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NETVASCO - 25/09/2007 - 02:33 - Jorge Luiz e matemático calculam pontos para vaga na Libertadores

A instabilidade de Botafogo e Vasco, que por várias rodadas se mantiveram na zona de classificação para a Taça Libertadores da América, já preocupa os torcedores de seus respectivos clubes.

O caso do alvinegro carioca, então, é sui generis. Afinal, a equipe comandada por Cuca parecia ter tudo para ser a sensação do ano, e pode acabar com o pseudo-título de "mico" da temporada, caso não chegue à principal competição sul-americana, algo que por todo o primeiro turno esteve ao alcance das mãos.

Já o Vasco, que no começo de 2007 tropeçou no Campeonato Carioca e na Copa do Brasil, trocou de comissão técnica às pressas e logo foi apontado por muitos como candidato ao rebaixamento no Brasileiro. Tudo indica que não será. Entretanto, o time pode, sim, perder a vaga na próxima edição da Libertadores uma vez mais. Vale lembrar que no ano passado, o escrete cruzmaltino viu a glória escapar na última rodada do campeonato, ao empatar sem gols com o Figueirense, em Florianópolis.

Faltam 11 jogos para o Botafogo se despedir do Brasileiro. Serão seis em casa, um clássico (campo neutro, portanto) e quatro partidas fora. Um sprint nesta reta final pode fazer com que o clube deixe de lado o estigma de cavalo paraguaio.

Assim como o Vasco, que terá um jogo a mais. Atuará mais quatro vezes em seu estádio, duas no Maracanã e também por seis vezes tentará acumular pontos longe do Rio.

Desde a instauração dos pontos corridos, jamais um clube carioca ficou entre os quatro primeiros do Brasileiro. Parecia que o Vasco iria quebrar o tabu. Contudo, uma queda avassaladora reduziu a equipe ao oitavo lugar. Esquecendo o jogo de amanhã, contra o Lanús, pela Copa Sul-Americana, o time enfrenta no fim de semana o Santos, outro concorrente direto por uma vaga na Libertadores. E fora de casa, o que é pior.

- Tiro por base 2006, quando, com 59 pontos, perdemos a vaga na Libertadores para um time que fez um ponto a mais - disse o capitão Jorge Luiz. - Temos 40 e com 63 tenho certeza de que chegaremos lá. Precisamos somar fora, mas o fundamental é ganharmos sempre em casa. Temos seis jogos no Rio. Com 18 pontos, faríamos 58. A conta é não perder em casa.

O problema é que o aproveitamento do time, que era de 57,4% no turno, caiu para 37,5%.

- Não vamos ganhar sempre - alerta o técnico Celso Roth. - A competição é assim, de perde e ganha. Queda ocorre, é normal. Mas ainda temos uma partida a menos e podemos voltar ao quarto lugar.

Para o comandante, há duas vagas em disputa. Em sua opinião, São Paulo e Cruzeiro já estão garantidos na Libertadores. Para as próximas 12 partidas do Brasileiro, então, quem terá muito trabalho é o preparador físico Humberto Ferreira.

- O time todo está sentindo - admitiu Ferreira, em entrevista à Rádio Brasil. - Temos feito musculação, para aumentar a testosterona, que dá mais agressividade, tira a sonolência. Fazemos isso todos os dias e reduzimos os treinos táticos. As viagens já nos roubam 30% da força.

Faltando apenas onze rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, Botafogo, com 42 pontos, e Vasco, com 40, precisam reagir urgentemente na opinião do matemático Tristão Garcia. Para ele, os times - que têm respectivamente 33% e 20% de chances de chegar à Libertadores - têm de alcançar 64 pontos para garantir a vaga.

O Botafogo, que até a 10ª rodada havia conquistado 24 pontos, com o incrível aproveitamento de 80%, ganhou apenas 18 nas 17 partidas seguintes, desempenho semelhante ao do Juventude.

- É um time estranho. Qual é o verdadeiro Botafogo? Acho que a pressão por resultados atrapalha. Com pontos corridos, nenhum time vai de rebaixado a campeão em dois anos. A ascensão sempre é gradual - avalia Tristão, para quem a equipe tem uma tabela favorável até o fim do campeonato.

Isso porque, dos onze jogos restantes, o Botafogo faz apenas quatro fora de casa, a maioria contra adversários mal colocados na tabela. Pega ainda o Santos, adversário direto pela Libertadores, em casa.

Já o Vasco, apesar de ter um jogo a mais, tem menos chances de alcançar a vaga na competição porque faz 6 dos 12 jogos restantes no campo do adversário, situação na qual tem aproveitamento ruim. Dos jogos com mando de campo, dois são clássicos contra Botafogo e Flamengo.

- O Vasco perdeu a regularidade que vinha mantendo como grande qualidade. Conseguiu apenas dois pontos nos últimos cinco jogos, o que prejudica a campanha - explica o matemático, lembrando que o próximo confronto, contra o Santos, é na Vila Belmiro.

O histórico das edições do Campeonato Brasileiro disputadas em pontos corridos não é muito animador para Vasco e Botafogo. Dos times que estavam na 7ª e 8ª posições faltando onze rodadas para o fim do torneio, apenas um se classificou para a Libertadores, ou seja, 12,5% deles.

O autor da proeza foi o Palmeiras, que, em 2004, saiu da sétima posição na 35ª rodada para a quarta na 46ª, tirando três pontos de desvantagem para o quarto colocado. A Ponte Preta, que ocupava a oitava posição, terminou na 10ª.

Em 2003, na 35ª rodada, o Internacional era o 7º, com 54 pontos, e o Criciúma vinha em seguida, com 52. O primeiro classificado, então, seria o Atlético-MG, que tinha 57. Nenhum dos três se classificou. O Inter terminou em sexto, um ponto atrás do Coritiba, que garantiu a vaga com 73. O Criciúma ficou em 14º.

Dois anos depois, Santos, 7º com 48 pontos, e Atlético-PR , 8º com 42, corriam atrás do Palmeiras, 4º com 52, na 31ª rodada. Morreram na praia. O Santos encerrou o campeonato em 10º e o Atlético-PR, em 6º, com desvantagem de 11 e nove pontos para o Palmeiras, respectivamente.

No ano passado, o Vasco bateu na trave e, por pouco, não repetiu o feito do Palmeiras. Após a 27ª rodada, estava em 7º com 38 pontos, um a mais que o Cruzeiro, o 8º, e cinco a menos que o Santos, 5º colocado. A equipe de São Januário terminou na 6ª posição, com um ponto a menos que o Paraná, 5º lugar e primeiro classificado. O Cruzeiro caiu para a 10ª colocação.

O alento para os cariocas é a diferença de apenas um e três pontos para o Palmeiras desta vez.

Fonte: Jornal do Brasil


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