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NETVASCO - 09/03/2008 - DOM - 03:10 - Enquanto aguarda chance no Vasco, Villanueva se dedica à leitura Os livros guardados na pequena estante da sala de estar revelam o gosto refinado do dono da casa. Leitor voraz dos clássicos de Gabriel García Márquez, o atacante José Luiz Villanueva já devorou várias obras do mestre da literatura latino-americana: "Cem anos de Solidão", "O Amor nos tempos do cólera", "Do amor e outros demônios" e "Memórias de minhas putas tristes" encabeçam a lista de alguns dos livros preferidos do chileno. Desde que chegou ao clube, em dezembro do ano passado, a boa leitura e os longos telefonemas para Santiago foram as formas encontradas por ele para esquecer as mágoas de quem, até agora, ainda não entrou em um jogo sequer do Campeonato Carioca. Cigano da bola, Villanueva, 26 anos, já morou na Argentina, no México e na Coréia do Sul. Perdeu as contas das vezes em que teve que mudar de casa e arrumar as malas. - Gosto de jogar em outros países, consigo me adaptar com facilidade. Quando a saudade aumenta, viajo para Santiago, onde moram os meus filhos - conta o jogador que é pai de José Luiz Villanueva Junior, de seis anos, e Asunción, de apenas três. A outra paixão é a namorada Fernanda, com quem com conversa horas pelo skype. Jornalista na capital chilena, é com ela que discute literatura e os problemas mundiais. - Gosto muito da história da humanidade, de saber mais sobre as civilizações antigas como a Grécia e o Egito. Sempre tirei nota máxima em história na escola, desde pequeno - orgulha-se o chileno, que tem como livro de cabeceira no momento "Chove sobre Gaza", obra que trata sobre o eterno conflito entre palestinos e israelenses, sob a ótica dos árabes. - Acho que todo mundo tem que se interessar por estes assuntos. É um problema mundial. Villa chegou ao Vasco por indicação do amigo Dario Conca, com quem fez dupla de ataque no Universidad Católica. Mas sua história no futebol começou mesmo foi no Palestino, do Chile. Depois, passou pelo Deportivo Temuca, Ovalle e Universidad Católica, clubes onde foi artilheiro. Em 2005, disputou o competitivo campeonato argentino com a camisa do Racing. No ano seguinte, recebeu uma ótima proposta do Monarcas Morelia e foi atuar no futebol mexicano. Em 2007, foi parar no Ulsan Hyundai, onde sofreu uma séria lesão no tornozelo direito que o deixou parado por sete meses. Esquecido na distante Coréia do Sul, o atacante nem titubeou quando recebeu a proposta para jogar no Vasco por empréstimo até dezembro deste ano. Mais do que se firmar no futebol brasileiro, Villa sonha em voltar a jogar na seleção de seu país, onde teve passagens na sub-21 e sub-23. Na principal, chegou a ser convocado sete vezes e disputou quatro partidas. - Não tive chances porque fiquei escondido na Coréia - analisa. Villanueva é a vítima preferida de Bruno, salva-vidas do condomínio, um botafoguense doente. - Falo para ele mudar de time. O Vasco é vice do Flamengo e freguês do Botafogo - provoca. Villa tem a resposta na ponta da língua. - Esta história vai mudar quando eu entrar em campo. Só falta o técnico Alfredo Sampaio concordar. Ontem, o atacante foi relacionado pela primeira vez no Carioca, mas não saiu do banco e viu Jean melhorar o time no segundo tempo. A julgar pela concorrência e pelos planos do treinador, Villanueva já pode começar a pensar em comprar mais livros. Fonte: Jornal do Brasil |
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