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NETVASCO - 29/02/2008 - SEX - 23:14 - Edmundo quer ser o 'Evair' de Alan Kardec e Alex Teixeira

Confira a transcrição da entrevista do atacante Edmundo ao repórter Rodrigo Campos, no programa "Manchete Esportiva 2ª Edição", da Rádio Manchete.

ASSÉDIO DO REAL MADRID A PHILLIPPE COUTINHO

"Antigamente, os jogadores... Quando subi no time do Vasco, posso te dizer qual era o titular quando começou a pré-temporada, mas tenho certeza que você não me diz o na pré-temporada de 2007. Às vezes as pessoas falam muito do jogador, jogador, jogador, mas é o momento que vive o país, a situação financeira dos clubes, toda essa coisa que às vezes a gente esquece e fica massacrando o tempo todo em cima do jogador. Às vezes não é só ele, é a família, o empresário, todo um contexto que faz com que ele deixe o clube muito cedo. Mas sentimento, todo mundo sente, até porque, se o cara jogar, fizer gol, ganhar, quem mais ganha é o jogador. O torcedor fica feliz, vai sacanear o amigo, vocês vão ganhar um pouco mais de espaço dentro do trabalho de vocês [imprensa], mas quem mais vai ganhar é o jogador, e em conseqüência o clube, a família".

EDMUNDO NÃO SER O MESMO DE 1997 E COBRANÇA

"Com certeza. Estou preparado, até porque tive isso agora no Palmeiras. Saí do Palmeiras onde jogamos 8 títulos e ganhamos 6 em dois anos. Saí de lá como sensação, fenômeno, qualquer palavra que vocês quiserem colocar. Até porque o Palmeiras estava há 19, 20 anos sem ganhar nenhum título. Passei lá os últimos dois anos e as pessoas esperavam que eu voltasse do mesmo jeito que estava antes. Mas acho que o torcedor, fora títulos, desequilibrar uma partida, jogar, é muito inteligente. Ele quer do atleta, jogador, time dele... Se eu estiver enganado, me perdoa, mas acho que o que ele quer fundamentalmente é que o cara se dedique, corra e dê a vida, mesmo que tudo isso que o cara faça não resolva o problema do clube. Mesmo que o cara se esforçando não dê o resultado que o clube espera. Mas só ele ver lá de cima que o cara tem vontade, está determinado, acho que isso já é importante. É lógico que tenho as minhas limitações. A vida vai te dando experiência, algumas coisas e vai tirando outras. Foi tirando a força, velocidade. É natural com todo mundo até que o atleta deixe de ser atleta e vá fazer uma outra profissão. Mas tenho consciência sim de que hoje, dentro do Vasco, tem o Alex [Teixeira], Alan Kardec, que, assim como em 1997 o Evair, por culpa da sua idade, me deu o suporte para que eu arrebentasse, acho que o torcedor vai entender que posso vir a dar esse suporte para outros atletas arrebentarem. Assim espero que seja. Mas comigo o torcedor sempre é muito bacana pessoalmente".

POLÊMICAS SOBRE COMEMORAÇÕES COM 'DANÇA DO CRÉU' E 'CHORO'

"Tudo é muito complicado, difícil, complexo, tal é o grau de disposição que você tenha. Antigamente a gente estava ali no treino, xingava um companheiro e ninguém ouvia. Mesmo que fosse brigando, discutindo. A gente xinga um ou outro toda hora, mas na brincadeira. Ninguém sabia, ninguém via. Hoje não, você chama o cara de feio, puta, e 'Eles estão brigando, crise'. Tudo isso é muito complicado, a exposição é muito maior. Acho que quando você faz o 'créu', comemora, você com a sua torcida é muito legal. Quando você parte para o outro lado, tira sarro, mexe com a paixão do outro torcedor, já é uma falta de respeito".

VOLTAR COM A 'DANÇA DA BUNDINHA' CONTRA O BOTAFOGO

"Olha só como as coisas são engraçadas. Todo mundo me pergunta, questiona isso. Foi errado da minha parte e eu não faria de novo porque já vi uma vez que deu errado. O Gonçalves [ex-zagueiro] é meu amigo até hoje. Ele foi o único que não ficou puto, chateado com aquilo. Tínhamos vindo da Copa América, fomos campeões na Bolívia, e estava naquela fase da 'Dança, dança, dança, dança da bundinha'. Era o 'créu' da época. Os jogos da final do campeonato [Estadual de 1997] ficaram para depois da Copa América porque o Vasco tinha dois ou três jogadores e o Botafogo três ou quatro, ou o Vasco três ou quatro. Falei para ele que eu ia dançar na frente dele. A vida é muito maneira. Aquele jogo a gente estava ganhando, ganhou, mas perdeu o segundo e eles foram campeões porque tinham a vantagem do empate. Quem ficou com cara de bobo fui eu. Foi bacana, legal, nenhuma intenção de sacanear o torcedor, nada. A minha coisa era pessoal com um amigo pessoal que tenho até hoje".

Fonte: VascoExpresso


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