeira.

"Eles se completam. O que estou tentando fazer com o Alex é lapidar. Mas o Alex é normal, Ele tem 18 anos. Você não pode exigir de um jogador de 18 anos que ele faça o que um jogador de 25, 26 anos faz, até pela experiência. Agora, muitos clubes gostariam de ter os dois meias que eu tenho, que são o Madson e o Alex. Eles precisam aprender? É lógico que precisam aprender, mas são novos. Agora, estou muito satisfeito com os dois. Inclusive, há uns 15 dias atrás chamei os dois antes de um treino e falei assim para eles 'Olha só, vou quebrar o galho de vocês. Cada vitória do Vasco, vou mandar vocês para uma churrascaria que eu vou. Tudo pago, tudo 0800'. Não vão não [engordar], porque vão correr muito para poder comer. Os dois vão. Eles estão correndo atrás e ficam me cobrando a cada jogo que passa 'E aí, aquele chequinho 0800?'. 'Está aqui. Vai lá'. Tenho que escutar do Madson, do jeitinho dele, 'Só quero aquela picanha'. Tem que dar aquela cadeirinha de criança para ele ficar lá sentado. Eu brinco com ele 'Você senta naquela cadeirinha?'. Mas é uma maneira que tenho de motivar os dois. Os dois têm sido importantíssimos".

"Por eu ter sido jogador, você sabe como se conversa com o jogador, botar ele para cima, tirar algo mais dele. O jogador, quando ele entra em campo motivado, e tendo a confiança de quem está lá na beira do campo, com certeza vai render mais. Não só eu no Vasco. É qualquer treinador, em qualquer lugar. Esse é o diferencial do treinador que já foi jogador".

Fonte: VascoExpresso