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NETVASCO - 30/04/2008 - QUA - 14:42 - Ainda sem visto de trabalho, Abubakar diz que está com saudades de jogar

Desde o início do ano em São Januário, o nigeriano Abubakar ainda não fez a sua estréia pelo time da Colina. Sem visto de trabalho, o jogador segue treinando normalmente na Colina, mas não tem previsão de quando vai estrear com a camisa do Vasco. Visivelmente chateado com a sua situação, o atacante, de apenas 19 anos, acha que está esquecido e que pode ser prejudicar na seleção de seu país.

Em um bate-papo com o GLOBOESPORTE.COM, Abu, como é conhecido no elenco vascaíno, fala português fluentemente, namora uma gaúcha e se espelha em Okocha e Kanu, ídolos da Nigéria. Na conversa, ele aproveita para falar da convivência com Romário, da infância em Edo City e da morte precoce de seu pai.

VISTO PARA JOGAR NO BRASIL

"Incomoda bastante não poder atuar. É uma coisa muito triste ficar só treinando. O problema não é da Nigéria, pois já estive aqui, já joguei no Brasil. O problema é daqui do Brasil. O outro visto que eu tinha venceu e eu preciso de outro. A prorrogação vai acontecer por mais dois anos, mas eu tenho que esperar. Estou com saudade de jogar uma partida oficial."

PORTO ALEGRE OU RIO DE JANEIRO?

"Os dois. Em Porto Alegre é mais frio. O Rio de Janeiro é como a Nigéria, muito quente. Gosto dos dois lugares. Aqui, eu morro na Barra da Tijuca, tem praia. Isso é muito bom. Moro com a minha namorada, que é brasileira. Ela é gaúcha."

INÍCIO DE CARREIRA

"Comecei com 13 anos, em Paulson, uma cidade que fica em Edo City. Fiquei pouco tempo por lá atuando como atleta de futebol. Cheguei ao Brasil com 17 anos e foi difícil aprender a língua. Minha namorada me ajudou muito. A Paola foi importante nessa adaptação."

INFÂNCIA E MORTE DO PAI

"Quando eu era pequeno acompanhei muito o meu pai atuando, Frank Belloosagie. Assistia aos seus jogos e queria seguir a carreira. Mas convivi pouco com ele. Meu pai morreu quando eu ainda era muito pequeno."

SELEÇÃO NIGERIANA

"Sinto falta de jogar lá. Fui para as seleções sub-17 e sub-20. Hoje é mais difícil ser convocado porque eu não estou jogando. Não estou aparecendo e isso dificulta qualquer convocação para a seleção. Os jogos dos times daqui passam por lá, mas não tenho jogado. Fica difícil."

ÍDOLOS

"Gosto do Kanu e do Okocha. Não sou parecido com nenhum dos dois. Acho que sou uma mistura dos dois, mas com mais velocidade."

ROMÁRIO

"Foi especial conviver com o Romário. Foi uma ótima oportunidade. Ele também ficou como um ídolo meu no futebol. Aprendi a passar a bola e a ter uma boa finalização."

Fonte: GloboEsporte.com


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