O presidente Roberto Dinamite analisa o resultado.

"Foi lamentável, realmente. Acho que o Vasco teve iniciativa, buscou o resultado e tomou mais um gol, um gol contra. Fica difícil você explicar esse tipo de coisa, uma jogada onde tinha quatro jogadores do Vasco. Infelizmente, não conseguimos tirar a bola. É o futebol. No futebol você tem esses imprevistos, essas situações dentro de uma partida. O Vasco conseguiu, desde o início do jogo, impor um ritmo, teve oportunidades também dentro da partida. Infelizmente, o resultado não aconteceu. Mas a demonstração, acho que da própria da torcida, mesmo em um clássico, contra um adversário direto, um rival, a torcida reconheceu o esforço dos jogadores e deu o apoio até o encerramento da partida. Precisamos, mais do que nunca, separar um pouco essas coisas, essas arestas que eu quero dizer, de pensar em outra coisa que não seja estar imbuído dessa responsabilidade de tirar o Vasco desse momento. Só eles, dentro do campo, junto com o nosso apoio, podem fazer isso", disse ao repórter Wilson Pimentel, no programa "Momento Esportivo", da Rádio Brasil.

O dirigente comenta se o gol contra marcado pelo zagueiro Jorge Luiz pode marcar negativamente a trajetória do jogador com a camisa do Gigante da Colina.

"Com certeza não acredito e ninguém vai acreditar que o Jorge Luiz teve essa intenção. Ele teve a intenção de tirar a bola. Infelizmente, a bola foi para dentro do gol. Agora, se vai marcar... É claro que se você faz um gol em um clássico, qualquer jogador que venha a marcar um gol em um clássico Vasco x Flamengo e tal, um gol de vitória, ele marca de forma positiva. Ele vai se lembrar de forma negativa desse momento. Mas acho que a culpa não é só dele. A culpa é de todos. Todos, o que eu quero dizer, é de todo mundo, a diretoria e os jogadores. Acho que a responsabilidade tem que ser de todos. Temos, mais do que nunca, nessa hora, de analisar as coisas de forma equilibrada, para buscar as soluções nos próximos jogos".

Dinamite dá a receita para o grupo ficar concentrado e tentar sair do atual momento, já contra o Goiás, na próxima quarta-feira (22/10), às 22h, no Serra Dourada, em Goiânia.

"Essa palavra que você falou e colocou é correta. É concentrar, concentração entre eles, entre todos nós, darmos a condição necessária, para que todo o grupo possa sair desse momento. Acho que a diretoria tem que dar toda a condição, cobrar também dos nossos jogadores empenho e determinação, como eles fizeram no jogo de ontem. E, com isso, sair desse momento. É uma questão de tempo e jogo. A cada partida diminuem essas chances da gente sair desse momento. Mais do que nunca, temos que dar ao jogador a confiança e certeza, e cobrar, desses jogadores, uma determinação maior nesse sentido, porque só com mais vontade e determinação você pode superar um momento como esse. E, com isso, tentar, nesses próximos jogos. Vamos buscar nos próximos jogos aquilo que nos interessa. A gente tem um jogo fora contra o Goiás, que é um jogo difícil também. Mas futebol se ganha dentro do campo. Depois temos diretamente três jogos no Rio de Janeiro. A gente tem que pensar, é claro, jogo a jogo. Agora é o Goiás. Mais do que nunca, dar aos jogadores a confiança e certeza, mas uma cobrança em cima da realidade, porque o Vasco não pode continuar nessa posição dentro da tabela e não pode ir para a segunda divisão".

O dirigente descarta afastar os zagueiros Eduardo Luiz e Jorge Luiz, que foram criticados por parte da torcida.

"Acho que a manifestação é um direito do torcedor. O que eu vi, na realidade, foi uma manifestação de 90% dos torcedores do Vasco aplaudindo e incentivando para os próximos jogos. Essa posição de sair ou deixar de sair... Existe um treinador. Ele ganha para isso e tem essa responsabilidade. Agora, vamos conversar com todos de uma forma muito equilibrada. Acho que se você jogar nesse momento a responsabilidade para um jogador ou dois... Acho que temos que analisar de uma forma tranqüila, equilibrada, e buscar, nesse momento, reunir forças para que todos possam dar a sua melhor contribuição, para que os resultados possam acontecer".

Dinamite fala sobre a situação do técnico Renato Gaúcho, que acumula um empate e quatro derrotas em cinco partidas na sua segunda passagem pelo Vasco, que completa um mês nesta segunda-feira.

"Acho que o momento não é de se fazer balanço. A entrada do Renato foi com um objetivo e esse objetivo faltam oito jogos ainda. Não temos que estar fazendo balanço nenhum nesse momento. É claro que temos que ter internamente essa posição, esse pensamento, mas o compromisso assumido com o treinador, sempre que contratado qualquer treinador, é de vencer. Acredito que o Renato não está ali para perder. Não adianta ficar buscando A, B ou C. Acho que é treinador, comissão e os jogadores, todos buscando com o mesmo espírito, porque só dessa forma vamos conseguir reverter essa situação".